31.

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Dylan's POV

Sinto minha cabeça latejar e uma dor agonizante passa pelo meu corpo inteiro, mas logo vai diminuindo. Solto um gemido de dor ao tentar me mexer e escuto um barulho no lugar onde me encontrava, que eu não sabia onde era ainda.

— Dylan?! — Uma voz feminina ecoa pelo quarto. — Oh, meu Deus!

Tento abrir meus olhos lentamente e sinto mãos macias tocarem meu braço esquerdo.

— Dylan, você consegue me escutar? — A voz agora era mais calma e suave. Balanço a cabeça em concordância e desisto de abrir os olhos. — Como está se sentindo?

— O que está acontecendo? Onde estou? — Solto com um pouco de dificuldade.

— Não se mexa e fique calmo — A voz, que ao me concentrar, percebi que era bem familiar, ignora minha pergunta e fica distante, parecendo sair do quarto.

Tento novamente abrir os olhos e dessa vez consigo, revelando um grande quarto branco e azul bebê. Tinha cortinas finas, que deixavam a claridade adentrar o quarto. Mexo lentamente minha cabeça e olho para meu braço. Sinto minha respiração falhar ao vê-lo todo conectado a máquinas e a uma bolsa de soro.

— Ele simplesmente acordou — A voz familiar volta. — Eu estava lendo meu livro, ao seu lado, como sempre faço — Ela explica. — E de repente o escuto fazer barulhos. Ao me aproximar, vejo que estava acordado!

Dessa vez consigo ver o rosto da garota.

— Kaya — Minha voz sai quase como um sussurro.

— Oh, Dyl! — Kaya segura minha mão e se aproxima de mim, me permitindo ver seus olhos marejando. — Ficamos tão preocupados...

— O que aconteceu?

— Vocês terão de fazer exames antes de liberarem ele, certo? — Ela ignora minha pergunta, novamente.

— Sim — Um senhor de jaleco branco e óculos finos balança a cabeça em concordância. — Mas será bem rápido. Começaremos daqui alguns minutos.

O senhor sorri gentilmente para mim e sai do quarto, deixando eu e Kaya sozinhos.

— Kaya — Chamo sua atenção. — O que aconteceu? Onde estou?

— Dyl, você está no hospital — Ela fala calmamente. — Você sofreu... um acidente. Mas tudo bem, você está bem agora.

— Um acidente? — Sinto algo se remexer em meu peito. — Acidente do quê?

— Dylan — Ela segura minha mão e sorri tristemente. — Podemos conversar sobre isso depois? Além do mais, logo você irá fazer alguns exames para ver se pode voltar para casa logo.

Eu ainda queria saber mais, porém o médico voltou com alguns enfermeiros, avisando que começaria a fazer os exames.

(...)

— Você está liberado. — O médico sorri para mim e retribuo o sorriso.

— Vamos, todos estão lá fora, querem te ver! — Kaya sorri. — Julia está louca para te ver, ela não desgrudava do celular, pronta para receber uma ligação falado sobre você o tempo todo.

Levanto-me da cama e saio do quarto, me deparando com meus amigos e familiares.

Sou abraçado primeiro por minha mãe e minha irmã. Ambas choravam de alegria por me ver em sua frente.

Viro-me para Ki e Ana, eles estavam de mãos dadas e sorriam para mim. Os abraço e olho ao redor.

— Onde está a Ju--

Yes, I do - DylmasOnde histórias criam vida. Descubra agora