Ciumes

559 19 7
                                    

Mary on

-Bem...desde que te conheci sinto algo especial...meu coração dispara...-ele fala com um olhar pensativo.

-Não estou entendendo...

-Não precisa entender...eu só quero me libertar desse peso...

-Não compreendo...

-Não precisa...só ouça com atenção...-fala se sentando na areia e cavando com uma mão, ele pega uma conchinha.

-O que você vai fazer? -pergunto me sentando ao seu lado extremamente curiosa.

-Vamos dizer que os meus sentimentos por você estão dentro dessa concha...-olho para a concha-E esses sentimentos querem sair...só que uma pessoa proíbe esses sentimentos saírem dessa concha...mas agora...Essa pessoa não está aqui...então...-ele abre a concha levemente-Eu finalmente tenho liberdade por um momento, para falar o que eu sinto por você desde que te olhei pela primeira vez...

-E que sentimento seria esse?-sinto ele passar a mão no meu rosto.

Só sinto alguém me puxar pelo braço e me arrastar para longe do Philiph, fico observando ele palido e paralisado enquanto uma pessoa me distância.

-VOCÊ FICOU LOUCA?-a pessoa que estava me arrastando me segura muito forte, olho e vejo que era o Max com os olhos cheios de odio e expressão de raiva.

-Eu que preciso te perguntar isso, você me deu o maior vácuo, pareci uma trouxa e vocé é um completo ciumento-falo já irritada.

-CLARO! ELE ESTAVA SE DECLARANDO!

-Primeiro, que ele não estava se declarando,segundo, você não é meu pai para gritar comigo...-falo calma.

-Se eu fosse seu pai te colocaria te castigo.

-E se eu fosse o seu, ia te ensinar como ser um bom pai e esposo, afinal, você está precisando...

-Como?-ele pergunta vermelho,me solto, começo a andar de costa.

-Me poupe, pelo que eu saiba, você é doente mental, não surdo-falo andando, vou até o lugar onde tinha colocado minhas sandálias, vou até elas e coloco elas.

Saio dali, peço um taxi na qual chega em alguns minutos, entro.

-Por favor, me leve a esse endereço...-dou um papel com um endereço de minha casa para o motorista, a viagem se segue silenciosa, minha cabeça encostada no vidro e olhando a paisagem, sem perceber sinto meu rosto molhado pela grande quantidade de lágrimas, começo a chorar e soluçar.

"Por que doi tanto ama-lo?..."

#Enquanto isso na praia#

Mary off
Max on

Depois da nossa briga, pego minhas chaves e dirijo até um bar que tinha por perto, abro a porta com certa intensidade e fecho quase a quebrando, fazendo as pessoas se direcionarem vários olhares para mim.

Me sento numa das cadeiras da bancada, a maioria deve estar pensando o que um homem bem sucedido fazia nesse lugar, a infraestrutura não é uma das melhores, muito pelo contrário, dava para perceber que nunca foi feito uma reforma, o clima é pesado, pessoas brigando, bêbados gritando e batendo em prostitutas com trajes minúsculos.

-Quero qualquer coisa para esquecer essa noite...-falo meio estressado, um minuto depois vejo uma jovem garota, com aparência de 18 me servir.

-Pelo visto o encontro foi uma uma droga...-fala uma voz que vinha do meu lado.

Max off
Philiph on

#Na praia#

Depois de olhar a Mary ser arrastada pelo Max, recebo uma ligação.

-Tudo saiu como o planejado? -fala a pessoa do outro lado da linha telefônica, me levanto e observo o mar me sentindo culpado.

-Sim...Estou me sentindo culpado...

-Não seja idiota de desistir do nosso plano, eu quero ele e você quer ela...

-A esse preço?

-Qual preço você quer pagar para ter a Mary ao seu lado?

-Todo...mas tenho que deixa-la ser feliz...Mesmo do lado do meu irmão...

-Eu amo seu irmão , mas ele é casado com a vad...Mary...

-Ela não merece sofrer...Ainda mais por ele...

-Eu não quero só a Mary...Também quero as crianças...eu quero apenas o que ela me robou...

-Okey...tenho que ir...-desligo o celular e olho para o céu.

"Por que eu tive que me meter nisso?"

O diario de um homem infielOnde histórias criam vida. Descubra agora