Capítulo 08: Dois dias de paz

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Nos dias seguintes algo parecia realmente estranho aos olhos de Edd, ele não sabia se eles eram namorados, ficantes, amigos ou tudo isso ao mesmo tempo, porem o mais estranho, e que nunca vira eles trocarem nem sequer um selinho, ele não conseguira entender o que realmente rolava por ali. Única coisa que ele tinha certeza e que algo realmente esquisito estava acontecendo ali. Afinal tinham momentos que os dois estavam de chamego, tinham momentos que estavam brigando feio, e tinham momentos que ambos estavam de boa conversando como se nada estivesse acontecendo. O comportamento de Luan não ajudava, já que todas as manhãs ele e Vittor levantavam e passavam algumas horas fora treinando. Sempre voltando acabados e suados muito mais que o esperado. Não que isso preocupasse Edd afinal este também tinha sua rotina de treinos diários, mais impressionantemente parecia que Luan e Vitor treinavam o dobro que Edd. Julia tinha uma rotina bem diferente, fazia as orações pela manhã com Luan e Vitor, depois ia arrumar a casa do Padre, que não precisava de muita coisa afinal o Padre fazia praticamente tudo. E logo depois seguia para o convento onde ficava com as irmãs. Luan avisou aos dois para juntarem suas coisas, se prepararem por que partiriam logo após o almoço.

- Meus Filhos não ficaram para a missa de Domingo?

- Bem padre gostaria muito, mais temos que pegar umas coisas e partir para a fazenda o mais rápido o possível. Ainda temos que passar na casa da Ju pegar as coisas dela. Muito bom termos conseguido pra a mãe dela aquelas férias inesperadas em Roma, deve voltar logo ela não?

- Bom meu filho, ela deve ficar fora mais alguns meses por quê? Sabe que o padre Amauri ira cuidar bem dela não.

- Gostaria de poder falar com a minha mãe afinal, passamos seis meses longes uma da outra e isso nunca aconteceu antes. Disse Julia com seus olhos sonhadores e perspicazes

- Logo poderá, só preciso pegar meu celular.

- Vocês são bem animados pela manhã sabiam? Edd acabava de trazer o café

- Brigado Edd, esse café vai alegrar meu dia, já que num tou bebendo COCA sabe.

Julia comenta fazendo rosto de brava.

- Café tem CAFEINA e num faz bem sabe Luan.
- Viu mestre, não era tão ruim deixar ela nas mãos do inimigo

O padre ri alto e comenta com Edd.

- Esses dois nunca mudam, sempre brigando por nada e ao mesmo tempo sempre sendo únicos.

- Sabe padre nunca pensei que veria algo assim, parece ate filme antigo, novela das oito. Sei lá e estranho De mas esse dois.

- São como as coisas são meu filho. Eles são únicos na forma deles de serem.

- Eles são de outro mundo isso sim

Os dois começam a rir, e quando viraram os olhos, Luan e Julia estavam abraçados de chamego conversando baixinho só entre eles.

- Isso e o que eu tenho que aturar, nos últimos tempos... Sabe Edd, parece que eles vivem a parte e esquecem do resto – Brinca Vitor

Meio constrangidos o padre,Edd e Vitor os deixam a sós.

A manhã transcorreu tranquila, Edd se ocupou de organizar suas coisas afiar sua lança, cuidar dos últimos detalhes, Luan arrumou seu celular, estava concentrado mexendo nele e falando sozinho. Vitor se ocupou de arrumar as suas armas e do seu mestre, ver se tinham corda para os arcos, afiando a espada e conferindo se os revólveres estavam carregados. Julia passou a maior parte da manhã junto com as irmãs, afinal ela dormia com elas e queria contar algumas coisas às amigas, que fez em tão pouco tempo. Está era uma das suas qualidades ser capaz de fazer amizades facilmente.

Luan entrega o celular para Julia que liga e conversa com sua mãe durante aproximadamente umas duas horas. Os homens continuam a carregar algumas coisas para dentro do carro, arrumando da melhor forma possível já que logo eles estariam carregando um arsenal de coisas.

- Sabe Edd espero que a Gaby tenha conseguido terminar de resolver as coisas, mandado as mensagens e o povo esteja se dirigindo a Fazenda.

- Calma Luan ela melhor que ninguém sabe. Pelo que eu fiquei sabendo ela e a segunda em comando se algo te acontecer.

- Pra ser bem exato o segundo em comando e você, Eduardinho, ou Raul. Se não tiver nenhum dos quatro ela comanda.

- Uauu disso eu num sabia. Quer dizer que os registros da fazenda tão para obedecer em ordem, você, eu, Raul e Eduardinho?

- Não, nós temos o mesmo poder lá dentro e como se os quatro fossem administradores do sistema, e ela fosse uma operadora de sistema.

- Hummm... Complexo, mais o computador central só da acesso a ela se agente morrer? Como e isso?

- Simples Man o satélite tá programado para verificar se estamos vivos ao menos uma vez por dia. Se ele identificar que não estamos entre os vivos ele elimina o registro de administrador do sistema.

- Puta que Pariu moleque, você pensou em tudo em...

- Claro que não. Eu só fui adicionando as coisas que eu queria ao sistema, aprendendo a programar enquanto vocês achavam que era só um arqueólogo.

- Tendi.

- Na verdade, Edd o mestre e curioso e foi explorando tudo o que pode, para se manter pronto. – Grita Vitor de longe.

Os três riem e se mantem trabalhando, para que possam sair.

Por volta dos quatorze horas eles já estavam prontos para seguir viagem.

O padre faz uma ultima benção.

- Vão em paz e com o poder do espírito santo dentro dos corações de vocês.

- Padre preciso me confessar. Luan Disse como se não fosse algo que já o tivesse feito.

Os dois saíram e foram conversar por um tempo distante. Quando voltaram Luan parecia mais calmo, mais vivo e pronto pra maratona que iriam enfrentar a partir de agora.

Godwin abençoou cada um separado, falou um pouco com cada, e entregou para Julia uma valise preta com detalhes rosa.

- Somente abra isso minha filha se a vida de vocês correr perigo caso contrário não o façam.

- Entendido Padre. Nem uma espiadela, certo?

- Isso mesmo minha filha

Luan e Edd se entreolharam, pensaram a mesma coisa e voltaram os olhos para a valise que tinha aproximadamente uns sessenta centímetros de diâmetros por sessenta de altura.

- Bom caso precisemos de uma bomba sabemos onde tem. Falou Edd baixinho e os três riram.

- Vamos nessa senhorita e senhores, e hora do rock. Falou Luan animado como não se vira a dias.

Acabaram por só saírem da igreja às dezesseis horas, se direcionando a loja de armas onde Augusto os esperava com tudo Pronto.

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