Minha Vida em Amor Doce

Pensamentos (Parte 3)

POV Kentin.

Estou arrumando minhas coisas quando vi que, em cima da cômoda, esta uma foto minha com Suzana e Melissa, nós estávamos sorrindo. Peguei a foto e coloquei em minha mala, depois peguei minhas coisas e desci as escadas, minha mãe esta na porta com um lenço branco na mão, ela esta chorando.

– Tchau, querido. – ela disse chorando e vindo abraçar-me.

– Tchau, mãe. – falei retribuindo seu abraço. Meu pai esta no carro esperando-me, coloquei minhas coisas no porta malas e entrei.

– Olá Kentin. – ele disse sorrindo.

– Oi Pai. – falei.

– Preparado? – ele perguntou.

– Antes de irmos, quero passar na casa de Melissa, pode ser? – perguntei.

– Tudo bem. – ele disse e fomos em direção a casa dela. Chegando lá, ele parou o carro e bati na porta, quem atendeu foi Suzana.

– Oi Ken. – ela disse abraçando-me.

– Oi Suzana. – falei.

– Você veio despedir-se? – ela perguntou um pouco triste.

– Sim. – falei e então ela abraçou-me.

– Se cuida e quando voltar, por favor, venha me ver - ela disse ainda me abraçando.

– Ok. – falei e ela afastou-se.

– Onde está Melissa? – perguntei.

– Ela... Ela se mudou. – ela disse e abaixou a cabeça.

– O QUE?... PRA ONDE? – perguntei alto demais e muito surpreso.

– Pra... Pra... Pra casa de Castiel. – ela disse ainda olhando para o chão. Afastei e a fiquei olhando surpreso.

– Por quê? – perguntei.

– É por causa de um trato que ela fez com Castiel... Nathaniel também está lá. – ela disse.

Por quê?

Esquece ela Kentin... Quando você voltar, além de estar forte, também vai estar bonito e todas as garotas do colégio vão querer ficar com você... Ate mesmo ela. - disse o meu eu interior.

Apesar dele sempre falar bobeiras, ate que ele esta certo dessa vez.

É, você tem razão.

– Tchau Suzana. – falei.

– Não vai despedir-se dela? – ela perguntou.

– Não... Ela deve estar muito ocupada agora com o namoradinho dela. – falei, virei-me e entrei no carro. Quando eu voltar, a minha primeira vítima vai ser Ambre e logo depois Melissa... Elas não vão escapar do que pretendo fazer.

– Preparado? – perguntou meu pai.

– Sim. – falei.

Então ele ligou o carro e fomos em direção ao aeroporto... Chegando lá entramos num avião particular, prendi meu sinto de segurança e o avião decolou. Olhei para a janela e veio-me lembranças em que passei ao lado delas... De como sentiria falta delas, de como amo Melissa, ou melhor, AMAVA, pois quando eu voltar, ela vai arrepender-se de estar com Castiel, e muito.

POV Iris.

– Estou tão cansada. – falei deitando-me na cama.

– Mas o que você queria? Ficou trabalhando ate tarde. – disse Lysandre sentando-se ao meu lado na cama.

– É... Você tem razão, mas ate que não foi tão ruim, a tia de Melissa e Suzana é muito legal e pagou-me antes do tempo por eu ter ficado para ajudá-la. – falei, sentando-me.

Lysandre sorriu e eu também, aproximei-me dele e o abracei, ele beijou minha cabeça e depois acariciou meu rosto e logo depois beijou meus lábios.

– Quando vamos contar para eles? – perguntei.

– Não sei, talvez amanhã, pois está muito tarde. – ele disse abraçando-me mais forte.

– É... – falei e afastei-me para olhá-lo.

– Vou tomar banho. – falei.

– Ok. – ele disse e depois beijou minha testa.

Levantei-me, peguei minhas coisas e entrei no banheiro, tirei minha roupa e entrei no chuveiro... Logo depois sequei-me, arrumei-me e sai do banheiro, ele já esta com roupa de dormir e seus cabelos estão um pouco molhados, ele o esta secando com a toalha.

– Tenho um secador. – falei.

– Não precisa, ele seca rápido. – ele disse e sorriu.

Sorri de volta e percebi que seus olhos estão castanhos, mas um castanho avermelhado, muito avermelhado.

– Você usa lentes? – perguntei aproximando-me.

– Sim... – ele disse virando o rosto.

– Seus olhos são lindos Ly. – falei tocando seu rosto.

– Não gosto deles... Quando eu morava com meus pais chamavam-me de aberração e outras coisas. – ele disse triste.

– Não ligue para o que eles falam, seus olhos são lindos. – falei.

Ele olhou para mim e sorriu. Sorri de volta e o abracei, ele fechou os olhos e dormiu em meu colo, depois deitei-me, o deixei em meu colo e fiquei fazendo carinho em seu cabelo acinzentado... Quando olhei para o relógio já passa das dez da noite, depois olhei para a janela e a lua esta linda. Então as palavras de Nina vieram na minha cabeça.

– Se afaste dele, ele pertence a mim, como se ele fosse realmente gostar de uma garota maluca e doente como você. – ela disse com desprezo.

– Ele não te ama, só esta com você por que Melissa o rejeitou, você é a segunda opção e nunca deixará de ser vista assim por ele. – ela disse com raiva. A olhei surpresa e corri para dentro de casa.

– SEGUNDA OPÇÃO, SEGUNDA OPÇÃO. – ela ficou gritando em frente a minha porta, fiquei encostada na porta e tampei meus ouvidos, mas não adiantou. Então acordei...

– Você está bem? – Lysandre perguntou.

– S-sim... – falei, sentando-me.

– Você não parece bem... – ele disse levantando-se da cama.

– Quer que eu pegue seus remédios? – ele perguntou.

– Não precisa, estou bem. – falei deitando-me, novamente.

Você precisa dos remédios. - disse o meu eu interior.

Estou bem.

Se você não os tomar e tiver esse mesmo sonho outra vez você não vai conseguir se controlar, vai acabar se machucando. – ela continuou.

Abri meus olhos e olhei para ele, ele ainda esta de pé olhando para mim, acenei com a cabeça e ele foi buscar.

Droga... Porque isso não passa? Porque não posso ser uma garota normal? Porque ela se matou? Por quê?

Ela te amava, mas não aguentou, isso aconteceu com sua mãe também, é por isso que depois que Rose morreu, ela ficou mais preocupada com você, ela sabia que isso poderia acontecer com você... Ela não quer te perder como aconteceu com Rose, ela sente-se culpada por Rose ter se matado, por ela não estar por perto para ajudar. – disse o meu eu interior.

É, você tem razão.

– Pronto. – disse Lysandre entrando no quarto com um copo de água e minha caixa de remédios, tomei três e deitei-me. Ele desceu as escadas e fiquei o esperando, quando voltou, ele deitou-se ao meu lado, beijou minha testa, fechamos os olhos e fomos dormir.