POV Caroline
Já passou cerca de meia hora e não faça menor ideia de onde estou, distrai-me com os meus phones enquanto ouvia James Bay e The Fray, são sem dúvida o meu cantor e banda favoritos.
Reparo numa rapariga com o cabelo loiro oxigenado sentada num banco no jardim, não está sozinha, está com um rapaz aparentemente alto, cabelo castanho, com caracóis e comprido, ele tem algumas tatuagens, mas não consigo perceber se ele é bonito ou não pois a rapariga está literalmente a engoli-lo com beijos e amassos.
Nunca percebi o verdadeiro objetivo deste tipo de gente, são capazes de se entregar completamente a um desconhecido só pelo "prazer" que sentem. O único rapaz com quem estive foi com o John, conhecemo-nos quando tínhamos 11 anos, começamos a namorar aos 14 e entreguei-lhe a minha virgindade aos 16. Acabámos há cerca de 4 meses, resolvemos que não dava mais estarmos juntos. Já não fazia sentido para ele, mas eu ainda o amo.
Afasto os meus pensamentos e tento encontrar o caminho de volta, acabo por perguntar a um jardineiro pois sozinha nunca iria conseguir voltar.
Quando entro no quarto a Kath está a estudar, são 18h mas eu estou super cansada. Vou à minha mala e tiro um pacote de bolachas, trouxe para o caso de ter fome na viagem, como as 6 bolachas e vou deitar-me. Adormeço em poucos minutos.
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O que restava da semana passou a correr, já era domingo e eu, a Kath e a Soph planeamos ver um filme. Escolhemos "A Culpa É Das Estrelas" pelas duas simples razões de adorarmos o filme e gostarmos de sofrer. Amanhã temos aulas por isso eu e a Kath vamos para o nosso quarto ainda antes das 22h.
Não consigo dormir por nada deste mundo, a Kath adormeceu há imenso tempo e eu só consigo pensar no vazio, não estou a pensar em nada mas nem isso me ajuda a adormecer.
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Na manhã seguinte acordo mal o despertador toca, vou para os balneários, acho que a única parte má da universidade é mesmo a casa de banho partilhada.
Sinto a água quente a cair nos meus ombros tensos, este vai ser o primeiro dia da minha nova vida, só espero ter sucesso no futuro, ter uma empresa influente na sociedade e uma família feliz. Quero ter filhos, mas só daqui a uns bons 12 ou 13 anos, ainda sou demasiado nova para casar quanto mais ter filhos. E nem sequer namorado tenho, mas também só tenciono ter depois de terminar o curso, para já não quero distrações.
Os meus pensamentos vão-se embora quando ouço outras raparigas a entrar no balneário, fico por mais 5 minutos no duche e finalmente saio com uma toalha enrolada no meu corpo e uma no meu cabelo castanho.
A primeira rapariga que vejo junto aos cacifos é a loira oxigenada do outro dia, ela tem a testa grande e os olhos pequenos, não é lá muito alta, tem os dentes da frente um pouco tortos e consegue-se ver muito bem a sua raiz do cabelo de cor castanha escura. Resumidamente, ela não é bonita. Pelo que percebi da conversa ela chama-se Chris. É um velho mau hábito que eu e as minhas amigas temos, ouvir as conversas das pessoas, não é para andar a contar a toda a gente, é simplesmente porque nós não temos uma vida interessante então interessamo-nos pelas dos outros. Basicamente somos umas cuscas.
A minha primeira aula é de literatura, uma seca, eu sempre gostei de ler, mas a maneira como o professor dá a matéria é entediante. A única parte boa desta aula é mesmo os rapazes giros que há. O que mais me chama a atenção é um rapaz na fila de trás, reconheço-o pela tatuagem da âncora no seu pulso esquerdo, é o mesmo rapaz do banco de jardim do outro dia. Agora consigo reparar que os seus olhos são verdes, ele mantém uma cara séria, tem uma veia saliente na testa e as suas sobrancelhas estão franzidas. Está a roer a ponta do lápis e com a cara pensativa. O rapaz é realmente bonito. Consigo aperceber-me de que está a desenhar algo parecido com uma borboleta no seu caderno.
- Sr. Styles? – a voz do professor faz-se ouvir.
- Sim? – ele responde rapidamente. A sua voz é rouca e profundamente atraente.
- Posso saber do que se trata tanta concentração?
- Nada nada. – ouço a voz dele novamente e é um som bastante agradável.
A aula termina e eu saio carregada com a montanha de livros que preciso para o dia. Está frio por isso trouxe o cachecol preto e cinzento, ele é muito comprido então estava a arrastar no chão, enquanto tento pôr o acessório no lugar vou contra alguém.
- Descul... - é tudo o que consigo dizer até encontrar aqueles maravilhosos olhos verdes.
- Na boa! Queres ajuda? – ouço a sua melodiosa voz.
- Não, não é preciso, obriga...
- Eu ajudo-te, a sério, não faz mal.
Não consigo recusar e ele pega-me nos livros.
- E tu és...?
- Caroline. Caroline Tomlinson.
- Eu sou o Harry, prazer.
Oh meu deus ele chama-se Harry, tal e qual como na After.
Ficamos uns segundos a olhar um para o outro à porta da sala até que a Soph aparece.
- Bem, parece que já não preciso de ajuda, mas obrigada na mesma... - sinto-me corar – hey Soph, ajuda-me!
- Sempre desastrada não é... - ela diz - quem é o teu novo amigo?
- É o Harry e só nos conhecemos agora – digo envergonhada.
- Adeus Carol! – ele diz.
- Caroline, por favor. Não gosto de Carol. – digo, mas não sei se ele me ouviu, foi ter com uma rapariga de cabelo ruivo. Bastante bonita por sinal.
Sinto-me bastante envergonhada e nem sei porquê. Ele agora pensa que sou uma desastrada, e pensa bem, o meu subconsciente relembra.
- Caroline? Estás a ouvir-me? – a Soph passa a sua mão à frente da minha cara.
- Sim, desculpa, onde é que ias?
- Estava a falar-te de um rapaz que conheci na aula de História de Arte. Ele chama-se Niall, é loiro e tem olhos azuis. É bem constituído, mas não tem tatuagens como o teu Harry. – ela dá um enfâse à palavra teu.
- Ele não é o meu Harry, simplesmente ele foi simpático e tentou ajudar-me. Nunca na vida iria ter alguma coisa com alguém com o aspeto dele...
- Pois pois! – ela diz com ar de gozo.
Chego ao quarto e pouso os livros em cima da secretária, estou exausta e ainda só vamos no primeiro dia.
Sinto-me a adormecer nos meus pensamentos.
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Feels - H.S.
FanfictionCaroline Tomlinson é uma jovem de 18 anos com a ambição de ser advogada. Vai com as duas melhores amigas para a universidade que fica no outro lado do país. O objetivo dela é acabar o curso e abrir uma empresa, mas pelo caminho, conhece o furacão Ha...