{Olivia}

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28 de janeiro, 6:45 a.m.
Estava indo para a cafeteria, que abria só as sete horas, mas eu estava com as chaves e tinha de chegar mais cedo. Para minha surpresa, quando cheguei em frente a cafeteria, a garota loira estava parada em frente à porta.
Ela vestia um conjunto de moletom adidas e estava com uma aparência cansada, abatida. Seus cabelos não estavam tão bem penteados como de costume, e ela usava o capuz do moletom para cobri-los o máximo que conseguia. Olheiras grandes e profundas enfeitavam seu rosto de um jeito ruim. Primeira vez que estava sem nada aparente de maquiagem.
- olá!
- oh, Niall. Que bom que chegou cedo. Eu estava mesmo precisando de um café - sorriu fraco pra mim e eu sorri de volta.
Entramos na cafeteria e logo vesti meu avental, preparando um belo cappuccino para ela. Ela agradeceu e tomou um gole, logo deitando a cabeça na mesa.
- hey - chamei sua atenção - o que aconteceu, linda?
Ela levantou a cabeça rápido dando um pequeno sorriso e ficando com o rosto um pouco avermelhado, só percebi depois do que a havia chamado, e minhas bochechas ganharam o mesmo tom avermelhado.
- Ely se mudou de cidade.
- oh. Mas vocês podem se ver ainda, não?
- sim, mas não vai ser a mesma coisa. Sabe, eu nasci e fui criada ao lado dele, me separar dele é algo extremamente difícil para mim. Ontem passei a noite toda chorando em seu colo, até hoje as 6, quando ele pegou um avião direto pra California. Isso está me destruindo - falou com a voz embargada.
Por impulso me levantei e sentei no sofazinho ao seu lado, a abraçando. Ela logo envolveu deus braços em minha cintura, trazendo meu corpo mais próximo ao dela.
Apesar de conhecê-la apenas a alguns dias, eu sentia como se a conhecesse a anos. Ela me trazia uma ótima sensação, como se algo me completasse.
Nos separamos e ela sorriu para mim, murmurando um "muito obrigado".
- bom, acho que tenho que ir agora. Ainda vou para casa me arrumar e tentar melhorar essa cara, apesar de tudo minha vida não pode parar, não é mesmo?
- assim que se fala. Vou te acompanhar até a porta, não tem ninguém ainda mesmo.
Nos levantamos e fomos em direção à porta. Ela já estava indo embora quando, sem pensar, a chamei de volta.
- hey! - ela se virou e eu a puxei, fazendo seu corpo colar ao meu e transmitir uma boa sensação. Uma de minhas mãos foram para sua nuca e a outra envolvia sua cintura. Seus braços logo se posicionaram no meu pescoço. Fui me aproximando devagar até quebrar toda distância que havia entre nossos lábios. Nossas línguas brincavam em perfeita sincronia. Nossos corpos transmitiam um calor que estava impossível sentir naquela época em Nova York. Minhas duas mãos envolveram sua cintura e meus lábios foram para seu pescoço, beijando e deixando pequenas marcas. Voltei para seus lábios encerrando com um selinho. Ela sorriu e continuou com os braços em volta do meu pescoço, assim como eu continuei com os braços envolta de sua cintura. Sorriamos feito bobos um para o outro.
- sabe o que eu percebi? - perguntei pensativo.
- não, não sei. O que você percebeu? - ela disse ainda sorrindo
- eu ainda não sei seu nome.
Ela deu uma risadinha fraca e me deu um selinho.
- tenho que ir. - falou soltando minha mão devagar.
- naaaaao - fiz uma voz manhosa é um biquinho. Ela riu e de novo deu um selinho.
Já do outro lado da rua ela gritou.
- Niall!! - me virei em direção a ela - Olivia!!
Olhei confuso em sua direção e ela fez uns sinais com a mão dizendo "meu nome é Olivia".

Olivia // Niall HoranOnde histórias criam vida. Descubra agora