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Dylan's POV

— Não — Cruzo os braços e encaro-a com um olhar incrédulo. — Nem fodendo.

— Dyl, escute o que estou fal--

— Kaya, nós não vamos assinar esse papel. Nós não vamos desligar os aparelhos do Thomas.

— Dylan... — Ela começa.

— Eu já disse que não! — Levo meus braços ao ar. — Nós não vamos assinar.

— Esse é o problema — Julia se pronuncia, encarando o chão. — Os pais dele já assinaram. Kaya contou sobre o documento e eles quiseram assinar.

Meu queixo cai e cravo meu olhar no de Kaya. Seus olhos marejavam e seu rosto estava mais pálido do que de costume.

— D-Dylan... desculpe... — Ela olha para o chão. — Vocês não estavam comigo quando o médico falou sobre isso, então fui falar com os pais dele. Pensei que concordariam com a decisão deles...

— Você pensou — Julia a corta, secamente. — E pensou errado.

A tensão entre elas era bem perceptível. Julia estava realmente brava com Kaya.

— Julia, eu já disse. Achei que--

— Eu sei, Kaya — Ela a corta novamente e encara-a. — Eu sei.

Cruzo meus braços e me encosto na parede. Não podíamos deixar isso acontecer!

— Tem como cancelar isso?

— Acho que não — Kaya volta a falar. — Mas acho que dá pra adiar.

— Adiar? — Julia arqueia a sobrancelha. — Quanto tempo?

Kaya dá de ombros e chama um médico, e por "sorte" nossa, era o médico responsável por Thomas.

— Adiar? — Ele franze a testa. — Sim, dá sim. Mas por apenas uma semana. O documento já foi enviado e tudo foi programado para desligar, tudo o que podemos fazer é adiar. Sinto muito.

Balanço a cabeça negativamente e a bato de leve na parede.

— Ele vai morrer — Julia murmura de repente. — Thomas vai morrer e não tem nada que possamos fazer — Ela me encara com os olhos marejando. — Isso não pode estar acontecendo...

— Ju, me desculpe... — Kaya se aproxima dela para abraçá-la, mas Julia se distancia e a encara nos olhos.

— Não — Ela se distancia mais. — Apenas, não. Agora, não.

Até eu senti essa.

Estava na cara que Julia não queria papo com Kaya, claro, ela estava chateada, mas Kaya já disse que se arrependeu e está até tentando ajeitar o que fez.

— O que fazemos agora? — Ki se pronuncia pela primeira vez.

— Bem — Limpo minha garganta. — O jeito é esperar e rezar para que ele acorde em uma semana.

(...)

— Dyl? Ah, te achei... — Kaya entra no meu quarto. — Oh, meu Deus! Dylan, o que aconteceu aqui?!

Levanto meu olhar para encara-lá e vejo que seu olhar era de preocupação. Claro, quem não ficaria preocupado depois de ver essa bagunça?

Meu quarto estava destruído. Os lençóis estavam no chão e os travesseiros estavam todos amassados e jogados em um canto. As portas do armário estavam escancaradas e alguns cacos de vidro — de coisas que não me lembro o quê — estavam espalhados no chão.

Yes, I do - DylmasOnde histórias criam vida. Descubra agora