Kiss me - Hayffie

Capítulo 13 - Haymitch

Hoje Aguida completa 8 meses de gestação e teremos que ir ao médico para mais um ultrassom.

A consulta será as 13:30, então arrumo a casa,enquanto Aguida arruma sua bolsa para podermos ir.

Percebo que o dia amanheceu chuvoso, então terei que chamar um táxi que nos busque em casa.Olho no relógio e vejo que são 12:30,ligo para o táxi e o motorista diz que chegará em 15 minutos.

Chamo Aguida e vejo que ela não aparece, então corro para o segundo andar e a encontro sentada em nosso quarto.

- Aguida,vamos? - pergunto um pouco ofegante devido o esforço físico.

- Haymitch temos que ir mesmo? Não estou me sentindo muito bem. - diz ela.

- Sim temos que ir.Se você ainda não estiver se sentindo bem lá no hospital pedimos para o médico te examinar,esta bem?

- Está bem.

Minutos depois escutamos uma buzina.

- Vem,é o táxi.

Pego sua mão e a ajudo a descer as escadas.

Saímos de casa e vejo que está chovendo bastante,aperto mais a mão de Aguida e vamos apressados até o carro.

Vinte minutos depois chegamos ao hospital e peço ao taxista para nos esperar.

Chegamos a sala do doutor Dave que nos recebe com um sorriso.

- Sr. e Sra.Abernathy,que prazer rever vocês. E então?Prontos para ver novamente a pequena?

- Sim,doutor - responde Aguida radiante.Percebo que ela está bem melhor.

Aguida se deita e o doutor passa o gel e depois o aparelho para podermos ver nossa bebê.

É algo totalmente emocionante.Observo aquele ser minúsculo,seus pés pequenos,suas mãos formadas.

Então me lembro de Effie e do nome que ela disse que gostaria que sua filha tivesse.

- Aurora - digo baixo mas eles conseguem me escutar e me olham sem entender. - O nome dela será Aurora. - digo mais alto encarando-os.

- É um belo nome. - diz o doutor.

Percebo que Aguida está com lágrimas nos olhos.

- É lindo,Haymitch - diz ela sorrindo.

Olho para ela e vejo o quanto ela merecia alguém que a amasse de verdade.

Depois de conferir se está tudo bem com a bebê,o doutor diz que a consulta esta encerrada,ajudo Aguida a se vestir e nos despedimos do médico.

- Até breve. - diz ele acenando.

Saímos do hospital e vamos em direção ao táxi que nos espera.
Entramos e o motorista dá partida.

Olho pela janela embaçada pela chuva que aumenta a cada minuto e vejo o hospital ficar para trás.

Ao meu lado,Aguida pega minha mão e a aperta.

- Eu te amo,Haymitch. - diz ela.

Olho para ela sem saber o que responder, Aguida desvia o olhar mas continua segurando minha mão.

Me perco nas paisagens que o nosso distrito oferece agora,casas bem estruturadas com jardins bem cuidados,lojas,farmácias.

Estamos quase chegando em casa e a chuva continua a cair sem piedade alguma.

Até que ouço um grito.

É de Aguida.

Ela aperta tanto minha mão,que aos poucos sinto que fica dormente.

Um segundo depois,olho para frente e vejo os faróis do caminhão que está vindo na contramão, em direção ao táxi no qual estamos.

Vejo que o taxista tenta desviar desesperadamente,mas o caminhão é mais veloz e parece estar descontrolado.

Uma batida.

Sinto o caminhão se chocando contra o táxi.

Outro grito.

Aguida está desesperada ao meu lado e eu não posso fazer nada para impedir.

Para salvar ela e minha filha.

Minha Aurora.

Depois,percebo que o aperto de Aguida afrouxou e só tenho tempo de olhá-la e perceber que sua cabeça sangra e que está inconsciente,até sentir minha cabeça bater com força na janela e sentir algo quente escorrer pelo meu pescoço.

Depois tudo é escuridão.