— O-O quê?
— E-Eu não sei quem é você — Thomas murmura.
Dou alguns passos para trás e sinto meus olhos arregalarem. As lágrimas começam a rolar livres pelo meu rosto.
— T-Thomas, por favor... — Fixo meu olhar no seu. — Me diz que você está brincando...
— Eu queria estar... — Thomas desvia o olhar. — M-Mas... eu não me lembro... não me lembro de n-nada... — Ele volta a me encarar, seus olhos exalavam puro pânico. — P-Por que não consigo m-me lembrar de n-nada?
Dou outro passo para trás e acabo tropeçando em um dos aparelhos, fazendo um barulho alto.
Ignoro Kaya abrindo a porta e encosto minhas costas na parede, deslizando até chegar no chão.— Dyl? — Ki se aproxima de mim.
Cubro meu rosto com as mãos e deixo soluços roucos saírem pela minha boca.
— Dyl, o que foi? — Kaya também se aproxima.
— O que está acontecendo? — A voz rouca de Thomas ecoa pelo quarto.
Julia, Ki e Kaya se viram para Thomas, mas não se movem. Eles devem ter percebido que algo está errado.
— Thomas? — Kaya se aproxima dele. — Tom, você está bem?
— Eu estaria — Ele começa. — Se soubesse quem vocês são e que porra está acontecendo.
Fecho meus olhos com força e bato minha cabeça na parede — não muito forte. Kaya leva a mão até a boca e Julia volta a me encarar, com um olhar assustado.
— Dylan...
— Ele não se lembra — Murmuro. — Não se lembra de nada.
(...)
Fecho meus olhos e afundo meu rosto entre meus braços. Eu estava sentado em uma das desconfortáveis cadeiras do hospital, esperando o resultado do exame de Thomas.
Ki e Kaya tinham levado Julia e Ana para a casa/hotel delas, já estava tarde e precisavam descansar.
Bem, eu também precisava descansar, mas depois do que aconteceu, era provável que eu demore vários dias para poder ter uma boa noite de sono.— Thomas Brodie-Sangster?
Levanto meu olhar e encaro o médico ao lado da porta. Me levanto e vou na direção dele.
— Você é o responsável desse paciente?
— Um dos.
— Acompanhe-me, por favor.
Sigo o médico até uma sala perto de lá. Ao entrarmos, ele senta em sua cadeira e mexe em alguns papéis, arrumando-os.
— Sente-se, por favor — O médico sorri de lado.
Sento na cadeira em frente a mesa dele e cruzo os braços. Ele termina de arrumar os papéis e me encara.
— Bem, como o senhor sabe, Thomas sofreu um acidente — Sem esperar minha resposta, ele continua. — No meio de tudo, ele acabou sofrendo um trauma.
Desvio meu olhar do médico e encaro sua mesa. Seguro minhas lágrimas o máximo que consigo.
— O trauma fez com que ele sofresse uma amnésia — O médico se ajeita na cadeira. — Porém, felizmente, é uma amnésia temporária.
Um pingo de esperança aparece em meu olhar e volto a encarar o médico.
— O tipo de amnésia que ele tem é bem chatinha, ele não consegue se lembrar de nada. Não consegue se lembrar dos familiares, dos amigos, nada. Esses dias vão ser bem confusos para ele, então sugiro que escolha alguém bastante paciente para cuidar dele.
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Yes, I do - Dylmas
Fanfiction"Posso falar que o quero ao meu lado para sempre. Posso falar que quero o beijar sempre que ele fala ou sorri. Posso falar que quero ter os melhores momentos da minha vida ao seu lado, e em mais nenhum lugar com mais ninguém. E eu posso falar que es...