- Seus olhos...- Ele olhava pra mim.Não nego que sentir um certo incômodo ao ser observado tão de perto. Mesmo assim continuei com a mesma postura sem dizer uma palavra.- Olha, você pode ficar aqui. Mas antes de que todos acordarem terá que ir embora. - Sacudir a cabeça e me deitei tranquilo sabia que não tinha nada de importante para sonhar o resto da vida. Já o garoto continuou a me olhar durante um bom tempo. Até dormir caído ao meu lado. Me agarrei à ele quando dormiu, ele não fez nada para que eu me afastasse.
Na manhã que se seguia, acordei antes de todos como havia combinado na noite anterior. Para a minha supressa o garoto que me ajudou acordara logo em seguida quanto que eu caminhava para saltar o portão.
- Ei!! Garoto?!!
Ela agora gritava por mim.
Eu continuava caminhando.
Não criaria laços com ninguém.
- Espera por mim. Irei com você!! - Aquelas últimas palavras eram inesperadas. Virei me para ele. Ele estava apenas com a roupa do corpo. De certa forma, estava menos preparado do que eu pro mundo. Troquei minha mochila de ombro e a joguei no chão enquanto ele se aproximava.
- Meu nome é Sebby. August Sebbts.- Ele estendeu o braço para um caloroso aperto de mão. Estiquei os meus lábios na tentativa e um sorriso. Ele agora se oferecia para abrir o portão para que saissemos.Em duas horas o sol iria nascer, deveria me apressar antes que ele me alcançasse. Mas o August me atrapalhava mesmo tendo apenas seu corpo extremamente magro para carregar, ele conseguia ser lerdo. Me apressei mais ainda. Ele tentava me acompanha. O que eu iria fazer com ele atrapalhando meus planos ?
Notei que havia deixado minha mochila no abrigo. Todos os meu pertences pessoais estavam nela. Precisava de novos à tempos.
- Estou com fome...- Ele reclamava sendo ele quem decidiu vir comigo. Apontei para uma lanchonete em sinal de que iria arrumar alguma coisa pra comer sem falar uma palavra para ele.
Quando entramos ele foi direto para o banheiro e eu resolvia o que ela iria comer. Peguei um copo grande e refrigente e alguns sacos grandes de batata frita. Quando ele saiu do banheiro o peguei pelos braços arrastando para o mais longe da lanchonete.
Entreguei lhe tudo que roubei.
- Não vai querer? - Ele olha pra mim. Balanço a cabeça em negação. Outro fato importante eu não tenho necessidades humanas. Não preciso me alimentar. Não preciso de água. Das características humanas a única que possuo é a higiene pessoal.Passaram se dias nos quais passei roubando para alimentar August e manter lo vivo de alguma forma. Mesmo ele me incomodando devido a sua higiene pessoal. Para ser sincero ele não à tinha.
- Ja faz quase dois meses que estou com você. - Ele olha no meu rosto, provavelmente procurando sinal de vida. Em vão. - E, em todo esse tempo você nunca falou uma palavra. Cheguei a conclui que você é mudo.- Controlei a risada que tentava sair de mim. Eu não tenho que falar. Então permanecia quieto.
- Co...Come... - Está foi a primeira palavra que falei em anos.
- Sua voz?...- Ele parecia encantado com ela. Completamente sem motivos. Fiquei quieto novamente. Aquilo não merecia resposta.
- Qual é o seu nome? - Ele era curioso.
- N...Não te..nho nome.- Não conseguia uma pronúncia perfeita das palavras. Havia desaprendido a falar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ele só queria se fazer feliz
FantastiqueTalvez aqui não esteja algo que você está procurando, mas mesmo assim, se quiser aprender como vale a pena viver cada segundo como se fosse o último. Então não irá se arrepender.