Prólogo

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Era quase de noite quando as ruas de
Ripercify estavam com os postes iluminando a quase-escuridão. Em frente a um beco, com algum mendigo bêbado largado no chão, um Gato todo Rajado e cinza, aparece entre a já-escuridão do beco, e atravessa a rua indo parar em uma loja de animais domésticos, ou um pet shop. O Gato sem pensar duas vezes ou se importar em estar adentrando uma possível prisão de animaizinhos, entra no lugar e se mistura entre os vários gatos que já estavam ali.

Minutos depois um casal entra, fazendo os sinos tocarem avisando que entraram.
A mulher, muito bela devia ter no mínimo uns trinta e poucos anos, com o braço pendurado no do homem, também de imagem não tão velha, deveria ter pouco mais que a mulher, na idade. Os dois caminham pelo pet shop e conversam, a mulher diz:
- Acha que ele vai mesmo gostar? Ele não parece tão feliz em ter vindo para cá.
- Mas não é por isso que estamos aqui? Para adotar um animalzinho para que ele fique mais feliz? - Responde o homem. A mulher logo o olha concordando e depois olha na direção de uma gaiola com alguns gatos, ela da um sorriso e se vira para o marido.
- um gato! Ele vai gostar.
O homem a olha e pensa um pouco, depois responde: - Um gato? Lembra que foi um gato da nossa antiga vizinha quem comeu o ramster dele. Acho que seria apelar pro emocional do garoto.
A mulher se vira para a gaiola novamente, vendo uns olhos verdes e vibrantes que se destacavam dentre os demais, logo ela dispara: - Olha aquele ali, o rajadinho. É lindo demais para o Luquinha achar uma ameaça. Além do mais, os gatos são bons em caçar pragas domésticas.
- Tudo bem, tudo bem - Diz o homem se dando por vencido. - Mas se ele ficar irritado com essa escolha, eu direi que a culpa é sua.
A mulher sorri quase dando risada e o homem vai até o balcão de atendimento, onde uma moça loira, a atendente, os observava desde que entraram. A mulher continua fitando aqueles olhos gatunos que viam da gaiola, eram bastante chamativos para ela.

Alguns minutos depois, o homem volta junto da atendente.
- Vamos querer o Rajado, aquele ali meio escondidinho. - Diz o homem para a atendente. A mesma olha o gato com uma cara de confusão. Logo diz:
- Estranho, eu nunca vi esse gato aqui antes.
Ela parecia pensar sobre o que disse, mas de repente dá de ombros e pega o gato que não luta muito com o fato de estar sendo tirado de seu lugar, como se o mesmo quisesse ser pego e levado pelo casal. A moça loira carrega o felino nos braços e o leva até o balcão, pega uma caixa com furos na tampa e coloca o gato dentro. Estende ao casal e a mulher pega a caixa, enquanto o homem assinaria os papéis rápidos e práticos para a adoção do animal. Logo, a mulher dá um sorriso para o marido.
- Ele vai gostar do gato, tenho certeza!
O homem sorri de volta e o casal sai da loja, agradecendo a atendente e se despedindo. Eles entram no carro que aguardara no ponto em que o homem estacionou, o homem liga o carro e começa a dirigir.

Atrás deles, o sol já tinha se esvaido do céu, que agora era repleto de estrelas e uma lua que subia o mesmo. Era uma noite fria, como todas as noites daquela pequena cidade, chamada Ripercify.

Gato RajadoOnde histórias criam vida. Descubra agora