Capitulo dois

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   Eu estava correndo, tinha alguém na minha frente, estico o pescoço e não consigo ver quem era. Do que eu estava correndo?
   Passo pelo escudo e do outro lado vejo vários de nós matando vários deles. O que tinha acontecido? Tentei ver se novo quem estava na minha frente,Matthew. Matthew? O que ele estava fazendo aqui? Eu o alcanço, ele para, nossos olhares se cruzam, ele vem em minha direção, passa os braços pela minha cintura. Acordo, respiro fundo e levanto da cama, olho pela janela, ainda é cedo, do meu quarto dava para ver a cidade toda o escudo, as montanhas, os vários prédios e as casas. Meg ainda não havia chegado, coloco um vestido roxo que ia até o joelho e tinha um cintinho dourado, faço uma maquiagem que deixa meus olhos castanhos destacados, penteio meu cabelo e pego uma sandália dourada com pequenas borboletas roxas.
   Me olho no espelho e ajeito o cabelo loiro em cima do ombro. Sempre quando as pessoas me olham dizem que pareço muito com minha mãe, em todo lugar do palácio tinha alguma foto ou quadros dela. Mas nunca tinha visto nada do meu pai, nunca perguntei nada sobre ele para minha tia a única que perguntei foi para Sofia que era uma das melhores amigas da minha mãe, e que se tornou uma mãe pra mim.
   Desço as escadas e ando até a cozinha. A maioria das pessoas não usa muito as asas, porque minha tia sempre diz que é perigoso, que muitos morreram por causa delas -tenho minhas dúvidas sobre isso, mas não é bom ser curioso aqui, você pode ser preso ou morto. Minha tia gosta de controlar tudo, deve ser por isso que dizem essas coisas.
   Já tive algumas vezes na cidade, as pessoas eram divididas pela cor de suas asas, os que tinham as asas brancas cuidavam da paz entre as cidades e também são guardas, os amarelos eram os atletas, eles também treinavam os guardas, azul cuidava da colheita da pesca todo tipo de comida, preto trabalhavam nas minas, roxo fabricavam os tecidos e eram os estilistas e modelos, cinza eram os servos e as criadas, vermelho os que cuidava da distribuição dos recursos, prata são os líderes das cidades, dourado é a monarquia. Hoje em dia eu e minha tia- e os que não tinham cores também chamados de transparentes que não tinham vocação para nada -se você estivesse insatisfeito com sua cor você pode fazer um teste para a cor que você deseja entrar de você passar suas asas mudam de cor mas se você não passar eles perdem a cor é você não pertence a nenhum lugar, esses testes acontecem uma vez por ano, poucos fazem o teste alguns passam mais quase a maioria não.
   Entro na cozinha e sento na bancada, sempre lancho aqui, quando minha tia não tem um jantar "importante". A cozinha é grande, sempre com muita gente correndo pra lá e pra cá. De longe vejo Sofia e grito seu nome.
—bom dia Clary, não precisa gritar tão alto— diz ela gritando e vem correndo me abraçar.
— to morrendo de fome, o que têm pra comer?
—que tal a gente fazer um lanche e levar para o jardim?
—Claro
Ajudo ela preparar uma torta de morango, e a levamos para o jardim onde sentamos e conversamos durante toda a manhã.
—tchau querida tenho que trabalhar, se não daquilo a pouco alguém vem aqui me dar uma bronca.
— tchau tia — ela me dá um abraço e volta para dentro. Nós não tínhamos nenhum parentesco, seu marido já tinha morrido há muito tempo, e não tinha filhos. Mas sempre gostei de chamá-la de tia.
Fui pro quarto e fiquei esperando até cinco e meia, normalmente as segundas e as sextas o tempo para, faltando trinta minutos vou para o banquinho de sempre, sento e fico esperando por ele.

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