Capítulo 6

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POV Caroline

- Espera! – ele beija-me de uma forma apaixonada. O que é que se está a passar? – tu... tu és linda. – ele diz isto de uma forma adorável.

- Obrigada... - sinto-me como um morango. Não podia estar mais vermelha, viro costas e deixo o rapaz de cabelo aos caracóis sozinho no meio do jardim.

Volto para a festa e fui diretamente buscar uma bebida, estou confusa e o melhor que posso fazer agora é beber uma cola-vodka. A festa tresanda a álcool, costumo adorar este cheiro, mas agora não estou a aguentar. Mas como é que eu vou para casa? É só a segunda festa a que venho e a de ontem foi o Harry que me levou embora. Hoje vim a pé, a Soph está com o Niall e a Kath já está novamente bem com o Zayn.

Vejo o Luke, o rapaz da bebida de ontem, vou ignorá-lo porque se o que o Harry diz é mesmo verdade aquele rapaz é perigoso. Foi ontem? Parece que já foi há semanas que aquilo aconteceu.

Vou ter de ir sozinha para casa, tenho um pouco de receio, mas para poder ter companhia iria ter de esperar até às 7h30, no mínimo.

São duas da manhã, mas eu quero mesmo ir para casa. Estou a descer a escadaria velha, esta casa é enorme e antiga, pena é que só é usada para festas e alojar jovens.

Como já bebi uma considerável percentagem de álcool a rua está um pouco turva e aos S's, mas estou determinada em chegar ao campus.

Já passou meia hora desde que saí daquela merda de festa e não faça menor ideia de onde estou, e não há sinal de um único carro a quem eu possa perguntar indicações.

Estou tão cansada que decido parar um pouco, estou estafada. Sento-me na beira do passeio à espera que passe alguém para eu perguntar o caminho de volta para o campus.

Finalmente vejo um carro a aproximar-se. Só espero que não seja um pedófilo psicopata qualquer. Quando o condutor me vê abranda um pouco e abre o vidro. Isto não me pode estar a acontecer. Porque é que o Harry está a conduzir o carro? Eu pergunto para mim mesma na esperança de que alguma vozinha na minha cabeça me responda.

- Parece que alguém anda perdida. – o rapaz de cabelo despenteado e olhos verdes diz-me com um sorriso atrevido a desabrochar dos seus lábios. A sua voz está mais rouca do que o normal.

Dou-lhe um leve sorriso. Não sei bem o que dizer, e isso é que é muito estranho, eu sei sempre o que dizer. Normalmente quando a Kath ou a Soph precisam de ajuda com os rapazes sobre o que lhes hão-de responder sou sempre eu que as ajudo. E como é que agora que eu preciso de dizer alguma coisa nada me sai?

- Queres boleia? – o Harry pergunta interrompendo os meus pensamentos.

- Se não te importares... - sinto-me a corar novamente, já é a segunda vez esta noite.

- Claro que não me importo. Era um gosto, porque prazer é na cama.

Ele disse mesmo isto? Sim ele disse mesmo.

Dou um leve sorriso e entro para o banco do passageiro.

O percurso até aos dormitórios é só de 5 minutos, não sei como não encontrava o caminho. Passamos o tempo todo da viagem em silêncio, só com o barulho da chuva torrencial que tinha começado a cair, tinha sido aquele silêncio constrangedor em que só apetece ser daquelas pessoas que não estão um segundo caladas.

- Podes-me deixar aqui, eu vou a pé o resto.

- Nem penses que te vou deixar ir a pé com esta chuva. Eu levo-te. – as palavras saem de forma rígida da sua boca perfeita.

Feels - H.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora