28. Epilogue

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Por favorzinho, ouçam a música Heaven da Carolina Deslandes durante a leitura.

Dois anos depois

Está uma tarde de Primavera maravilhosa aqui, em Houston.

A minha relação com Zayn está cada vez mais profunda, cada vez melhor. Sinto que fomos feitos um para o outro.

O meu pai foi preso, finalmente. Consegui as provas necessárias para o incriminar e enviei-nas para que Gage pudesse tratar de tudo.

Foi um prazer autêntico.

Tantas coisas me passam pela cabeça agora.

Estou livre. Livre das drogas, livre dos gangues, simplesmente livre da má vida.

Pensei em estudar novamente agora que tudo mudou.

Pensei em criar o meu próprio negócio com Zayn e depois agrupar a nossa empresa à da mãe dele.

Zayn cutuca a minha mão.

Eu sorrio para ele e afasto a nuvem de pensamentos.

"O que tanto pensas, amor?"

"Nada especial. Tudo mudou." Inspiro o ar fresco e puro do parque.

"É verdade." Beija-me a face corada.

Encosto a minha cabeça ao seu ombro e continuo a pensar.

Eve está crescida. Já vai para a escola primária.

Emily aceitou o nosso namoro mas primeiro impôs uma série de regras enorme.

A mãe de Zayn já me reconhece como sua nora e até já faz planos para o nosso casamento.

Como tudo mudou.

Suspiro, contente.

Cruzo as pernas observando Eve e Emily a brincarem no parque como se as duas fossem da mesma idade.

Sorrio com satisfação.

Zayn mexe-se um pouco e começa a perseguir com o olhar um homem vestido de fato cinza e um chapéu preto.

Ele levanta-se e segue-o, não dizendo nada antes de partir.

O senhor dá conta da sua presença assim que Zayn o cutuca com o indicador no ombro.

Tenho mau pressentimento.

O meu moreno falou qualquer coisa e o homem desatou a correr. Ele repetiu o ato do anterior.

Fiquei preocupada e avancei à procura deles.

"Zayn?" Chamo por entre a multidão.

Continuo a apertar o passo para os encontrar.

Encontro-os, finalmente, à luta como dois selvagens.

"Como foste capaz?" Zayn continuava a socá-lo, dizendo com um tom de raiva bastante notável.

"Zayn, pára." Agarrei a sua camisola e puxei-o.

Ele não se debateu e levantou-se, afastando-se.

Mulheres, homens e crianças aproximavam-se para ver.

Lágrimas brotavam dos seus olhos.

"O que se passa contigo?" Respiro fundo tentando organizar as ideias.

Sem sucesso. Nenhuma resposta. Ele apenas chorava olhando o homem.

Voltei-lhe as costas e agarrei-lhe o antebraço. Afastei-o um pouco dali.

"O que se passa?"

"O meu pai."

Abri a boca, incrédula.

"Ele?"

Ele assentiu.

"Eu pensei que me tinhha esquecido dele mas mal o vi, foi como se tudo voltasse à minha mente." Ele falava apressadamente.

"Nós fazemos força para esquecer, porque sabemos que precisamos. É isto, nada mais: um dia as pessoas morrem em nós." Alcanço o seu pendente prateado em forma de um "A" e, com os meus dedos frágeis e gélidos, brinco. Abraço-o em seguida.

"Sinto que tudo em mim está a desaparecer lentamente, tudo o que me resta vai-se decompondo em poeira e vagueia como uma leve brisa. Preciso de me sentir vivo outra vez." As suas palavras foram-se decompondo conforme a sua voz. O seu corpo movera-se automaticamente de encontro ao meu para um pequeno beijo.

O som de um disparo fora ouvido e o seu corpo caiu imóvel.

The Ringleader {Z.M.} (Terminada) #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora