Capítulo 14 Quando ele acordou.

2 1 0
                                    

Gaby se encontrava sentada numa poltrona bastante confortável ao lado da cama de Luan, no quarto se encontrava o pai de Luan em outra poltrona. Ao olhar para Luan vestido como paciente, o silencio entre ambos se mantinha até Luan abrir os olhos e sorrir para ambos.

- Nunca pensei que veria vocês dois juntos numa sala esperando meu retorno de um coma.

A sala estourou num riso sem sentido. Luan, seu pai e Gaby riram como se aquele riso não acontecesse a anos entre todos.

Luan meio aturdido perguntou.

- O que aconteceu? Cadê o Vitor?

- Aparentemente você acabou cansando seu corpo de uma forma bastante desgastante e pelo que posso perceber causou um dano ao usar muita energia, além do esperado. Gaby falou algo que não entendia. - Continuou Gaby - Bem, Vitor está bem. Nenhum dano real, mas aquele garoto que trouxeram com vocês, acho que o nome e Lucas, ele veio a óbito a algumas horas.
- Poxa vida! Jurava que a senhorita era uma engenheira mecânica, brincou Luan. Com tristeza nos olhos, Luan revira eles como se estivesse revendo tudo o que poderia ter feito para salvar Lucas.

- Você me deu um grande susto, sabe que não pode morrer! O que eu faço sem você? Gaby falou angustiada ao olhar a situação de Luan.

- Heiii, fica fria! Afinal, eu tô aqui. Sorriu e falou Luan.

Jorge se levantou, abraçou o filho e disse algo em seu ouvido. Olhou fundo nos olhos do filho e quando este sorriu sabia que não tinha nada com que se preocupar, seu filho só havia se desgastado e estava em estado de recuperação, logo estaria a correr pelo castelo. Não importa quanto anos passem, para Jorge, Luan sempre seria seu filho que precisava de cuidado, que estava sempre se metendo em encrencas e indo parar em hospitais. Sempre precisaria dos cuidados do pai.

Jorge olhou para Gaby e Luan e disse:

- Deixarei vocês, precisam conversar e afinal hoje e seu aniversário. Não pegue muito pesado meu filho, e feliz aniversário.

Jorge sai do quarto deixando Gaby e Luan sozinhos.

- Sabe, é engraçado... Sempre pensei que iríamos acabar juntos e que teríamos muitos momentos assim sabia Gaby?

- Realmente engraçado! Me lembro de você cuidando de mim no hospital daquela vez. Mas hoje estamos separados, tenho minha vida e você a sua. Como anda o namoro? O Gabriel ficou muito preocupado ao ver você desacordado, sua chegada assim foi um grande nervosismo a todos. Você precisa falar logo com todos. Os ânimos estão acirrados, acho que a culpa é do Raul e do Dudu, Edd anda tendo que manter eles na linha.

- Sempre causando problemas, graças a Deus temos o Edd. Bem, meu namoro está ótimo. Não se preocupe, eu vou acalmá-los. Agora me diga, por que não abriu o subsolo?

- Bem, não sabia o que tinha aqui, fiquei com medo. Sabia do C.T (Centro Clinico), mas não sabia o que encontraria aqui embaixo e tive medo.

- Você sabe que confio em você mais que tudo, poderíamos ter salvado mais vidas hoje.

- Não me culpe – Chorando disse Gaby.

- Não lhê culpo, você teve medo do desconhecido, culpo a mim mesmo. Mais sangue em minhas mãos, onde deveriam ter mais vidas.

Gaby olhou para Luan, sem saber o que responder, o que dizer? Ouvira os relatos daqueles que estiveram no carro, sabia que Luan, Edd e Vitor fizeram tudo o que podiam para chegar vivos e trazer todos com eles. Sem bem saber o que dizer, disse:

- Bom, você precisa descansar. Precisa que eu faça algo?

- Preciso do meu notebook que se encontra no meu quarto e do fone que está nele. Traga-me eles e pode manter tudo em ordem, preciso terminar um projeto que estava quase pronto.

A Ultima EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora