capítulo 2

14 2 0
                                    

P.O.V Max

Acordava com o capitão anunciando que logo estaríamos aterrissando no Oregon, podia deixar de olhar para fora da janela e ver o quanto estávamos no alto.

Não pude deixar de imaginar aquelas senas que via na televisão quando eu era crianças onde alguém sempre falava "as pessoas parecem formiguinhas aqui de cima", mas realmente não tinha como ver alguma pessoa da altura em que estávamos.

Ajeitei minha poltrona sabendo o que o avião já ia aterrissar, apenas uma viagem de três horas agora me separava de Arcadia Bay.


Perguntava-me como meus pais haviam vivido na cidade, imaginava como seriam a casa onde eu deveria ter crescido.

Esperava que estivesse abandonada... Não queria ter invadir uma casa habitada.


Havia dois lugares que eu tinha de ir o primeiro seria a prefeitura da cidade, procurar algum registro sobre meus pais, e depois a casa onde eles moravam.
Se conseguisse ter sorte talvez achasse algo sobre o porquê posso fazer essas ilusões ou quem são essas pessoas que estão me perseguindo.


Pensava um pouco na academia Blackwell me perguntava quem iria querer sair de uma cidade grande para poder estudar em uma faculdade pequena de uma cidadezinha no fim do mundo.


Não era que não gostava de cidades pequenas, mas realmente me preocupava, em lugares pequenos é muito difícil que coisas acontecem sem que ninguém saiba , era complicado ter pessoas que conheciam cada canto da cidade.


Desci do avião e fui esperar minha bagagem.


-- Oi, de onde você é? –


Virei-me para ver se estavam falando comigo e me deparei com um menino de cabelos castanhos e uma blusa bege.


Tentei sorrir para ele sem parecer estranha.


--Washington --menti—e você para onde esta indo?


-- Estou indo para a faculdade Blackwell em Arcadia Bay


--Também estou indo para lá


O garoto sorriu ao me ouvi dizer que estava indo para Blackwell.


-- nossa deve ser o destino nos encontrarmos assim já é meu segundo ano em Blackwell – ele dizia levando a mão atrás da cabeça – A propósito meu nome é Warrem


-- me chamo Max –


Tentava ser o mais simpática possível, porem quando Warrem quis carregar minha bolsa até o ônibus não pude deixar de me sentir um pouco incomodada. Não gostava muito que os outros fizessem as coisas para mim.


Entramos no ônibus me sentindo culpada por acabar usando meu "dinheiro" para comprar a passagem.


Olhava para fora da janela enquanto o ônibus andava, acabava por ver as paisagens que íamos passando , podia notar que havia nevado há pouco tempo. Não pude deixar de sorrir eu gostava bastante do frio empurrando aquele calor incessante do verão para longe.


Warrem não parava de falar sobre os filmes que havia visto e sobre outros assuntos. Eu realmente não conseguia prestar muita atenção acabei por dormir muito pouco na ultima noite mesmo tendo dormido no avião ainda me sentia muito cansada.

Quando chegamos à escola Warren acabou por devolver minha mochila dizendo que eu tinha que ir falar com o diretor para que ele me informasse das regras sobre os dormitórios.

Sinceramente estava pouco me preocupando com elas, tudo o que queria era apenas deitar em uma cama e dormir o resto do dia.

Chegando a Blackwell Warren me apresentou ao diretor Ray Wel, ele era um homem alto, moreno , careca , com um pouco de barriga.
Assim que fui apresentada ele veio me cumprimentando dizendo que estava muito feliz por eu ter decidido estudar em Blackwell, e pediu desculpas por não ter me recebido assim que eu entrei no campus. Ele parecia um homem simpático apesar de já parecer muito cansado, talvez o trabalho como diretor de uma faculdade no interior, não fosse uma coisa tão simples como imaginava.

Presa em meio a EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora