Segin

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Ela vinha na minha direção, e quando chegou perto pude ver seu colar e seu nome estampado na camiseta. "Walker", deveria ser o sobrenome, e ela tinha uma boina verde na cabeça então deveria ser a comandante, quando ela estava na minha frente, eu bati continência e disse:
-olá comandante.
-Mariana pode me chamar da Kate. Respondeu ela.
Era meio difícil se acostumar com um nome novo, agora tenho que atender por Mariana.
-Você é nova aqui, toma o seu colar, venha comigo vou te explicar tudo. Ela disse me dando o colar com Cassiopéia dentro e continuou andando, e eu fui atrás dela.
Ela continuava andando e o salão parecia ficar maior, passamos de uma porta e então do outro lado tinham varias naves gigantes, até meio exageradas.
-Essas são as naves que nos levarão para Segin, quando estiverem prontas poderão cruzar o espaço profundo sem problemas. Ela comentou.
-Oque é Segin? Perguntei.
-Não sabe ainda? É uma estrela na constelação de Cassiopéia, na verdade é um sol, e em sua órbita está um planeta habitável, novinho, bem melhor que esse. Ela disse.
-Mas porque nós iriamos para lá? Perguntei.
-não viu o estado do nosso planeta?, aquecimento global, derretimento das geleiras, poluição, doenças, não podemos mais sobreviver aqui. Ela reapondeu.
-mas e a guerra que estava tendo? Qual o motivo dos misseis e armas biológicas? Perguntei.
-nós lançamos os misseis, não podíamos levar todos na nave não é mesmo? Nós separamos os fracos dos fortes, e os fortes nós apagaremos a memoria para que quando chegarmos lá em Segin, possamos criar um mundo melhor, melhor que esse, sem erros. Ela disse.
Então olhei para as naves e fiquei pensando, não podia aceitar aquilo.
-mas se você tira suas lembranças, você tira quem eles são. Eu disse
-isso mesmo, sem erros. Ela disse olhando para as naves.
Eu não podia aceitar matar tantos inocentes para tirar a alma dos que restaram, e mentir para nós, isso não é certo.
-segurança, pegue Mariana e a leve para os tubos. Disse Kate.
Senti duas mãos grandes segurarem meus ombros, dei uma cotovelada na barriga dele e sai correndo, passando no meio de todo mundo, e trombando também. Olhava para trás e via Kate e o segurança correndo atrás de mim, quando ia passar pela porta eu trombo em Mariana, sem roupas e com minha M16, aproveitei que ela estava no chão e peguei a M16 dela, mas quando puxei, Mariana apertou o gatilho acertando um tiro de raspão em minha perna.

Esperança A Ultima EstrelaOnde histórias criam vida. Descubra agora