My Refuge

Capítulo 1

_Senhorita Jauregui? - Ergui os olhos, olhando por cima dos óculos de grau Mari, minha secretária... Ela é uma senhora já de idade está aqui desde que papa estava erguendo está empresa, ou seja... Eu ainda estava no útero._Já são 20horas e bom...

_Você está liberada Mari- A senhora sorriu agradecida.

_Com licença- Dito isto ela fechou a porta e eu voltei minha atenção para a planilha de folhas em minha frente, eu não tenho nada de importante para fazer em casa, ou melhor... Eu não tenho nada de importante para fazer em lugar algum, vocês devem se perguntar, será que essa mulher não tem amigos? família? Será que ela não tem uma vida?

Primeira pergunta- Sim, eu tenho amigos.... Corrigindo eu tenho amigas, duas para ser exata. Lucy Vives e Verônica Iglesias, São minhas melhores amigas... A nossa história não é uma daquelas de "desde a época do colegial" até porque eu não fiz colegial... Vocês devem está pensando "Ah então se conheceram na faculdade" Também não foi na faculdade, vir de uma família rica nem sempre é boa coisa. Todo o estudo que tenho foi concebido no sofá da casa dos meus pais, eles achavam que só porque são ricos, se eu fosse para o colégio iriam me seqüestrar e pedir milhões em um resgate, daí então decidiram que eu estudaria em casa. Conheci as meninas quando tomei posse da empresa de Papa, mesmo minha mãe não estando totalmente de acordo, no testamento estava meu nome, ela não teve muito o que discutir com o juiz. Vero e Lucy eram estagiárias e insistiram em minha amizade, enquanto eu tinha medo até de olha- las, vamos lá eu não sou nenhuma doente mental, experimenta viver achando que a qualquer momento você pode ser seqüestrada, eu não fui criada como filha de um empresário eu me sentia a filha do príncipe Charles, Pois até para ir comprar um calcinha eu tinha que está com meus pais ou seguranças. Eu me apeguei bastante as meninas e bom... Agora elas estão de lua de mel e eu estou aqui... Sozinha.

Segunda pergunta- Família.. Eu tenho família... Eu tenho a minha mãe, papa morreu a cinco anos em um acidente de carro, ele estava voltando do serviço e acabou dormindo no volante, esse foi o pior dia da minha vida. Eu sempre fui muito mais apegada ao meu pai e uma parte de mim morreu quando ele se foi, uma das regras de mama é não sair do serviço tarde da noite e se ela soubesse que ainda estou aqui mesmo sendo 20horas , ela sem dúvidas estouraria meus tímpanos de tantos gritos.

Terceira pergunta- Sim eu tenho uma vida, minha vida é minhas amigas, mama e esse escritório... Eu não vivo mais para nada, apenas para isto.

_Senhorita Jauregui?- Tirei os óculos encarando outra vez Mari na porta.

_Pensei que já estivesse ido Mari.. Entre! - A senhora atravessou a porta com a bolsa em seu ombro._Fale Mari.

_Desculpe Senhora Jauregui, eu já havia ido sim, mas...mas...

_Mas o que Mari?- eu já estava ficando preocupada_O que houve??

_Mas quando eu estava saindo da empresa, bom... Os seguranças estavam expulsando uma jovem, ela aparentava ter a sua idade - franzi o cenho_ Eles a chamavam de mendiga... Há humilhavam... e tudo que a jovem queria era poder falar com a senhorita... E bom eu achei ridícula aquelas atitudes dos seguranças e trouxe a jovem até aqui... Perdoe-me.

_Que isso Mari, não tem nada que pedir perdão! - me levantei_ antes deles expulsarem a jovem de tal maneira deveriam ter me comunicado, a mande entrar por gentileza, e não precisa esperar , pode ir para a sua casa descansar.