Desequilíbrio.

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Tem dias que sou corpo
Tem dias que sou alma
As vezes sou sufoco
As vezes só calma

Calma! Diz o corpo
Grita! Diz a alma
Num corpo quase morto
Morrendo por sufoco,
prestes a gritar feito um louco o que a alma quer falar.

Mas o grito sempre contido
Por trás de um sorriso
Que a alma dá pra disfarçar
Mas no corpo um olhar
Teima em mostrar esse sufoco
Que anda escondido
A beira do precipício tentando se equilibrar.

(t.l)

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