CAPÍTULO III

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"Era Vinie Maxwell sentada na sua cama individual com lençóis brancos como a neve mexendo no seu telemóvel e ouvindo música, em tão poucos segundos vi umas das sete maravilhas do mundo."

-Oii...

Mas ela não respondeu, simplesmente limitou-se a olhar para mim e depois voltou ao que estava a fazer.

-Oiii...- insisti- O meu nome é Mark e tenho...

-... a mania - completou ela.

Quando eu ouvi aquilo só me apeteceu pegar nas minhas coisas e ir-me embora, mas como queria (sei lá porquê) agradar o meu pai, fiquei quieto onde estava.

- Para tua informação menina...- pois, com tanta coisa não sabia como é que se chamava a tal rapariga que disse que eu tinha a mania.

-Vinie. Vinie Maxwell.

-Mark. Mark Ridget.

Por breves momentos não sabia o que dizer, só via os seus lindos cabelos dourados e o seu olhar suave com uma brisa de verão.

- O que é que estás aqui a fazer? - perguntou-me.

- Vim fazer o favor de ajudar o meu pai. É que estou farto, estou na escola a aprender, e depois, venho para aqui ter com o meu pai, e ainda por cima não posso estar quieto sem fazer nada.

Mal acabei de dizer isto ela virou-se para o outro lado da cama.

- O que é que se passa Vinie?- perguntei.

- O que é que se passa? Ainda perguntas o que é que se passa?! O que se passa é que eu tenho cancro do pulmão a minha vida pode estar a chegar ao fim, perdi os meus pais com 10 anos, estou neste maldito hospital e tu ainda perguntas o que é que se passa?! Tu és um egoísta! Tu tens amigos, família, saúde e eu não. Eu dava tudo para poder ser feliz, ter saúde, amigos, ir à escola. Mas nem sei porque é que estou a falar contigo, tu és apenas um miúdo mimado.

Fiquei em silêncio, não sabia o que é que havia de dizer, senti que ela tinha razão.

- Olá o meu nome é Mark Ridget! E tu, como te chamas?

- O que é que estás a fazer?

- A tentar começar do zero, afinal, não quero começar com o pé errado com uma menina tão bonita.

Por momentos ela corou e disse:

- Chamo-me Vinie Maxwell e tenho 16 anos e 11 meses.

- Ahahaha sou 1 mês mais velho do que tu! Faço hoje anos.

-Então parabéns.

-Obrigada.

-Mark?

-Sim?

-Como é que é a vida lá fora?

-A minha ou dos outros?

-A tua, ahahaha!

De repente vejo que aquela gargalhada se tinha tornado em tosse e aquela tosse em falta de ar.

Mal vi que Vinie estava a ter uma paragem respiratória gritei o mais alto que consegui:

-Enfermeira, enfermeira!

De repente vejo a equipa médica a entrar pelo quarto a dentro e ao mesmo tempo a empurrar-me para fora.

Já fora do quarto vejo meu pai a correr pelo corredor e a entrar pelo quarto a dentro. Tentando salvar a vida de Vinie Maxwell.

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4 - Será que há amor entre as camas do hospital?Onde histórias criam vida. Descubra agora