Capítulo 13: Genética

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Oi. Penúltimo capítulo :)

Boa Leitura!

(...)

– Te espero no carro. - Camila disse quando chegamos a frente da casa de Dinah.

Respirando fundo pra tomar coragem saí de seu carro.

E uma série de acontecimentos totalmente imprevistos começaram a partir de duas notas.

Ding-Dong.

– O que você está fazendo aqui? - Dinah me perguntou rude assim que abriu a porta. Havia algo, muito errado nela. Muito errado mesmo. Seu rosto estava marcado por um hematoma arroxeado em seu olho esquerdo, observando-a mais, pude ver seu corpo, sua pele morena com fortes hematomas espalhados por toda sua extensão, ela estava machucada. Aquilo me arremessou em um mar de preocupação.

– Meu Deus, o que houve com você? - Perguntei tocando seu rosto com delicadeza, ela não se afastou.

– Isso não é nada. - Ela respondeu, tirando minha mão de seu rosto. Talvez o namorado novo dela gostasse de bater. Endireitei minha postura, tentando esconder a preocupação que sentia por ela.

– Vim para me desculpar. - Disse séria. Ela sorriu, não um sorriso amistoso, ou meigo, foi puro sarcasmo. Era a primeira vez que via isso nela e não gostei nem um pouco.

– Pelo que?

– Pelo que aconteceu na classe aquele dia. - Dinah deu de ombros, olhando preocupadamente para dentro.

– Eu já devia esperar algo assim. - Respondeu virando-se novamente pra mim. - Você não pode ficar aqui.

Aquelas palavras entraram com flechas em meu peito e foi o suficiente para eu ver vermelho.

– Devia esperar? Quem foi que disse que era minha e no dia seguinte foi pra cama com sei lá quem? - Elevei minha voz, estava com tanta raiva – Quem foi que mentiu e enganou? Quem foi que passou dois dias em minha casa e agora está me expulsando da sua? Quem foi que brincou com os meus sentimentos? Não fui eu Dinah!

Meus olhos já estavam embaçados a essa altura, eu só queria gritar com ela. Dinah me deixava tão furiosa.

– Você não entende nada, cala essa boca. - Dinah elevou a voz também, sem chegar a gritar. E aquilo me deixou ainda mais irritada.

– Eu não entendo? Eu não entendo! - Não abaixei minha voz, só queria gritar mais – Não me diga que eu não entendo! Eu tenho o QI de 210, sou a melhor aluna de Leeds, já tenho bolsas em faculdades! Não fale comigo como se eu fosse burra, só porque eu não consegui decifrar o seu comportamento instável, errático e francamente, cruel! - Lágrimas caiam involuntariamente agora e quando pude ver Dinah, sua cabeça estava baixa.

– Algo errado? - Um homem surgiu atrás de Dinah, cabelos negros e ondulados, aparentava quarenta e tantos anos bem vividos, para idade tinha até um belo físico. Era esse o padrasto de Dinah? Ou talvez o namorado. Ele tocou o ombro de Dinah e sua postura mudou, ela ficou rígida e pude ver seus olhos se encherem de água.

Eu não respondi, Dinah enviou um olhar ao homem, um olhar de puro terror. Nunca tinha visto esse olhar nela.

Entendimento bateu, junto com uma forte vertigem e ânsia de vômito.

– Está tudo bem, ela já está de saída. - Dinah respondeu, a voz um fino sussurro. Isso fez o homem me dar um sorriso charmoso que me deu nojo e entrar em seguida.

– Meu Deus Dinah! - Eu estava tão enjoada que achava que ia desmaiar a qualquer momento.

– Não seja esperta agora, Ally.

Parceiras de Crime - (Dinally)Onde histórias criam vida. Descubra agora