Hey... Oi, oi! Então, só para fixar que eu não possuo Sweeney Todd, infelizmente D:, nem todas as suas músicas maravilhosas. Então, acho que é só né, mais um capítulo, bjs mundo. :p
.Capítulo 2 – Mas o que? Bloody Hell!
Almoço. Talvez a pior hora e ao mesmo tempo melhor, se não fosse pela janta, onde costumava estar mais cansada ainda depois de um dia inteiro de trabalho. Eleanor suspirou pensando em como os horários de maior movimento eram, infelizmente, os mais lucrativos. Se não fosse por isso talvez até pensasse em uma folga em algum momento e... Ah, quem ela queria enganar? Podia não ser mais nenhuma menininha jovem e sadia, mas era o tipo de pessoa que não conseguia ficar parada por muito tempo.
Folga e descanso eram palavras que não existiam no vocabulário da Mrs. Lovett.
Passava rapidamente de mesa em mesa deixando tortas ou bebidas, vez ou outra gritando algo para Toby. Cantarolava algo como era seu costume. Podia-se até mesmo notar os lábios da padeira curvados levemente em um sorriso descontraído. Era bom esse momento em que estava tão ocupada que não tinha tempo para pensar no barbeiro.
Sorriu amargurada. Não pensar no Mr. Todd, como se isso fosse possível. Quem ela queria enganar? Era Eleanor Lovett e estava apaixonada por aquele homem desde seus longínquos dias como Benjamim Barker.
Imaginou-o como era antes, quinze anos atrás, suspirando triste ao pensar que, apesar de tudo o que já fizera para o barbeiro, ele nunca, jamais, iria notá-la da forma que tanto almejava. Lembrou de Lucy, então. Uma onda de ódio subindo pelo seu corpo, quase saindo num uivo enfurecido. O que a loura tinha de tão especial?
Egoísta. Mesquinha. Mimada. Sem sal. E certamente inútil.
Repito: O QUE A LOURA MALDITA TINHA DE TÃO ESPECIAL?
Não tinha um dia de sua vida em que Nellie não se perguntasse por incontáveis vezes isso. Ela só queria entender o porque. O porque de alguém como aquelazinha ainda ter o coração do barbeiro em suas mãos depois de tantos anos.
Ela nem ao menos... Parou de resmungar pela loja. Daqui a pouco iria espantar todos os clientes. Já começava a soar como Mr. T. Vai saber quando ia sair andando para lá e para cá e passar horas encarando a mesma janela suja.
As tortas haviam terminado, percebeu quando foi buscar mais algumas para uns clientes que tinham acabado de chegar.
- Toby, querido, mantenha a ordem enquanto eu pego mais tortas, meu anjo. – Falou passando pelo menino e seguindo direto para a porta pesada que levava ao forno, sem esperar por uma resposta do menor.
Desceu as escadas rapidamente, uma das mãos carregando uma bandeja vazia. Começou a contar os corpos que encontrou ali. 1...2...3... Revirou os olhos ao notar que havia mais corpos que o habitual, comprovando sua suspeita de que ninguém sairia vivo da barbearia naquele dia.
Deu de ombros, não querendo pensar no que tinha acontecido com Sweeney para ele ficar tão aborrecido.Não se importava com quantos morriam, contanto que tivesse suprimento o suficiente para suas tortas.
Recheou algumas tortas com um suprimento de carne que já havia deixado preparado mais cedo, não ligando se o cheiro estava começando a ficar ruim. No fogo, no calor, qualquer paladar ruim iria ser eliminado. Tempero existia para que?
Pegou tudo o que precisava e rumou para cima, de volta a loja.
-One for the gentleman. – Cantava enquanto distribuía os pedidos de mesa em mesa. Conversava um pouco com uns. Trocava sorrisos com outros. Pegava o dinheiro. Limpava as mesas.
Estava passando direto por um cliente solitário quando sentiu uma mão fechar um aperto firme em volta de seu pulso. Reprimiu um grunhido exasperado antes de virar o rosto para quem que a estivesse segurando.
