Separando o Joio do Trigo

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Sunlight falls away from the land, and a single star CRUSHES the dark. 🌌
Era oque estava escrito na parede de um prédio que achamos seguro para ficar antes do anoitecer, não sei muito bem oque significa, não sei muito inglês, mas é algo como:
"A luz do sol apagara no horizonte, e uma estrela surgirá para quebrar a escuridão."
Gostei dessa frase, seria perfeita para um status, se ainda tivéssemos celurares.
Henry e eu entramos no prédio, eu ainda não estava falando com ele direito. Ele me ajudou a subir até o terceiro andar, que era o último do prédio.
Lá era uma casa, tinha sala, cozinha e quartos, tudo bem arrumado, parece que aquela familia saiu as pressas de casa, só os quartos estavam meio bagunçados.
Olhava as estantes e via fotos de varias pessoas, sorrindo, se divertindo, e só de pensar que aquelas pessoas estão mortas, me dói o coração.
Olhei para uma das fotos e vi uma garota pequena, de cabelos morenos e olhos grandes, parecia que eu conhecia aquela garota, pensei um pouco e lembrei.
-Mariana! gritei.
-Quem? Henry perguntou me olhando com uma cara de que eu fosse maluca.
-Mariana, uma militar que eu vi lá no edifício, essa é a casa dos pais dela, ou dela.
-Mas então, porque foi até lá? E porque estavam te perseguindo? Henry perguntou
Mandei ele sentar na cama e expliquei para ele.
-A Guerra, o Virús, tudo foi falso, eles que mandaram as bombas, para diminuir a população a uma quantidade menor, um rebanho de ovelhas mais fácil de controlar, para que pegassem os que sobrassem, e formarem uma nova sociedade, em um novo planeta, a vida nesse já está insustentável, eles só fizeram tudo isso para separar o joio do trigo. Eu disse.
Henry me olhou com uma expressão pensativa em seu rosto, e então levantou e começou a questionar.
-porque eles fariam isso? Por que eles criariam os silenciadores? Está faltando uma peça nesse tabuleiro.
- Ah eles devem ter criado os silenciadores para matar todo o resto da população que sobrar quando eles forem em bora. Eu disse.
Henry não aceitava isso, eu sei que devia ser difícil para ele, le deveria estar sentindo muita raiva deles, pois eles que o transformaram em um silenciador, mas graças a mim ele é uma parte humano também, pelo menos eu acho.
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Já anoiteceu, e se podia ouvir criaturas andando pelas ruas, e muitas delas, pois estávamos na cidade, onde a maior parte delas se encontra. Henry trancou todas as portas e fechou as janelas e apagou todo tipo de luz.
Eu sentei no chão encostada na parede, não conseguia ver nada, apenas ouvir passos de Henry dentro da casa e barulhos terríveis de criaturas do lado de fora, e não conseguia parar de pensar que só estava a três andares do chão, e se as criaturas entrassem aqui, estaria tudo perdido.
Eu estava encolhida na parede, quando Henry chegou perto de mim e me abraçou, e disse que ia ficar tudo bem, que ia amanhecer e estaríamos vivos ainda.
Eu olhei para ele e só conseguia enxergar metade de seu rosto.
-obrigado por salvar minha vida. Te devo essa. Eu disse.
Então ele disse.
-Que tal pagar essa divida agora?
Então ele me beijou, podia sentir suas mãos em meu pescoço, e suas pernas encostadas nas minhas.
E lá fora, o inferno da vida real acontecendo, gritos e mortos que se espalhavam por quilômetros cobriam as ruas.
Estava feliz por estar ali com Henry.
Ele me pegou no colo e deitou comigo na cama, fiquei deitada em cima dele, e quando olhei para seus olhos estavam laranjas, como fogo.

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