O Fazendeiro

206 9 0
                                    

Não comia alguma coisa solida a dias, aquele pão com queijo foi a melhor coisa que já comi, o suco parecia ter sido feito hoje de manhã com laranjas naturais.
Não sei onde ele conseguiu o pão ou o queijo mas fiquei com receio de perguntar.
Enquanto comia Henry me olhava de um jeito estranho, não tirava os olhos de mim. Quando terminei de comer ele disse.
-você precisa de um banho.
Achei meio estranho ele ainda ter agua, mas então ele me levou até o chuveiro.
Henry não parecia ser um silenciador, mas acho que se ele fosse um já teria... me silenciado talvez. Não sei direito se confio ou não nele, tudo me parece meio estranho.
Tomei meu banho com a agua quente para a minha surpresa, nada disso fazia sentido, sai com a toalha do banheiro porque minhas roupas não estavam la dentro, Sai do banheiro e fui até o quarto dele, e em cima da cama eu vi uma roupa dobrada, uma camiseta xadrez bem comprida, deveria ser dele, olhei pela janela e minha roupa estava pendurada no varal lá fora, parece que ele as lavou para mim.
Vesti a camiseta de Henry e ela tinha o seu cheiro, ela vinha até quase na metade das minhas coxas, e era larga nos ombros, Henry tem ombros bem largos.
Fui para o quarto da namorada dele e olhei na gaveta, e achei algumas roupas intimas, achei meio estranho vestir as roupas intimas da namorada morta de Henry, mas era a única opção.
Minha luger estava em cima da cama dele mas não encontrei minha M16. Comecei a Ficar com medo, então procurei pela casa.
Henry não estava em casa, não se para onde teria ido, mas resolvi aproveitar.
Quando entrei no quarto da mãe e do pai dele reparei em varias fotografias, de Henry pequeno, Henry trabalhando com os pais, De Henry e a namorada, e nessa foto ela olhava pra ele como disse se.
"-ta vendo esse aqui? É meu."
Então vi uma miniatura de trator, achei meio irônico mas tudo bem.
Não achei nada dentro de casa então resolvi ir até o celeiro que ficava la fora.
Sai da casa e fui em direção ao celeiro, olhei para traz para ver se via Henry e quando olhei para frente de novo trombei com o peito de Henry, duro como pedra.
-Oque você está fazendo aqui fora?.
-ouvi um barulho no celeiro.
Henry foi em direção ao celeiro para ver.
Então eu disse.
-pode deixar eu já vi, eram ratos.
-você ouviu ratos lá de dentro da casa?
Então me toquei que não sei mentir.
-eram ratos grandes. Disse.
Henry me olhou com uma cara estranha, fechou a porta do celeiro e me levou para dentro da casa.
Ele sentou no sofá, e eu fiquei em pé, ele não conseguia tirar os olhos das minhas pernas nuas, quase encobertas pela camiseta.
Ele viu que a camisa que eu usava era dele.
Eu estava com raiva de mim, porque Henry tinha que ser tão atraente, e porque eu tinha consciência disso? Isso pode me atrapalhar muito, não sei se quero confiar nele, mas esses olhos não ajudam muito.
Estava anoitecendo e tínhamos que apagar tudo para ninguém ver que estávamos aqui.
Henry me levou até o quarto de sua namorada e disse que eu podia dormir ali.
Então ele disse que ia sair para caçar e já voltava.
Ele fechou a porta e desceu as escadas, olhei pela janela e vi Henry saindo, andando com uma arma no meio da floresta escura.
Olhei para uma arvore e vi uma coruja e lembrei do sonho da mãe de Henry.
Ela deve ter comido alguma coisa que não fez bem, pra ela ter um sonho desses, acho que é por isso que grávidas não devem beber durante a gestação.
---
Acordei de manhã e Henry não tinha voltado, olhei pela janela e o vi vindo sem nenhum animal.
Quando entrou eu disse.
- NOSSA você é um péssimo caçador.
- na verdade sou muito bom.
- não tem coragem de matar?
- tenho coragem de fazer oque for preciso.

Não entendi muito bem, mas me sentei na mesa e ele fez um caldo de galinha para mim. Onde ele arranja essas coisas? Eu não sei.

Esperança A Ultima EstrelaOnde histórias criam vida. Descubra agora