Capítulo 5

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-Onde você estava? -Juh berrou
-Fui relaxar- Me sentei no sofá olhando para Dylan no canto da sala
-Podia ter ligado!- Cauana ralhou
-Ou atendido as ligações- Dylan rosnou
-Drama- bufei
-Onde estava?- Juh perguntou novamente
-Fui passear com o Kauê- contei
-Kauê? -Dylan mostrou ciúme
-Não transei com ele- trinquei meus dentes
-Vocês precisam conversar- Juh mandou
-Vamos deixar vocês sozinhos- Cauana puxou Juh para longe da sala

Cruzei meus braços tentando mostrar força. Eu não ia começar a chorar como uma adolescente patética.
-Molly, eu falei com Luana, ela só quer uma pensão mensal- Dylan esclareceu
-Quando isso aconteceu? -perguntei
-Lembra quando você disse que tinha se recordado do porquê tinha desistido de namorar?- Dylan se sentou- Você disse que eu tinha rejeitado, você disse que não me queria, e eu achei que tinha perdido de vez.
-Eu tinha perdido minha memória! Não sabia o que estava falando!
-eu sei!- ele berrou- Mas eu não estava pensando direito! Fui para um bar e comecei a beber, lembro de Luana falando comigo e então me deixei levar e transamos no carro.
-Nossa primeira transa- recordei
-Não foi igual. Eu não sentia nada por Luana, foi em um momento de fragilidade- Dylan se defendeu
-Eu sei, e por sua fragilidade ela vai ter um filho, que vai me lembrar todos os dias que você me traiu.
-Eu errei, admito!- ele se levantou
-Dylan, eu quero dar um tempo- falei sem rodeios- Quero que você e eu fiquemos afastados. Vamos nos dar um tempo e ver como as coisas ficam. Eu estou magoada, e não vou absorver isso tão rápido.
-É isso que você quer? -ele perguntou

Me levantei tirando meu anel de noivado e entregando para ele.
-É sim- falei firme

Dylan foi embora e eu me encolhi no sofá sentindo aquele vazio me consumir. Sei que foi minha decisão, mas ainda sinto, e de uma forma ou de outra eu iria sentir.

Fiquei deitada na minha cama com duas rodelas de pepino nos olhos. Minha música favorita tocava, me deixando relaxada.
-Molly Gamil Dwen!- Juh entrou no quarto
-Você usou meu nome do meio?- perguntei sem me alterar
-Sim. E olhe pra mim!- Ela mandou

Tirei os pepinos dos olhos olhando para seu rosto irritado.
-Que foi agora?- perguntei
-depois de tudo que você e Dylan passaram você vai desistir dele?- ela berrou
-Olha, você pode perdoar traição e gostar de trair, mas eu não gosto disso e nunca vou aceitar! -retruquei
-Sério isso?- Juh deu um passo para trás
-Eu não consigo, eu não posso simplesmente aceitar algo assim- persisti
-Molly, você é teimosa, você toma decisões do nada, sem pensar- Juh questionou
-eu pensei, e isso é o que eu quero. Preciso desse tempo- afirmei
-Gosto de você com o Dylan, e agora você está grávida- Juh disse
-Eu sei...-suspirei- Eu não sei o que eu vou fazer, por isso preciso desse tempo.
-Ok...-Juh se sentou- Você parece um peixe com esses pepinos nos olhos.
-Fresca!- gargalhei
-Molly! -Cauana entrou às pressas no quarto
-Que foi? -olhei para ela
-Papai tá no hospital- Cauana disse tremendo
-O que?- Saltei
-Eu não sei o que houve- Cauana começou a chorar
-Calma...-Juh foi para o lado dela
-Preciso ligar pra mamãe- Corri para o telefone

Meu coração estava assustado, e a cada toque de chamada eu sentia meu coração parar.
~Filha. . -mamãe atendeu
-Mãe! O que houve? O que aconteceu? - perguntei apavorada
~Seu pai passou mal, a pressão caiu, fiquei assustada, ele foi levado para o hospital...
-O que ele tem?- interrompi
~Não sei, filha. Mas ele esta bem agora.
-ele vai ficar no hospital?
~Vai...-mamãe sussurrou
-Meu Deus...-respirei fundo
~Não sei se ele vai ficar muito tempo connosco filha...
-Não diga isso!- repreendi derramando lágrimas
~Tá bem- mamãe sussurrou- Vou para o hospital, e dou notícias.
-Tá bem- sussurrei

Ela desligou e eu me senti relaxar. Ele esta bem..
-então? -Juh perguntou
-Ele esta bem- Enxuguei meu rosto- mas preciso ir para Nova Iorque.
-Não. Dwen, nós temos muito que fazer na revista esse mês. .
-ele é meu pai...
-eu sei!- Juh defendeu- mas você lá não vai mudar muito, temos muitos compromissos. Espere a edição desse mês ir para as bancas dia 15, e irmos para nossos compromissos esse mês e então vamos todos para Nova Iorque.
-Quando isso?- perguntei
-Os compromissos acabam dia 13, e a revista dia 15. Podemos ir dia 16 pra lá.
-Que data é hoje!- berrei
-Hoje é 03 amiga, fica calma- Juh pediu
-Que droga!- Me sentei
-Temos uma confraternização, uma festa, dois jantares, e três reuniões. Mais uma sessão de fotos para o jornal.
-Eu sei, eu sei...-suspirei
-Então?
-Dia 16- me rendi
-Ok...-Juh foi para meu lado e me abraçou- Vai dá tudo certo.
-Vai...-sussurrei totalmente desgastada

Na minha cama eu repassava todo o meu dia, e realmente parecia que tudo foi um horrível pesadelo que eu queria muito acordar, porém, eu sabia que era tudo real. Sabia que Dylan tinha me traído, que meu pai estava a beira da morte, e que eu estava prestes a perder tudo que mais amava.
Toquei a minha barriga querendo mais do que nunca sentir o meu bebe.

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