CAPÍTULO 6: A CHEGADA DE ELIZA

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18/04/1980.

Hoje fez um frio dos infernos.
Não consegui dormir a noite e nem mesmo tomar um banho decente.

Mas estou feliz! Sim, feliz.

Ela finalmente havia chegado

Eliza chegou por volta das 22:00hrs.

Do aeroporto ela me ligou pedindo para ir buscá-la, já que nenhum taxista estava disponível (aos preços dela é claro).

Com os ossos se chocando dentro do meu corpo, peguei o carro e fui em direção ao aeroporto. Passei uns 15 minutos a procura dela.

Então, meio que do nada, uma mulher de cabelos dourados e olhos azuis parecidos com duas gemas, saltou sobre mim e me abraçou.

De início estranhei aquilo, mas só foi após ouvir a voz da desconhecida que eu pude perceber que aquela era Eliza Darwhinc.

Enquanto dirigia até minha casa (ela se recusou ficar em 3 hotéis que eu conhecia) ficamos conversando.

Descobri que ela, logo após a minha saída da UCSC, se mudou para os Estados Unidos com os pais (a mãe, uma repórter, havia sido promovida a correspondente). Lá ela concluiu seu curso de teologia. Disse que lá eles não restringem as mulheres unicamente para a função de freira.

Fiquei feliz com o sucesso dela. Nunca imaginei que ela seguiria por esse caminho. Ela mesma já havia me dito que queria ser como a mãe.

Após chegarmos em casa e acomodá-la em um quarto, conversamos sobre o caso e a situação de Mary. Disse-lhe que nunca tive um trabalho como aquele.

Normalmente, uma sessão não demora mais de algumas horas, mas aquele já estavam se passando dias. E por causa disso, eu já estava perdendo as esperanças.

Eliza, que sempre foi mais positiva que eu, disse-me que iria dar tudo certo. Que aquele ser não demoraria muito para sair.

Além disso, nas palavras dela, ela estava agora no caso.

De repente, com aquelas palavras, eu me senti mais leve.
Até ousei sorrir.

Só sei que dormi feito uma pedra.
Coisa que eu nao fazia a muito tempo.

Diário de um Exorcista (revisão REMAKE)Onde histórias criam vida. Descubra agora