Quando esconde esse sorriso em vão, sinto que não voltas para mim.

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     Entramos no trem.
     Viajavamos de primeira classe. Uma das piores coisas que conhecia era ficar escondido entre as cargas dos trens como fiz várias vezes pra voltar pra casa. Durante todo o percurso fiquei imaginando como conversar aquela conversa que poderia manda lo para longe de uma vez por todas.

     - "Por que quis vir comigo ?" - Vou até ele é lhe entrego o papel. Ele estava enrolado no coberto na fileira do outro lado. Aquela tarde ele escolhera mantê se distante de mim. - "Talvez tenhamos feito isso da maneira errada, não acha?"- Entrego assim que percebo que ele ha havia lido o anterior.
    
    - Você começou da maneira errada!- Fixava seus olhos nos meus - Você nunca falou comigo. Sempre me ignorando. Sempre me deixando pra trás como se eu fosse um idiota, como se você fosse superior a mim, mas não é! - Ele parou pra respirar e eu continuava escrevendo outra resposta. - Eu não queria que fosse assim. Porra!! Olha o que você faz? - Ele puxa o meu rosto para ver as lágrimas que ele solta desesperadamente.
 
    - "Eu não planegei isso. Não sou responsável pela sua tristeza. Eu cuido de você desde que estamos vagando juntos pelo. Não te abandonei em nenhum segundo. Eu estou aqui pra tudo, pra não te deixar morrer e fome, mas você que não posso cuidar dos seus sentimentos ou emoções. Isso poderia acabar com o seu mundo. Em outras palavras, isso poderia matar todos." - Ele ler atentamente.

    - Você me faz perder o controle...- pausa pra respirar. - Matar todos? Eu não me importo. Não me importo em morrer se você falar comigo por pelo menos uma noite. Eu so te peço uma noite.

     - " Poderia me matar também."
    Ele começa a soluçar no meu ombro. Sentir vontade de chorar. Queria muito chorar ali com ele ou demostrar algum tipo de carinho para concorra lo. Mas tudo que fiz foi o observar chorar incontrolável. Em meio aos soluços ele implorava por mim. Juro não aguento tudo isso. Era como se eu sentisse sei coração sa repartindo em milhões de pedacinhos e eles se ecoavam nos meus. Foi insuportável.

   Ele dormiu no meu ombro com o rosto todo vermelho e molhado com as lágrimas até que o trem parou e eu o peguei no colo até fora da estação e o coloquei no banco de trás do meu carro, fui com ele atrás, havia um motorista particular dirigindo.

 Ele só queria se fazer felizOnde histórias criam vida. Descubra agora