Capitulo I

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Olho no espelho e vejo algo que não gosto muito. Como engordei assim? - Pergunto a mim mesma, observando minha imagem. Coloco um vestidinho, tubinho preto, estou gordinha – penso - mas ainda estou bonita. Melhor que muita gente que conheço. Passo batom, um tom de vermelho vibrante, jogo um beijo para o espelho e saio.
Dirijo pela Brigadeiro Faria Lima e assim que avisto o barzinho onde estão minhas amigas, eu paro e estaciono.
Assim que chego à mesa, elas assoviam, olhando meu vestido.
- Ah vá! - Digo brincando, para que elas parem de fazer arruaça. Sento e olho para o garçom que vem em seguida.
- Quero uma cerveja bem gelada, qual você tem ai? - Pergunto a ele, que me olha nos olhos.
- Temos Skol, Brahma, Cristal, Itaipava e Boêmia – diz, especificando a opções.
- Pode trazer uma Itaipava e não esqueça o CDB ( cu de burro: limão, sal e gelo). Ele saiu e em seguida trouxe o que pedi.

Naquele momento começamos nossa noite.
Nunca me apaixonei por ninguém e admito que mesmo quando namorava, não sentia falta da pessoa, namorava por namorar mesmo, mas já estava há mais de dois anos sem namorar ninguém, ficava com alguns caras e logo enjoava.
Quando eu e as meninas nos encontramos é uma loucura, muita risada, conversas idiotas ? brincamos de paquerar.
Sabrina é morena clara, magra e baixinha, muito brincalhona, mas extremamente discreta sobre sua vida pessoal, namorava Alexandre há pelo menos três anos. Ela é uma amiga querida que está em minha vida desde a infância. Vitória é loira e muito bonita, daquelas que ou você ama ou odeia, muito sincera e sistemática, casada a pouco tempo com Inácio. Valeska é morena, mais encorpada e louca, assim como eu. Saímos uma vez por semana há mais de cinco anos. As solteiras da turma sou eu e a Valeska, gostamos de curtir a vida sem nos apegarmos a ninguém. E as outras duas?
Falávamos do namorado de Sabrina, que já tinha ligado pela oitava vez na noite, foi neste momento que aquele homem dos olhos penetrantes se aproximou deixando-me boquiaberta. Seus olhos azuis como o mar me hipnotizaram, ele vestia uma camisa polo, preta e calça jeans, era alto, loiro e tinha um sorriso que me fez ficar boquiaberta. Assim que nossos olhares se cruzaram, ele sorriu e eu me apaixonei. Fiquei a noite toda o acompanhei com o olhar e nem percebi quando as meninas falaram comigo.
- Andressa! – Gritou Vitória.
- Oi, que foi? – Respondi, levando um susto.
- Não está ouvindo? Estamos falando com você - ela chamou minha atenção.
- Gente, neste momento minha atenção está voltada ao cavalheiro da mesa dezoito. – respondi, enquanto todas, indiscretamente, olhavam. Sabe quando você precisa que suas amigas disfarcem? Então, as minhas não conseguem, elas fazem questão de apontar ainda.
- Gente, para! – Falei, tentando fazê-las olharem para mim.
- Você está olhando o loiro bonito? - Perguntou Sabrina, sorrindo e olhando para ele, que na certa tinha percebido que falávamos dele.
- Sim e agora ele também sabe disso - disse com raiva.
- Deixe que ele saiba. O que tem demais? Se ele estiver afim, toma uma atitude. - concluiu Valeska.
- Ah! Do jeito que disfarçaram, ele vai sumir! - respondi chateada e parei de olhar, dando a atenção ao que elas tanto queriam.
- Vou ao banheiro, alguém se habilita a ir comigo? - Perguntou Vitória, se levantando.
Neste momento, Sabrina e Valeska se levantaram e foram com Vitoria ao banheiro e eu fiquei. Eu estava com tanta vergonha que não tive mais coragem de olhar para a mesa do moço, virei o resto da cerveja o homem dos olhos apaixonantes se aproximou e parou em minha frente. Olhei e vi que era ainda mais bonito de perto, a pele era lisa e bem cuidada, com certeza tinha dinheiro - pensei. Ele se sentou e me olhou com um sorrisinho sedutor.
- Oi, sou Otávio. – disse, estendo a mão.
- Sou Andressa, muito prazer! – respondi, apertando sua mão e vidrada naqueles olhos azuis, que me deixavam hipnotizada.
- Você vai fazer alguma coisa mais tarde? - Perguntou me encarando.
- Ainda nada. – respondi, sorrindo.
- Então assim que for embora, me dê um toque e vamos para outro lugar. - ele disse com um sorriso sedutor.
- Pode ser. - respondi com um olhar mais envolvente, aqueles que a gente dá quando já está bêbada.
Ele se levantou e saiu. Fiquei sorrindo como uma idiota, quando as meninas chegaram à mesa, olharam-me de um jeito estranho e se sentaram.
- Vai, fala logo, Dessa – disse Sabrina.
- Falar o que? - respondi como se não soubesse o que perguntavam.
- Para, Andressa! Vimos o gostosão sair daqui, o que conversaram? - Perguntou Vitória, curiosa.
- Vocês hein? Ele veio se apresentar. – respondi, sorrindo.
- E? - Perguntou Valeska.
- E... - dei um tempinho e continuei - ele quer sair comigo depois. - respondi brincando com um copo de CDB.
- Você é foda mesmo, Andressa. - disse Sabrina.
- Meu orgulho! - falou Valeska sorrindo e me fazendo gargalhar.
A noite foi passando e as meninas pediram a conta. O garçom veio trazer a conta, que estava zerada. Todas nós olhamos uma para as outras e sorrimos.
- Onde está a conta? - Perguntei ao garçom.
- O senhor da mesa dezoito já acertou senhorita.
Nós todas olhamos para a mesa do lado e sorrimos agradecendo, ele apenas sorriu, se levantou e se aproximou de mim.
- Você está de carro? - Perguntou em meu ouvido.
- Sim. - respondi.
- Então eu sigo você ou você me segue? - Perguntou.
- Você me segue. - respondi e sai em direção ao meu carro.
Fui para minha casa, pois morava sozinha. Estacionei e ele estacionou o carro dele na frente do meu.
Abri a porta e o convidei para entrar.
- Quer sentar? – Perguntei, colocando a bolsa no outro sofá.
Ele sentou e me olhou com um jeito sedutor. Eu sorri, ele então se levantou e me agarrou, me beijando loucamente.
Senti que ia perder o fôlego, mas estava tão bom que não pensei duas vezes e continuei. Ele arrancou minha roupa com muita rapidez e fomos para o quarto, batendo nas paredes, sem nos soltarmos. Ele então me colocou na cama e veio por cima, levantando minhas pernas, quando me penetrou, senti seu membro duro e enorme. Sentia dor e prazer ao mesmo tempo, seus movimentos constantes eram cada vez mais intensificados, enquanto segurava meu pescoço, como se quisesse me sufocar, nunca senti um prazer tão grande.
- Você é muito gostosa - ele dizia, me preenchendo e me fazendo quase chegar ao êxtase.
Desgraçado gostoso, como não gozar assim?
Fiquei alucinada, enfim gozamos e adormeci.


Como Amar Um IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora