Para o meu ex-noivo, com amor.

Tomas 05

Inglaterra, Devon, 12 de Maio de 1818...

Minha querida senhorita, não ignorei, de modo algum, sua carta; Estava apenas pensando em uma resposta adequada e creio que já a tenho.
Mas antes devo dizer que a senhorita, além de caprichosa, é muito impaciente.
Em uma de suas cartas a senhorita me confessou que não sabia o que eu esperava da senhorita, estou certo?
Escreveu também que não podia fazer mais do que me pedir desculpas e lamentar o ocorrido, não é?
Pois eu sei que pode fazer muito... muito mais do que lamentar.
Me revolta muito que tenha passado por sua ingênua cabeça que me conheceu, "mesmo que brevemente", como citou, porque isso não chega nem remotamente perto da realidade.
Então admita a verdade, ao menos para si mesma: nunca se deu ao trabalho de me conhecer!
Sei que nosso casamento foi arranjado pelo seu pai, mas foi a senhorita que deu sua palavra e também quem a quebrou.
Como posso confiar que seu pedido de desculpas não é tão falso como o que pensei que sentia por mim?
Como posso confiar se a senhorita me fez pensar que se importava comigo, mas me abandonou?
As únicas coisas em que confio são em suas mentiras, mas só percebi que deveria ser assim quando já era tarde demais...
A senhorita nem ao menos se dignou a me dizer o porquê, não acha que eu mereço uma explicação?
Ah, e a propósito, você, espero que possa chamá -la assim, fica linda de noiva... Achei que deveria saber disso.

Ass: Sir Tomas Trent.