12. The Hunt

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You tell me it gets better, it gets better in time
You say I'll pull myself together
Pull it together, you'll be fine
Tell me, what the hell do you know? What do you know?
Tell me how the hell could you know? How could you know?
'Til It happens to you
You don't know how it feels, how it feels
'Til it happens to you, you won't know, it won't be real
No, it won't real, won't know how it feels
You tell me hold your head up
Hold your head up and be strong
Cause when you fall you gotta get up
You gotta get up and move on
Tell me how the hell could you talk, how could you talk?'
Cause until you walk where I walk
This is no joke.

Lady Gaga - Til it happens to you

Zayn

Estavamos à espera de Harry para acabar de planear a próxima caçada. Julian encontrava-se de pé ao lado de Danny implorando perdão e saída pelo que havia acontecido enquanto que o resto do grupo estava aos cochichos e a discutir outros assuntos. Eu, apenas, observava o ocorrente e ria interiormente.

"Eu não quero mais fazer parte disto. Perdão mas eu estou fora." Ele renunciava.

"Tu, aqui, não decides mais nada Julian. E, agora, depois do que aconteceu achas que ela te vai querer de volta?" O chefe encarava-o com uma notável expressão de sarcasmo no rosto.

Não, ela não o vai querer. O meu consciente alerta e o meu interior acende uma pequena chama estranha.

Entretanto, enquanto a discução se desenrolava, a campainha tocara e socos repetidos na porta se ouviram e desloquei-me para a porta abrindo-a. Era Harry, de certeza. Ouvi falarem mas não fiz questão de entender e abri a porta distraído.

"Entra Har... O que estás a fazer aqui? És estúpida? Vai embora." O meu queixo caiu literalmente. Sussurrei vendo que era Aurora especada na porta.

O seu estado, tanto físico como psicológico, era nitidamente lastimável.

Os seus olhos estavam vermelhos e semi-cerrados, a sua pele estava mais pálida do que o normal, as suas mãos e pernas tremiam e teimavam fraquejar. Ela tinha investido na droga. Disso, eu tinha a certeza.

Acordei do meu transe de pensamentos quando esta berrou com as forças que ainda lhe restava.

"Danny? DANNY?"

Coloquei a minha mão na tentativa de a calar mas tentativa falhada. Danny já caminhava do fundo do corredor para a porta falando qualquer coisa que eu entendi como:

"O que se passa Malik?" Ele avançava para a porta enquanto que eu tentava pensar em algum modo de a tirar dali.

Mas porquê tirá-la dali, se eu a quero morta, assim como todos os restantes?

A minha mente transbordava desespero e malícia em conjunto enquanto que o meu coração bombeava o sangue cheio de adrenalina mais fortemente por não saber o que fazer. A minha pulsação estava acelerada e o meu coração ameaçava saltar fora de tanta indecisão.

Quando eu dei por mim, acordado de todas aquelas questões e pensamentos, observei que Danny se encontrava no lado de fora da porta encostando a sua arma de fogo na testa dela.

Desta vez, os seus olhos estavam fechados implorando misericórdia, a sua boca entreabria-se sucessivamente enquanto falava algo e eu não conseguia mexer qualquer parte do meu corpo porque estava com medo da consequência disto.

Eu estava com medo. Medo do que se sucederia. Medo do que se ia suceder.

Julian correu para a porta e quando viu a cena, retirou a sua arma, colocando-se por de trás do chefe, encostando à nuca do mesmo.

"Por favor, mata-me logo de uma vez por todas." A pequena e frágil Aurora falava em tom baixo.

Aurora

"Por favor, mata-me logo de uma vez por todas."

Pela primeira vez na minha vida, implorei para que me matassem no momento. A minha vida estava completamente arruinada. Julian, que sempre me fora fiel, agora, traiu-me. Danny, a quem eu cortei a garganta durante mais uma tentativa de violência à minha mãe, afinal estava vivo. Eu, não tinha mais controle sobre a minha vida e nem sobre o meu grupo. Então eu podia morrer.

A minha cabeça doía, muito. Muito mesmo. E, durante tudo isto, eu só pensava no final disto que provavelmente acabaria comigo estendida no chão, sem vida.

"Minha cabra, nem penses que vais escapar agora. Nem tu, nem a tua mãe e nem a tua querida irmã Eveline." Ele cuspia as palavras de tal forma que fazia doer o meu peito e os meus olhos jorrarem lágrimas. "E Julian, vais matar-me na minha própria casa? Oh, por favor." Ele riu.

"Não, por favor, elas não. Tirem-me tudo, menos elas." Respondi.

Ele agarrou-me pelo braço com tal brutalidade que quase me fez cair no soalho de madeira nova da casa. Chutou o meu corpo uma vez e outra vez enquanto Julian enfurecia de raiva baixando a arma.

"Levanta-te ou eu mando alguém para matar a puta da tua mãe e a cabra da tua irmãzinha."

O meu corpo estava dorido e as minhas forças quase tinham desaparecido. Tudo menos elas. Tudo. A minha vida, o meu dinheiro, o meu projeto, a minha gruta, a minha casa, os meus planos, tudo... menos elas.

"Como és capaz de nem sequer mexer um dedo?"

Ele cerrou um dos punhos, empurrando-o contra a minha cara.

"És um nojento." Proferi levando a mão à zona magoada.

Ele desatou às gargalhadas, socou de novo e como consequência disso, a minha cabeça embateu no chão. Estava sem forças. Estava sem vontade de as ter.

Alexa parecia agradecer interiormente. Cadela. O loiro, encarava a cena com um gozo enorme assim como muitos dos outros. Julian tinha voltado costas, saindo. E por fim, Zayn, esse tinha desaparecido. Não estava em lado nenhum.

Os meus sentidos estavam duvidosos. Estavam entre o ir e ficar. Estavam a esvairar-se. As minhas pálpebras queriam fechar-se.

E antes de elas fecharem, apenas ouvi o som de um disparo.

Depois disso, nada mais vi.

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Com todo o amor,
Blessed Girl.

The Ringleader {Z.M.} (Terminada) #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora