Marked fall

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March 7, 2016 (Monday)

-HAILEY!- Allana gritava do andar de baixo, revirei os olhos e perguntei/gritei o que ela queria
-Preciso da sua ajuda pra uma coisa, desça aqui.- bufei e desci as escadas, escutei algumas vozes, olhei para a roupa que eu vestia, tinha voltado da escola e vestido pijamas. Apenas dei de ombros e continuei meu caminho até a sala.
Era só meu pai, minha tia e minha prima, meu pai estava segurando um bolo de chocolate escrito "feliz aniversário" que parecia estar ótimo
-Vocês sabem que meu aniversário foi ontem, não sabem?!- perguntei revirando os olhos
-a gente sabe, mas eu não pude vir para casa ontem, estava cheio de coisas pra fazer- meu pai falou deixando o bolo em cima da mesa de centro. Vindo me dar um abraço em que eu retribui depois de um tempo, eu sempre aceito tão fácil.
Suspirei assim que nos separamos. Eles cantaram o famoso parabéns, eu tive que fazer meu pedido, eu poderia não desejar nada como sempre, já que em todos os aniversários eu fingia fazer pedidos, mas nunca o realmente fazia, mas desta vez fiz o meu pedido, desejei que meu pai fosse mais presente, e assoprei as velas de 17 anos. A verdade era que eu estava morando aqui faz uma semana, e já havia começado a estudar, neste tempo só vi meu pai algumas vezes, mas eu não me importo tanto com isso, quer dizer sim eu me importo com ele, mas só pelo fato de eu estar morando aqui já sinto que estou mais perto do meu pai, então já é bom, e sempre que nos víamos era uma troca de amor e carinho, ele me mimava muito devo admitir.
Meu celular tocou, olhei para as pessoas à minha frente que conversavam sobre algo em que eu não prestava atenção. Atendi meu celular, era minha mãe.
-oi mãe!- digo sorridente mesmo sabendo que ela não podia me ver
-oi querida, estou aproveitando o horário de almoço para saber se está tudo bem por aí- falou ela, e logo podia escutar a sua mastigação. Levantei da poltrona e fui em direção à cozinha.
-está tudo completamente normal, papai me comprou um bolo hoje
-só isso? E hoje nem é mais seu aniversário Hailey- ela falou, e como eu à conheço bem, tenho certeza que ela revirou os olhos
-ele só não pode vir ontem, e ele me deu um cartão de débito, vou aproveitar que estou atoa e ir no shipping-falei sorrindo, e me rodando no banquinho giratório que tinha perto do balcão
-Tudo bem, se você está feliz, é o que importa, nem que ele tenha que comemorar seu aniversário em dezembro- ela soltou uma gargalhada.
Ri baixo, a verdade era que nem teve graça, mas o que vale é a intenção
-agora eu vou ter que desligar meu amor, ah e acho que o presente que te mandei pelo correio chega logo- ela voltou a mastigar, aquele barulho era irritante, mas achei melhor não falar nada
-Espero que sim
-então tchau, tenho mesmo que ir agora- ela falou serena. Até parece que é doce assim
-tchau mãe, te amo.
E a chamada foi finalizada.
Suspirei e voltei para sala, sentei ao lado do meu pai e abracei seus ombros. Ficamos os quatro conversando por mais alguns minutos até meu pai ter que sair novamente.
Chamei a Alanna para ir no shopping comigo, mesmo que eu não goste muito de fazer compras, eu preciso urgentemente sair um pouco de casa, para algum lugar que não seja a escola. Em falar em escola, eu sou novata faz três dias, e já fiz alguns amigos, na verdade sou amigo de todos, mas gosto mais de andar com a Alanna. Sempre fui muito divertida, então faço amizades rápido.
[...]
Estávamos rodando o shopping faz algumas horas, eu carregava duas sacolas, em uma tinha um tênis de led, que eu estava completamente apaixonada, e na outra havia uma blusa de moletom da adidas. Já Allana só comprou uma capinha para celular dela, e o livro "as vantagens de ser invisível" que eu vou roubar depois. Nós já tínhamos ido no cinema, e agora estávamos indo para o estacionamento e ir diretamente para casa.
-vai indo na frente, vou ao banheiro- digo entregando as sacolas e a chave do meu carro para Alanna. Sim eu tenho um carro, como havia dito antes meu pai me mimava muito, e persistiu muito para que eu aceitasse o carro.
Virei na direção oposta à que minha prima seguia. Quando eu menos esperei senti cair de bunda no chão
-me desculpa!- o garoto dos olhos caramelados me olhava desesperado
-tá tudo bem- sorri tentando ser gentil, mas não consegui disfarçar a dor e fiz uma careta logo em seguida. Ele riu e me ajudou a levantar
-nossa minha bunda está doendo pra caralho- Disse baixo, mas não baixo o suficiente já que o garoto lindo em minha frente soltou uma gargalhada gostosa. Meu Deus que sorriso era aquele.
O celular dele começou a tocar, e ele acenou partindo dali. 
Continuei meu caminho ao banheiro, lavei o rosto e fiz o que necessitava fazer, logo depois indo para o estacionamento encontrar a Alanna. Assim que encontrei o carro com os olhos comecei a percorrer o trajeto até lá, mas algo ou melhor dizendo alguém do outro lado me chamou a atenção, era ele o garoto bonito, assim que percebeu que o olhava ele sorriu e virou as costas. Eu apenas segui meu caminho para o carro, e depois para casa.
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