Chapter 20: Uma doce mentira

6.3K 668 67
                                    

Jason

- Você ainda vai comer isso? – pergunto, mesmo sabendo a resposta, indicando a última bomba de goiaba que restou. Em conta partida ela me encara séria, pegando o doce rapidamente e enfiando com tudo na boca, como se sua vida dependesse disso.

- Calma aí fominha, eu não ia pegar! – minto impressionado com a sua rapidez.

- Aham... – fala de boca cheia. – Que nem você fez com os dois últimos, né? – sorri desconfiada.

- Ah... Mas você sabe que eu compraria mais, quantos doces você quiser, flor. – revelo benevolente.

- Jason, você sabe quanto custa cada doce desse? – minha flor pergunta e duvidando me entrega o cardápio.

- Puta merda. Tudo isso?! – olho impressionado, sem acreditar nos valores que estão escritos ali. Que merda é essa? Eles vendem doces ou diamantes. – Hmm flor... Acho melhor a gente parar por aqui. – Solto um riso falso.

Emma gargalha de tanto rir. – E aquela história de "compro quantos doces você quiser, flor" – fala com voz grossa, tentando me imitar. – pra onde foi?

- Foi direto pra minha conta bancária, isso sim. – Digo ainda perplexo com aqueles números.

- Jay, você nem conta no banco tem. – debocha com o rosto todo sujo de açúcar de confeiteiro.

- Por isso mesmo! – exclamo rindo de sua bagunça. Pego um dos guardanapos que estava disponível em um treco estranho no meio da mesa e limpo a sujeira de sua bochecha e boca. – Tô indo lá negociar quantos anos vou ficar devendo para o dono desse lugar e enquanto isso vê se come mais rápido. – Digo enquanto limpo seu rosto. Emma me encara e ainda segurando seu doce fingi tentar morder minha mão. – Boba. – Beijo sua cabeça enquanto me levanto.

Minha flor sorri e continua comendo bem devagar. – Não enrola. - Digo.

Emma me olha com aquela cara de cachorro sem dono que eu tanto conheço e amo.

- Não adianta me olhar assim, você vai. – Falo decidido e vou em direção ao balcão pagar esse absurdo. Ainda bem que ganhei aquela luta senão agora estava ferrado.

Quando chego ao caixa uma moça ruiva bem baixinha e de seios fartos vem me atender. Ela é bonita, está vestida com um conjuntinho jeans curto apertado em suas coxas e que mostrava um pouco demais em cima.

- Boa tarde! – exclama alegre.

- É, está sendo muito boa mesmo. – olho rapidamente para seu crachá, que está próximo aos seus seios e depois miro em seus olhos. – Zoe. – Sorrio de lado sugestivamente e estrego a minha conta.

Ela solta umas risadinhas e fica extremamente vermelha.

- Hmm, o senhor deseja mais alguma coisa? – pergunta acanhada, amassando um pouco o papel que acabei de lhe dar.

Solto uma risada leve e abafada enquanto molho meus lábios, levanto uma das sobrancelhas e, ainda olhando em seus olhos, me debruço sobre o balcão. – Seu telefone é claro. – Começo, mas sou interrompido.

- Ele não tá querendo nada não moça. - diz Emma rapidamente.

- Com licença. – Peço e me viro para falar com Emma. – O que foi? Você tava até agora enrolando e se empanturrando de doces como se sua vida dependesse disso. O que te deu? – pergunto confuso. Eu nem sei de onde ela apareceu. Estava sentada na mesa toda melada de açúcar, não querendo sair e do nada aparece aqui apressada querendo ir?

- É... Mas agora eu tô com pressa. – fala rápido, cruzando os braços sobre o peito.

- Hmm... Não vê a hora de rebolar esse popozão comigo, né? – brinco.

Sempre sua Luce (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora