Quinze de janeiro de dois mil e dezesseis.

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O dia em que a vida provou a mim que o mundo é maligno. Era as nove e pouquinho da manhã nós estávamos no carro indo trabalhar, estava eu, meu vagabundo, minha amiga (a outra secretaria da empresa do meu pai) e o outro cara que trabalha com a gente, ela estava contando de uma morte num bairro vizinho que tinha ocorrido no dia anterior, ela relatou que era um rapaz menor de idade que morava atras do asilo da vó dela, e eu curiosa quis ver se eu conhecia o rapaz. As únicas informações que tinham era que o nome do rapaz era Lucas, era de menor e tinha uma tatuagem na perna de três estrelas, eu o conhecia! Era amigo do meu vagabundo, que todos os dias estava no rolê com a gente, eu fiquei pasma, não conseguia parar de ver a cena em que a gente estava no bosque no bairro do Lucas, estávamos chapando aquele dia quando eles resolveram zoar um pouco brincando de guerrinha de pedra, madeira e etc... Eu ri muito esse dia porque no final um deles ficou bravo e foi embora porque ele estava jogando sozinho contra os outros, acho que por isso marcou tanto. Teve outro dia também que eu, meu vagabundo e o Lucas, estávamos indo dar um rolê e encontramos um outro amigo no caminho, que tinha ido comprar algumas guloseimas e então o Lucas ficava teimando que queria também, foi tao engraçado que eu mijei na calça de tanto que eu rir. Eu o conhecia tinham cinco meses, mais quando ele se foi, fez falta, aquilo me apertava o coração por ele ter ido só com quinze anos, ele não iria ter filhos, ele não vai ver eu e o meu vagabundo ter filhos, ele não esta entre a gente aqui mais e isso mexe comigo porque foi cedo demais.

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