Niall leva uma vida como típico sulista em Atlanta; quase consegue passar despercebido como um, se não fossem seus cabelos loiros e olhos azuis e os traços franco-americanos. Trabalhando como detetive para a divisão de homicídios da APD, Horan encar...
Acho que este é o capítulo mais visual que já postei (ah, a febre do Lemonade...). Desculpem-me se ficou muito irritante.
AVISO: HÁ INSINUAÇÃO E DESCRIÇÃO DE RELAÇÕES SEXUAIS CONSENSUAIS ENTRE ADULTOS NESTE CAPÍTULO.
Comentem, votem, compartilhem com os amigos. É importante, pessoal, a ideia do plot é tão boa, não vamos deixar morrer! Musiquinha pra começar:
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O detetive ficou surpreso, mas nem tanto, quando Payne realmente apareceu no estádio naquele domingo. Estava perdendo a habilidade de ficar chocado com o quanto o outro podia colocar em risco – sua tão frágil vida falsa inteira – por ele. Não havia explicação real, o próprio Liam não poderia dizer qual o motivo de, no estalar de dedos de Niall, estar lá como um cachorrinho abanando o rabo e louco por um afago. Estava de quatro pelo homem e nem se dava conta, não conseguia evitar. Apesar de todos os foras que o loiro havia dado com ele, nada parecia importar. Sozinho em sua cama, Payne prometia a si mesmo que deixaria de ser tão otário, que aquilo não era ele e repetia em sua cabeça tudo o que tinha crescido ouvindo de seus pais, os pastores em sua igreja, as pessoas em seu bairro, seus amigos de escola. Todavia, bastava uma ligação ou mensagem do canadense e pronto, tudo isso passava como o peso de um prédio de dez andares houvesse sido retirado de suas costas – e olhe que era muito raro que Niall iniciasse uma conversa entre os dois, Liam sempre mandava a primeira mensagem. Era uma confusão ambulante tão grande, uma bagunça: por vezes se aceitava e imaginava um futuro com o de olhos azuis, daquelas típicas fantasias adolescentes; em outras se martirizava, ia pra igreja orar, transava com sua namorada, tudo para dar orgulho aos pais. Era um ciclo interminável de tortura dentro de sua cabeça, como se estivesse numa máquina de lavar gigante que o jogava para lá e para cá com o fluxo: sempre o fazendo atingir as pedras e se quebrar inteiro sem nunca parar.