Caminhamos por uma longa faixa do acampamento e chegamos a uma casa linda e muito grande. Mordo meu lábio, tentando conter meu nervosismo. Nunca fui muito sociável e pelo visto, terei que ser muito mais do que pretendo, pois aqui tem muitas pessoas, ou melhor, adolescentes. Os adolescentes são a raça mais filha da puta que existe, vamos admitir. O garoto chamado Chris bate repetidas vezes na porta, como um código secreto, o que acaba arrancando-me um sorriso. A porta é atendida por um garoto alto e louro, com olhos perfeitamente negros, não permitindo ver a íris, é como se fosse uma grande pupila.
— Olá. — Diz o garoto com uma sobrancelha arqueada e um sorriso debochado nos lábios, como se conhecesse cada pessoa daquele local e simplesmente percebeu que eu nunca estive ali.
— Oi.
— Luke, essa é a América. — Chris fala, arrancando uma risada do alto garoto.
— Estou falando com o nosso continente? — Seu comentário estúpido me faz revirar os olhos.
Nesse exato momento, uma bela garota com aparência fantasmagórica aparece por trás do garoto, ela simplesmente brota atrás dele. Estou decidida: esse é o sonho mais louco de todos, a única coisa que posso fazer é seguir conforme o roteiro.
— Ah, oi. Me chamo Charlotte, a diretora do acampamento. — Rótulos ao lado do nome? Ok. Nesse momento, o menino Luke revira os olhos e se retira, murmurando um "eu também sou um dos diretores, irmãzinha". Não posso ver para onde foi, mas mesmo assim, eu não me interesso.
— Eu sou a América, a garota que não sabe o que diabos está acontecendo.
— É eu sei. — Como disse, reconfortante. — Hum... Não ligue para Luke, ele é assim sempre. Venha, eu vou te mostrar o acampamento.
— Ok... — Não sei o que mais fazer, então apenas concordo com a cabeça, me despedindo do garoto-bode Chris e seguindo Charlotte pelo extenso local.
Ela me mostrou muitos lugares, mas disse que há muitos mais lugares que apenas explorando eu vou descobrir, comentário que me desperta curiosidade sobre o local. Enquanto ela me mostra os locais, explica sobre os tais deuses gregos, o que eu sei um pouco, já que estudei sobre eles.
— Então, América... Sabe que é filha de um deus grego. Já estudou isso na escola?
— Sim, parece que a educação avançou. — Minha resposta sai grossa, mas eu não percebo, para mim, eu estava falando normal.
— Ok... Apenas saiba que eles são reais, mas eles não irão te proteger, algo que se espera de um deus. Você irá estar por sua conta quando sair desse acampamento, então sugiro que treine muito.
— Algo vai tentar me matar?
— Aqui? Não. Fora das fronteiras desse acampamento? Sim, infelizmente. — Ela abaixa a cabeça, parando em frente à algo que ela chama de pavilhão.
— Nunca vamos estar seguros, vamos? — No fundo eu tenho esperanças, não sou tão incrédula assim. Minha vida mudou completamente nas últimas horas e eu não tenho certeza absoluta se não estou sonhando.
— Acho que não, América. — Ela levanta seu olhar, olhando diretamente para algo acima de minha cabeça, o que me faz arquear um sobrancelha.
— Tem algo em minha cabeça?
— Parabéns, você é filha de Quione. — Ela sorri de lado, a primeira vez que a vejo esboçando um sorriso.
— O que isso significa? — Ela sorri novamente, um sorriso divertido, se virando e começando a andar, me deixando ali.— Bem-vinda ao acampamento meio-sangue, América.
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Fria Como Gelo
Dla nastolatkówAmérica Yong era uma garota normal criada pelo pai. Tudo era maravilhoso, foi criada em meio à fama e dinheiro, mas tudo muda subitamente quando seu pai misteriosamente lhe dá instruções de como chegar em um lugar onde passaria as férias, a largando...