-Se está bêbado o suficiente para segurar uma pobre mulher em seu trabalho, provavelmente o senhor consegue encontrar o próprio caminho de volta para casa, ou seja lá de onde tiver vindo. – Comentou sem nem ao menos encarar o homem. Os olhos presos na mão em torno de seu pulso.
- Ele...E... Eleanor? – O homem balbuciou atrapalhado, gaguejando a princípio, como se não acreditasse no que via.
- O que agora? Acha que sou alguma aparição divina? – A mulher resmungou ficando cada vez mais impaciente, puxando o braço de volta para si.
Uma vez solta do aperto Mrs. Lovett resolveu que encarar quem quer que fosse não era nenhum dilema absurdo.
- Pode não parecer, Nellie, mas aos meus olhos você sempre será uma espécie de anjo imaculado. Ainda mais depois de ter perdido as esperanças em te encontrar por tanto tempo. – O homem sorriu quando terminou de falar, então ela viu, em seus olhos, o brilho que há tanto tempo não encontrara mais em lugar algum.
Espantada ela arregalou os olhos, o corpo travando como se houvesse congelado e um arrepio o transpassando rapidamente. O coração parecendo que ia sair pela garganta.
- Você... Não, não é possível! Será então que...? – Balbuciava reticente, sem conseguir completar os pensamentos que lhe vinham à mente.
Sem saber o que fazer, Nellie esticou uma das mãos em direção a pessoa a sua frente. Será que tocando ele iria se desfazer como em um sonho? Hesitou ao pensar nessa possibilidade. Mas ela não podia se enganar mais. Se fosse a verdade, então... Então tudo o que tinha como vida havia sido uma farsa!
- Robert. Robert Lennington. Eu... Você... Mas… Argh! – Nellie continuava sem ter muita reação. Os olhos vidrados no rosto do homem. Seria possível que o que via era verdade?
Ele sorriu. O verde encontrando o castanho. – É um prazer te rever, Eleanor.
E, sem mais delongas, levantou o corpo da cadeira em que estava, ficando em pé sem jamais quebrar o contato visual com a padeira, aproximou-se dela rapidamente, tomando para si os lábios que há tantos anos aprendera a chamar de seus.
As mãos envolveram a cintura da mulher, as línguas agora se tocando na dança tão familiar para os dois. Entrelaçando-se como tantas vezes o haviam feito. A padeira se aproximando mais e mais, trazendo a cabeça do homem para si ao enlaçar sua nuca. O cheiro de farinha misturando-se com a fragrância masculina do homem. Aquele cheiro maravilhoso e inebriante que, apesar de tantos anos, era facilmente reconhecido por ela.
Estavam tão entretidos um pelo outro que se esqueceram da loja lotada em que estavam. Também esqueceram do menino que os encarava abismado. Mas, acima de tudo, não perceberam o barbeiro sério que os observava da soleira da porta. O rosto pálido contorcido em uma careta que certamente era um pouco do que Nellie sonhara em ver certa vez naquele rosto.
Sim, mesmo que não percebesse, ou então negasse, era claro que Sweeney Todd nutria qualquer forma de sentimento pela padeira. Nem que fosse algum ciúme bobo de irmão. Estava claro que ele não era indiferente a ela. E também estava claro que ele queria com todas as suas forças matar o desconhecido que agarrava Mrs. Lovett. A sua Mrs. Lovett. Como ele ousava?
Então, então, será que está decente para minha primeira long de Sweeney Todd? *-* Pfvr, aceito reviews de montão :3 Ah, desculpa pelo capítulo curto, mas colocar mais do que isso fugia da minha capacidade de criatividade! xP
Ah, só por curiosidade, mais alguém nutre uma paixão louca e doentia pela Helena ou sou só eu? \O
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What Doesn't Cut The Flesh Can Do Pretty Bad Things On The Inside
FanfictionÉ verdade que Mrs. Lovett nutria um amor profundo e não correspondido por Sweeney Todd,mas que tipo de reviravolta acarretaria na vida desses dois se um velho amor de infância retornasse a habitar a vida dos moradores do número 186 em Fleet Street...