Um tempo se passou desde aquele pesadelo. Fiquei, quase uma semana, afastado do colégio. O motivo ? Minhas noites estavam perturbadas. Era quase que impossível dormir sem ouvir aquela voz, sempre dizendo a mesma coisa: o dia chegará.
Passei a frequentar psicólogos, e todos diziam que era estresse, mente desocupada e outras bobagens. Era uma grande bobeira para todos, já que não eram eles que estavam sentindo aquilo.
Eu comecei a receber mensagens de texto muito estranhas; não tinham assunto, o número era restrito e a mensagem vinha em uma língua estranha. Se isso acontecesse há duas semanas atrás, eu pensaria que aquilo poderia ser algum tipo de trote, mas algo me dizia que ia além de um simples trote.
Na semana seguinte, eu fui ao colégio. Vocês se lembram do cartaz da menina desaparecida, que a Lauren tanto encarava ? Pois é, agora havia mais iguais aqueles; pessoas diferentes, todas desaparecidas. Fui até minha sala de aula, já me preparando para encarar a garota. Chegando lá, percebi que a sala estava vazia e no canto estava ela, a garota que me despertou todos esses pesadelos. Olhei ao redor e me dei conta de que estávamos em uma enfermaria e não em nossa sala de aula.
-Olá,Andrew. Ela disse limpando suas cicatrizes, com algo que me parecia ser álcool. - Como vai você ?
-Eu não sei o que está acontecendo, mas você me deve explicações! Exclamei, com um tom de voz mais alto e rude do que eu queria.
-Ei, aquele dia já se passou; não precisa ser rude comigo, não acha ? Ela se levantou e veio até mim, estendendo sua mão.
-Me desculpe, mas eu, realmente, preciso saber o que está acontecendo. Apertei sua mão; era tão fria que parecia estar morta.
-Tudo bem. Venha comigo.
Saímos pela porta que, em outra realidade, daria no corredor. Mas acabamos dentro do cemitério da cidade.
