Sean
Cada instante que passo na companhia de Emma é precioso. Ela já me mostrou diversas coisas e me ensinou tanto que nem acredito que nos conhecemos há apenas três dias. Confesso que estou muito entusiasmado com tudo o que está acontecendo. Quando a reunião começou não consegui prestar muita atenção, pois não consegui tirar os olhos dela. Emma parecia tão focada e concentrada no que lhe estava sendo apresentado, que não consegui dedicar minha concentração a nada mais. O modo que comtemplava cada movimento de Daniel até me deixou um tanto inquieto, porém sabia que aquilo era puramente profissional. Contrata-la foi definitivamente a melhor decisão que eu já tive desde que cheguei nesta empresa e após ouvir suas ideias tive ainda mais certeza disso.
- Eu... Tô morrendo de fome! – suspira alto e sorri quando desabafa.
Neste momento não consigo segurar minha satisfação e esbanjo um grande sorriso, olho rapidamente para meu relógio conferindo a hora, e por incrível que pareça vejo que estou atrasado.
- Perdoe-me. Venha, - levanto-me e a ofereço minha mão. – vou alimentá-la corretamente senhorita.
Emma aceita meu pedido e quando me entrega sua mão sorri.
- Com comida de verdade? – se diverte. Quando sinto sua pequena mão sobre a minha noto quão bem ela fica ali, como se pertencesse a mim.
- Com o que mais? – pergunto maliciosamente, pois diversos pensamentos nem um pouco virginais vagueiam minha mente no momento.
Só pelo seu olhar vejo que Emma compreendeu o que quis insinuar e até me aventuro dizer que está tendo pensamentos tão pecaminosos quanto os meus. Ela desvia o olhar rapidamente e fica completamente corada. Excelente.
Saímos da sala de reunião e nos encaminhamos até o final do corredor, onde ficavam os elevadores. Quando chegamos Emma se estica para frente, apertando o botão para chamar o elevador e volta a seu posto ao meu lado novamente.
- Então... – começa um pouco temerosa. – Aonde estamos indo?
Reconheço que desde quando a informei que iriamos almoçar não consigo pensar em outra coisa. Conheço quase todos os restaurantes de Nova York, somente os melhores dos melhores, até mesmo um em que servem sorvete salpicado com folhas de ouro 24 quilates, porém não consigo me decidir. Nenhum deles parece estar a altura de Emma ou ser bom o suficiente.
- Segredo.
- Ah, não nem vem! Eu odeio segredos. – Resmunga fazendo uma careta tão graciosa que me contenho para não agarra-la e beija-la.
- Por quê? As pessoas costumam amar segredos e surpresas. – Informo alegre com sua reação.
- Mas eu não gosto, fico ansiosa demais com vontade de saber o que é. – bufa alto.
Solto uma risada alta e a encaro docemente. – Querida, aposto que desse segredo você vai gostar. – Confesso ainda sorrindo.
Emma franze o cenho, parecendo estar pensando em algo, e após alguns segundos exclama alegre. - Você podia me dar dicas!
- Isso seria trapaça. – Respondo tentando parecer sério.
- Não seria não! Você só ia falar até eu adivinhar o que é.
- Seria fácil demais, não acha? – argumento.
- Não acho não. – Retruca descontente. Olho para ela e contínuo calado, depois desvio e encaro a porta do elevador.
- Tá bom! - desiste quando percebe que não irei dizer nada. - Pelo menos me diz que não vai ser nada de lesma ou essas coisas estranhas que é caro pra caramba. Porque de verdade, eu ficaria bem feliz comendo batata frita. – Resmunga.
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Sempre sua Luce (Concluído)
RomanceMesmo tendo um passado difícil e cheio de mistérios, Emma Smith cresceu confiante e certamente com muitos parafusos a menos. Dona de uma língua afiada e mente bem fértil, ela se mete em diversas confusões engraçadas muitas vezes sem nem sequer notar...