Capítulo 32 / Cláudia

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Eu estava arrumando minhas coisas no quarto, a Hellen fazia o mesmo.

Então ela parou e se sentou no chão.

Caramba viu, eu não quero ficar 3 dias sem te ver.

— É, nem eu amor.

— E caramba, a Paula é mesmo uma vaca traíra.

— É, pois é.

— Ah , e caramba, isso tudo é tão injusto.

Sorri e a olhei.

Qual a graça, Cláudia?

— Nenhuma minha vida. Rs,olha... relaxa!

— Para, isso tudo não tem graça.

— Eu sei meu amor, mas não adianta nada ficar nesse estresse todo.

Sentei ao lado dela no chão.
A porta se abriu, era a Paula. Ela entrou em silêncio e em silêncio permaneceu.
A Hellen não perdeu a oportunidade e começou à provoca-la.

— Olha Paula, não sei qual o seu problema com a Cláudia e comigo, mas acho que você deveria ter falado diretamente conosco se a nossa presença no quarto te incomoda.

Ela não respondeu,então a Hellen continuou:


Eu também acho que uma amiga não faz o que você fez comigo!


— Eu não sou obrigada a dividir quarto com vocês, ok?! Nem sou obrigada a fingir que gosto de vocês e dessa situação toda. Muito menos dar explicação.
E até onde eu sei, você é hétero Hellen. Você só tá fazendo isso pra chamar a atenção como sempre: " Olhem para mim. Olhem para mim."

— Você é ridicula, Paula. Eu pensei que você fosse minha amiga.

— Desculpa, mas eu não sou amiga de nenhuma pessoa da sua laia.

A essa altura uma já estava frente à frente com a outra. Eu estava ali sentada, só observando em silêncio.


— Não acredito como eu fui amiga de uma nojenta igual à você. Sapatona imunda.

Um barulho estranho saiu da boca da Hellen, somo se ela fosse vomitar, então ela cuspiu no rosto da Paula.
Levantei na hora.

— Ei Ei. Vamos parando por aqui!


A Paula à essa altura já estava puta da vida e foi pra cima da Hellen.

Putz!
Só vi uma puxando o cabelo da outra. Não sei como consegui separar as duas, mas separei.
A Paula saiu correndo do quarto. E a Hellen começou à chorar.
A olhei incrédula, ela era a primeira pessoa que eu via começar uma briga e depois chorar.
Mas por um lado eu a entendia, ela e a Paula sempre foram grandes amigas, devia estar sendo difícil pra ela passar por aquilo tudo.

A abracei forte sem pensar duas vezes, enquanto o seu choro cobria cada espaço silencioso do quarto.

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