cap.60- Amo-te

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Aproximei-me dele e coloquei as mãos no seu pescoço, levantei o olhar, encontrando os olhos dele.

- Tens que parar de pensar nos " se " e no que é melhor para mim. - Resmunguei. - Isso não faz nada, a não ser deixar-me louca. Estou viva e a respirar, não é o que devia de importar?

- Pode acontecer-te qualquer coisa, percebes? - Ele olhou-me duvidoso. 

- Shhh. - Balancei a cabeça, enquanto acariciava a pele do seu pescoço. - Disse sem "se" Jason, vamos preocupar-nos com o Futuro, qualquer coisa é nada. Não sabes o que têm reservado para nós.

- Não há futuro para nós. - Ele mordeu o interior da bochecha. - Não vês? Não importa o porquê, alguma coisa má acontece sempre. Eu estou preso, tu és apanhada e o drama do passado vem para nos morder o rabo. - Ele parou, mesmo sabendo que podia continuar.

- Como é que podes esperar que coisas boas aconteçam, se tudo o que fazes é pensar nas más? - Perguntei, tocando na pele dele. - Ainda te lembras de todos os momentos bons que tivemos?

- Claro que sim, mas isso não muda o facto...

- Que nos amamos. - Interrompi-o. - És a melhor coisa que me aconteceu e não te vou deixar. Não vou deixar que deites fora tudo o que gostas, só porque achas que vai tornar tudo melhor.

- Kelsey... 

- Não. - Falei firme, para lhe mostrar que não ia a lado nenhum, tentasse o que tentasse. - Pára de te tentar convencer que estás a fazer a escolha certa, porque sabes que não estás. 

- Queres morrer? É isso que queres? - Ele olhou para mim incrédulo.

- Queres saber o que quero? - Olhei para ele, abrindo os olhos, ele ficou quieto e eu percebi que era para continuar. - A ti. - Mordi o lábio e dei um passo, ficando bem perto dele. - Eu amo-te. - Sussurrei, acariciando a pele dele suavemente com os dedos, conseguindo sentir a mudança da linguagem corporal dele. 

- Kelsey... - Rangeu humilde, a sua maça de adão moveu-se lentamente para baixo. - Não faças isto.

Aproximei-me mais dele pedindo-lhe para que o dissesse. 

Mordi o lábio interior logo após de ter murmurado, sabendo que ele estava quase a partir o muro que havia criado à sua volta. Ele fechou os olhos e respirou fundo.

- Eu... - Fez uma pausa e logo continuou. - Também te amo.

Sorri suavemente e coloquei-me em bicos dos pés, antes de pressionar os meus lábios nos dele. Apesar de ter hesitado, não demorou muito a corresponder ao beijo. Mordi-lhe o lábio e ele soltou um pequeno gemido, aprofundei um beijo e as nossas línguas começaram a lutar pelo domínio.

Coloquei as mãos no seu rosto e ele as mãos na minha cintura, puxando-me mais para perto do seu corpo. Os meus dedos pressionaram-se nas bochechas dele, aprofundado mais o beijo para que nunca acabasse. 

O Jason imitou as minhas ações e agarrou no meu pescoço, o amor e o desespero para me manter perto dele. As minhas mãos foram parar ao cabelo dele, puxei os fios de cabelo, fazendo-o gemer contra os meus lábios.

Ele afastou-se, colando as nossas testas. As nossas respirações estavam ofegantes, os nossos peitos subiam e desciam num ritmo diferente.

- Não devíamos de estar a fazer isto. - Ele sussurrou.

- Não te ouvi a reclamar, antes. - Respondi com um sorriso.

- Bingo!. - Ele riu-se, antes de lamber os lábios e de olhar para mim. - Amo-te tanto. - Deu-me um xoxo. - Sabes disso, certo?

Danger- em português :)Onde histórias criam vida. Descubra agora