Capitulo 16

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Estava digitando em meu computador, minha mente não conseguia pensar em sono. Estava vendo as fotos salvas no site da revista, e o gráfico de vendas da revista para as bancas.
Ouvi uma porta se abrir do lado de fora da sala, e isso me fez ficar arrepiada. Minha alma gelou, e meu coração doeu em sua batida.
-Dylan?- chamei- Juh? Oi?

Me levantei dando passos silenciosos até a porta, com cuidado eu toquei na maçaneta pronta para fechar a porta, mas ela e aberta com brutalidade me jogando de costas no chão.
Ai!
Ergo o olhar e então vejo-me em desespero.
-Kauê? -quase engasguei
-Olá, Molly- ele fechou a porta
-Que tá fazendo aqui?- me levantei
-Vim fazer uma visita- ele sorriu perigosamente
- Você não pode entrar aqui- avisei- É minha propriedade, você não tem permissão.
-Não se preocupe, Molly. Eu já vou sair.
-Acho bom..
-E não se preocupe, você vai ficar aqui. No seu espaço.

Ele caminhou de costas e fechou a porta me trancando na sala.
-Ei!- corri tentando abrir a porta- abre isso, Kauê! O que você tá fazendo?
-Sexy&hot, Molly!- ele riu- você é sexy, então te darei o fogo
-o que???- berrei desesperada

Senti o cheiro de gasolina e em seguida, senti o calor através da porta.
Meu Deus! Não!
-Kauê! Não faz isso!- comecei a chorar- socorro!!!!

Corri para minha mesa e peguei meu celular ligando para Dylan. Eram 03:15 da madrugada, e eu torcia para Dylan estar acordado.
Chamou, chamou...e continuou a chamar.
Olhei para a porta vendo o fogo invadir minha sala.
Aaaaaah!
-atende, por favor- chorei
~Onde você esta?!- Dylan berrou
-Dylan!!!- gritei- Kauê tocou fogo na Sexy&hot, me ajuda! Eu vou morrer!
~Molly!!- ele berrou- Aguenta, tô chegando, tenta fugir do fogo..não respira muito...
-Dylan!- soltei o celular quando o fogo já estava muito perto- Aaaah!

Corri para fora passando pelas chamas.
Kauê tinha espalhado o fogo por todo o andar, tinha muita fumaça, e o fogo dominava tudo. Corri para a parede fazendo soar o alarme de incêndio.
-Socorro!- gritei

Fui até as janelas e pude ver Kauê do outro lado da rua, sorrindo. As janelas eram de vidro, e não abriam. Droga!
Corri pelas falhas das chamas, e não demorou muito para começar o desmoronamento.
Desci pelas escadas, prendendo a respiração devido a fumaça que estava acumulada ali.
Meu Deus!
Minha cabeça girava, e tudo que eu pensava era que não podia desmaiar ali.
Estava no 9ª andar ainda, e minhas pernas queriam desistir.
Comecei a pensar em todos os caras que tinha iludido; na maioria do tempo brincado, não tendo levado a sério suas declarações. Como pude ser tão cruel por uma vingança adolescente?
Ouvi as sirenes do corpo de bombeiros e continuei a descer, com as pernas bambas tropecei nos meus próprios pés rolando escada abaixo, e apagando de vez.

Era tudo tão claro, e tão limpo. Eu me sentia andando em um pedaço de algodão.
A uma certa distância, avisto um senhor em uma cadeira de balanço, caminho até ele cautelosamente. Verifico minhas roupas para ver se estou apresentável- estou do mesmo jeito. Calça jeans, botas salto alto preta, blusa bege e cabelo solto, traços da minha tatuagem escapavam pela blusa, e eu estava com vestígios de batom vermelho, não parecia uma pessoa ruim. Continuei a caminhar, e então a imagem do homem se tornou mais clara.
-pai!- corri para seu colo
-Minha Molly- ele me abraçou
-Oh, papai. Eu pensei...achei que nunca mais fosse lhe ver- chorei
-Querida, estou sempre com vocês- ele segurou meu rosto- Você esta bem. E tudo vai da certo. Tenha fé, e não se culpe. Querida, o que fizemos no passado, automaticamente, fica para trás.
-Onde estamos? -perguntei
-Eu estou aqui. E você esta lá- ele apontou

Olhei para baixo e então caí na escuridão.

Meus olhos foram se abrindo, tinha um bipe, e uma linha trêmula ao meu lado. Meus batimentos.
Tentei me sentar para tudo girou, olhei para o outro lado e vi Dylan dormindo numa poltrona. Sua barba loira no rosto, os óculos de lado, e nas mãos seu celular.
Estava claro então era de manhã.
-Dylan. . .-chamei com a garganta seca- Dylan!
Ele saltou e então seus olhos vieram para mim.
-Molly- ele sussurrou com medo
-eu lembro de você, se é isso que esta se perguntando.
-oh, meu Deus- ele ficou com os olhos marejados e veio para meu lado- você me assustou
-Ainda estou assustada.
-A polícia foi atrás de Kauê, ele não pode sair de Los Angeles. Vamos achá-lo. Ele vai apodrecer na cadeia
-Meu Deus- comecei a chorar
-não, amor...não fica assim- ele me puxou para seus braços
-Será que nunca vou ter paz?- perguntei
-Não pense nisso- ele me beijou suavemente-Esta tudo bem.

Ele enxugou minhas lágrimas, e então meu sorriso se foi.
Meu bebe!
-Dylan? -chamei apavorada
-Que foi?- ele perguntou
-O nosso filho? Como esta?

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