(23)O pedido de namoro.

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Apos aquela festa inesperada, Taylor me levou para sua casa.

Tudo estava como a última vez em que estive aqui.

-fique a vontade acho que você ja conhece aqui não é mesmo -  ele dá um sorriso lindo  - sala cozinha e banheiro em baixo, quartos, suítes em cima.

Devolvo o sorriso, e entrego minha mala para a empregada.

-vou tomar um banho.

-ok, pode ir no banheiro do meu quarto, eu ja estou indo.

Subo as escadas calmamente abrindo a terceira porta do corredor.

Ligo as luzes e vou direto ao banheiro, mas volto assim que ouso um barulho no quarto.

-Taylor.

-estragou minha surpresa.

Meus olhos foram do direção a cama onde se encontrava Gisele, nua com um lençol entrelaçado em seu corpo.

Eu ha ignoro indo em direção a escada.

-Taylor.

Grito não tão alto mais não tão baixo.

Ele sei da cozinha aparecendo no meu campo de vista, ele estava mastigando uma maçã e olhava pra mim com uma expressão calma.

-não sabia que você abrigava ex namoradas.

Ele me olha com uma cara de desentendido.

-ex namoradas? 

Volto para o quarto e pego Gisele pelo abraço ela sorri se enrolando no lençol.

-que tal essa.

Me controlo o suficiente para não joga-la escada a baixo.

-oque você está fazendo aqui Gisele? Semi nua ainda?

-ué, você não lembra?! Você combinou comigo de se encontrar ontem, so não sabia que você traria sua...namorada.

-do que você está falando?

Olho para Gisele, mas logo após eu lembro da aposta que nos fizemos, ou melhor que ela fez  estava na cara que ela não desistiria tão fácil assim.

Desso as escadas indo em direção a porta, assim que ponho minha mão na maçaneta Taylor me puxa com força.

-você não vai a lugar nenhum, quem vai é ela.

Ele olha pra ela, com uma cara de irritado.

-ai Tay, está muito tarde.

-se esse é o problema eu resolvo, vai por sua roupa.

Confesso que por dentro eu estava dando gargalhada e um cheiro de vitoria estava exalando no ar.

Assim que ela deu as costas Taylor chegou mais próximo a mim.

-Carla me desculpa de verdade, eu não marquei nada com ela, esse deve ser mais um dos seus joguinhos.

Ele me olha mais uma vez e vai pra rua com o celular na mão, por puro impulso resolvo ir no quarto em que Gisele está e dar um basta nisso.

Assim que entro Gisele estava pondo a blusa e arrumando o cabelo.

-viu como é fácil ganhar de você?!

-ele me queria, so não quis magoar você, eu percebi os olhares dele em meu corpo.

-ele não vai cair nas suas armadilhas.

-isso é apenas o começo.

Ela desce as escadas e eu desço logo atrás.

-você sabe que eu posso contar sobre esse seu joguinho pra ele e acabar de uma vez com isso não sabe?!

Ela para e se vira para mim, ficando frente a frente.

-sei que não fará isso, até porque de algum modo você também está apostando e o Tay não gostaria nada de saber disso.

Ela sai porta a fora me deixando plantada em pé.

-precisa de alguma coisa senhorita?

A empregada pergunta logo atrás de mim.

-pode me chamar Carla, e não muito obrigado mas eu não quero nada.

Ela sai e eu subo as escadas com uma certa pressa, entro em um dos quartos e olho pela janela pude ver Taylor conversando com a Gisele, os dois pareciam calmos mas eu não, eu não estava nem um pouco Gisele passou dos limites com essa aposta e pelo visto era apenas o começo.

Apos alguns minutos ainda observando pela janela o táxi chega e Gisele entra no mesmo acenando para Taylor de forma provocante.

Vejo o mesmo voltar para casa, saio da janela e paro no meio do quarto respirando fundo pensando no que dizer para ele caso a louca tivesse contado sobre a suposta aposta.
Apos eu ter ouvido passos no corredor, ele aparece na porta finjo não ver então ele da duas batidinhas na porta.

Olho para ele e o mesmo entra lentamente e se senta na cama, eu estava arrumando minhas malas no guarda-roupa ou melhor fingindo arrumar, na verdade estava tentando me acalma.

-eu tinha separado um espaço pra você no meu closet.

Na verdade eu estava no quarto de visitas, e acho que era exatamente la onde eu deveria ficar.

-não precisava, brigada mas eu vou me organizar aqui mesmo.

Ele apenas me observava, talvez estivesse procurando as palavras certas para se desculpa.

Gisele parecia não ter contado absolutamente nada, ainda bem.

-desculpas por hoje... sei que eu sou o rei de pedir desculpas e que ja ta virando clichê, mas é a única coisa que posso fazer... é pedir desculpas.

A pergunta que estava na ponta da minha lingua era  'como essa mulher tem a chave daqui, ou porque a empregada abriu a porta pra ela?!'

Eu sabia que não tinha intimidade o suficiente para fazer esse tipo de pergunta por isso me calei.

-eu... não tenho que te desculpar em nada Taylor, imagina, vocês tiveram um relacionamento eu entendo.

Ele botou as mãos no bolso e olhou para o chão, ainda sentado na cama.

Na verdade eu não entendia nada e a minha vontade era de estrangular a Gisele e bater tanto no Taylor ate ele dizer que me ama e não me trocaria por nada nesse mundo.

-não você não entende, eu costumo a me por no lugar das pessoas e eu no seu lugar eu não entenderia, estaria brabo, irritado, querendo quebrar tudo a minha frente.

Sério... não brinca

Falo pra mim mesma, ele sabia exatamente como eu estava me sentindo e acho que esconder isso so iria piorar as coisas.

Assim que eu ia me manifesta para dizer algo, ou apenas para me defender ele me interrompe.

-sei que faz pouco tempo que a gente se conhece e que nesse pouco tempo aconteceu muitas coisas que deixaram você magoada, irritada... mas eu queria dizer que o que eu sinto por você e algo inexplicável, acho que poderíamos investir nisso. Ja somos adultos e sabemos o que queremos, e ai... aceita investir nisso comigo?

Investir? Meu deus eu não sou adulta o suficiente para tomar essa decisão.

-desculpe vou ser mais claro.

Ele sai da cama e se ajoelha em minha frente.

Respira Carla, respira

-eu ia esperar nos irmos para o quarto... o nosso quarto, mas aconteceu esse imprevisto e eu não aguento esperar mais um minuto se quer.

Ele põe a mão no bolso e puxa uma caixinha preta abre ela e pude ver dois anéis brilhando.

-Carla, quer ser minha namorada.

Minha garganta estava seca e ja ia fazer um minuto que Taylor estava ajoelhado em minha frente.

Respiro e inspiro, derrepente pude ouvir...

-sim, eu quero ser sua Taylor.

Sair da minha boca, e um peso enorme pareceu sair das minhas costas assim que ele pos a aliança em meu dedo e me beijou.

JACOBOnde histórias criam vida. Descubra agora