As ruas.

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Depois de mais ou menos um mês tudo voltou ao normal, meu pai desistiu de me convencer a voltar pra casa, peguei minhas roupas na casa do meu pai, ele mais ou menos que aceitou nosso ajuntamento (sabe como são os pais ...ciumentos) enfim, estava tudo bem!
Bom, eu estava ótima vivendo com meu amor, curtindo a vida juntos ou melhor curtindo as ruas. Ele conhecia quase todo mundo da nossa vila e eu.. quase ninguém, eu tinha que achar uma maneira de me misturar com eles pois me sentia excluída, e então comecei a fazer oque eles faziam e oque eu já queria a muito tempo nas ruas, fumar. Era a experiencia que eu mais queria ter e com a pessoa que eu mais amava, e foi assim que eu comecei minha vida com meu vagabundo... Chapando.
As ruas viraram rotina, de tarde, de noite, de madrugada, até que a sogra se irritou, mais nem ligávamos pra isso, a gente só queria chapar.

Me envolvi com as ruas , não igual ele era envolvido mais me envolvi, conheci muitas pessoas, altos rolês, outros olhares, outros sentimentos, outras idiotices. A minha diversão era ver eles se divertindo e dando risada uns dos outros e falando na real eram as melhores risadas arrancadas de mim.Meu vagabundo toda noite ele me contava alguma coisa que já havia acontecido na vida dele, tantos nas ruas quanto na família, contava como o mundo era cruel e nada amoroso, pra mim aquilo nao fazia a minima importância, pois sabia que eu não chegaria a esse ponto, e a vida tinha que me mostrar de algum jeito o quanto o mundo é cruel. E ela me mostrou...

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