Capítulo 10: Anti-concepcional

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Notas da Autora:

Hey lindas do meu coração!! Obrigada por todos os comentários. Aqui, nesse capítulo a coisa vai ficar quente. 

Boa leitura para todas  

(...)

– Nossa, esse filme é muito triste. - Dinah disse quando os créditos de "Em busca da Terra do Nunca" começaram a subir. - Eu acho que eu morri.

Eu ri, lágrimas escorriam por meu rosto, era meu filme preferido, mas eu sempre chorava no fim.

– Não fica assim, - Disse ela apertando-me em seus braços. - Ela foi pra Terra do Nunca.

Dinah beijou o topo de minha cabeça, mandando-me ondas de paz, como ela sempre fazia.

Havíamos passado o dia inteiro juntas. Tinha feito todas as minhas refeições em meu quarto, e isso despertava vários olhares de desgosto de minha mãe. Mas eu não me importava, meu dia estava ótimo.

Estava começando a entardecer e só notei isso quando Dinah checou seu relógio com uma ruga formada em sua testa.

– O que foi? - Perguntei, ela sorriu, vestindo sua saia e botas.

– Eu tenho que buscar meu irmão. - Respondeu, enrolando o pescoço com seu cachecol vermelho e vestindo sua jaqueta em seguida.

Suspirei, eu não queria que ela fosse, estava no meu pequeno mundo feliz quando ela estava comigo. Ela voltou a se aproximar de mim, tocando suas mãos em meu rosto.

– Mas, Dylan não está com o pai? - Novamente uma ruga se formou em sua testa.

– Não. - Respondeu apenas, e beijou-me rapidamente. Segurei-a por sua camiseta, queria que ela ficasse, o tempo inteiro. – Eu tenho que ir. - Disse ela afastando seus lábios dos meus, colocou uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha e beijou minha testa. Era tão.. meigo.

– Tudo bem. - Respondi com meus olhos fechados, me levantei, entrelaçando meus dedos aos dela.

Saímos de meu quarto em silêncio. Eu esperava conseguir sair de casa com Dinah sem ninguém notar, caminhamos em silêncio pelo pequeno corredor que nos levava até a porta dos fundos. E, bom, fui surpreendida.

– Allyson. - A voz fria de minha mãe me chamou. Congelei, minha mão segurava a maçaneta da porta. Virei-me lentamente para ela.

– Mãe. - Sussurrei, acho que estava com medo. Talvez tenha sido o susto – Essa é Dinah Hansen. - Eu apresentei, Dinah sorriu e estendeu sua mão a minha mãe.

– É um pra..

– Saia da minha casa. - Minha mãe a interrompeu friamente, o sorriso de Dinah se desfez.

– Mãe! - Protestei.

– Tudo bem. - Sussurrou Dinah ao meu lado. - A gente se vê, ér, fique de olho no correio.

Pensei não ter entendido a última parte, e quando me virei pra perguntar, ela já havia saído. Me deixado sozinha com minha mãe, traidora.

– E o que me faz pensar que não? Quer dizer, se fosse a Camila você não diria nada e ainda ofereceria um chocolate quente a ela, então, porque mãe? Porque eu não posso trazer Dinah?

Eu só notei que tinha elevado minha voz quando minha mãe elevou a dela também.

– Porque eu não quero! Eu não quero ela aqui! Essa casa é minha! E fim de conversa! - Gritou minha mãe, aproximando-se ameaçadoramente de mim.

Recuei assustando-me, ela nunca tinha falado comigo daquele jeito.

– Tá. - Respondi apenas, me sentia com tanta raiva. E corri escadas acima, direto pro meu quarto. E me joguei na cama, ainda tinha o cheiro de Dinah, e isso fez eu me sentir melhor.

Parceiras de Crime - (Dinally)Onde histórias criam vida. Descubra agora