All Magic Comes With a Price

Capítulo III - Cause you make me feel like I got it all

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Capítulo III - Cause you make me feel like I got it all

Henry tinha acabado de se despedir de sua avó que lhe deixara na escola, porém o garoto só esperou ela sair para não entrar na escola.

Com certeza ele não ficaria parado enquanto sua mãe estava ainda sumida, estava cansado de ser sempre tratado como criança e ser deixado de lado. Ele era o Autor e queria ser um herói, assim como sua família.

À noite Henry teve um sonho muito estranho, quase real. Ele sonhou que estava na Floresta Encantada e suas duas mães estavam conversando com ele sobre algumas formas de tirar a magia das trevas de Emma, como o Henry era o Autor ele poderia modificar a história, mas eles teriam que ter cuidado para não alterar o sentido das coisas. Ele interpretou esse sonho como um sinal para ajudar a mãe e ainda tinha um pressentimento de que a encontraria na floresta.

*****

Já na floresta, próximo à fronteira da cidade, Henry chamou pela mãe diversas, porém não obteve êxito. Quando já estava pensando em desistir e voltar para escola antes que dessem falta dele, o garoto pisou em falso e caiu num buraco. Provavelmente obra do Robin Hood, que fez algumas armadilhas antes de parti da cidade com Marian e Roland.

Henry tentou levantar, porém sentiu uma dor infernal no tornozelo. Ótimo Henry, você é um grande herói. Ironizou consigo mesmo.

-Henry? -Uma mulher apareceu em cima do buraco em que Henry estava. A princípio ele não viu direito quem era por causa do sol, mas quando sua vista foi ganhando foco, ele viu as feições familiares. Era sua mãe. Emma Swan. -Você está?

Emma no mesmo instante tirou Henry do buraco com a nuvem de fumaça e o abraçou assim que ele estava ao seu lado.

-Ai, mãe. -Henry reclamou de dor.

-Desculpa, garoto. -Emma pensou que o abraçou muito forte. -É que sinto sua falta.

-Eu também, mãe. -Disse Henry com um sorriso um pouco dolorido no rosto. -Mas eu acho que tive uma entorse no meu tornozelo.

Rapidamente Emma olhou para baixou e se agachou para poder ver melhor o pé do seu filho. Ela ajudou Henry a se sentar ali mesmo e delicadamente tirou o sapato dele. Se Henry não estivesse tão ocupado sentindo tanta dor, teria reparado no quanto a mãe estava diferente. Ele já sabia que ela agora era a Senhora das Trevas, mas não sentia medo algum dela, até porque sabia que sua mãe jamais faria algo para machucá-lo.

-Está sentindo muita dor? -Perguntou Emma com uma expressão totalmente preocupada. Desejou mais do que nunca Regina ali, afinal a morena sempre soube como cuidar do Henry numa situação como essa.

Henry só concordou com a cabeça. Se esforçava para parecer o mais forte possível, mas aquela dor parecia só piorar cada vez mais. Porém ele se controlou para não pedir a Emma para chamar sua outra mãe, não queria que Emma se sentisse inútil.

Quando Henry fechou bem os olhos como se isso fizesse a dor diminuir, surpreendentemente foi o que aconteceu. Ele abriu os olhos devagar e viu Emma curando-o, porém ela parecia que iria sucumbir a qualquer minuto, como se o esforço de fazer magia consumisse a energia vital dela, deixando-a mais abatida. A magia das trevas era demais para Emma, Henry percebeu, aquilo estava matando-a por dentro, e Henry sentiu um aperto ainda mais no peito quando percebeu que ela estava se esforçando para ajudar ele.

-Não, mãe! -Henry jogou seu corpo mais para frente e colocou as mãos em cada lado dos braços de Emma. -Para! Isso vai matar você.

-Henry, eu não posso te deixar com dor. -Emma ainda continuava com a magia e sem olhar nos olhos do filho.

-Eu já estou melhor. -Mentiu. -Agora para, mãe. Por favor.

Emma relutou, mas parou. Sentia-se tão fraca por aquele mero esforço que estava fazendo. Ela já havia aceitado o poder das trevas, porém ao contrário do que ela pensou, esse poder estava tirando todas suas forças. Parecia estar havendo uma batalha dentro dela, entre o poder das trevas e os vestígios de seu poder de luz. E essa batalha interna de todos os modos, acabaria da pior maneira possível.

-Vou te levar para casa, está bem?

Henry respondeu que sim com a cabeça e Emma depositou um suave beijo na testa do garoto para logo depois os teletransportarem para o quarto de Henry na mansão Mills.

*****

-Espera, Regina! -Mary Margaret desceu as escadas logo atrás de Regina tentando alcançá-la. -Para onde você vai? Não fazemos a menor ideia de como encontrá-la. Você precisa...

Mary Margaret se interrompeu quando viu Regina quase cair do último degrau e correu ainda mais para ajudá-la.

-Regina? O que houve? -Cada vez mais Mary Margaret se preocupava com toda essa estranheza de Regina, mas tinha um pressentimento bom de que ela e sua filha estivera mais próximas ultimamente.

-Eu não sei. -Disse Regina se apoiando no corrimão para não cair. -Eu... eu tive uma sensação estranha. -Tentava explicar. Quando Mary Margaret ficou na sua frente ela viu em seus olhos preocupação. -Acho que aconteceu alguma coisa com Henry.

Antes mesmo de Mary Margaret conseguir formular alguma coisa, elas escutaram passos vindo do andar de cima e se aproximando das escadas. Era sua filha.

-Swan? -Disse Regina com uma mistura confusa de surpresa, fúria e alívio.

-Henry precisa de você. -Assim que Emma disse isso Regina subiu as escadas correndo e Emma apontou para o quarto de Henry. Por mais que Regina precisasse ter uma conversa com a Senhora das Trevas e tivesse medo dela fugir novamente, sua prioridade era sempre seu filho.

Antes de Emma virar-se para acompanhar Regina, sentiu Mary Margaret tocando seu braço.

-Emma, o que aconteceu com você? -Mary Margaret sentia-se ao mesmo tempo aliviada ao ver sua filha, mas também preocupada com sua expressão de cansada e vazia.

Emma desviou os olhos da mãe não conseguindo encará-la daquele jeito. Não era essa a forma que ela pretendia reencontrar seus pais, não ainda sendo a Senhora das Trevas.

-Emma, estou preocupada. Estamos- Mary Margaret rapidamente se corrigiu. -seu pai e eu sentimos sua falta. -Emma com muito esforço levantou a cabeça encarando sua mãe e abriu a boca para falar alguma coisa, mas Mary Margaret continuou. -Eu sei que você já é adulta e sabe o que faz, mas não se esqueça, Emma, de que nós te amamos e muito, independentemente de qualquer coisa. Só queremos seu bem. -Uma lágrima caiu dos olhos de Emma e Mary Margaret limpou. Também estava muito emocionada, mas sua voz saia firme. -Por favor, não demora para voltar para casa.

Aquele pedido mexeu profundamente com Emma, ela já sabia que seus pais a amava e muito, mas era difícil tirar a dor do abandono de seu peito, isso ainda a remoía por dentro. Mas depois dessas doces palavras de sua mãe, esse muro de dor ia diminuindo cada vez mais. Agora sentia que mais do que nunca precisava lutar contra o poder das trevas que a dominada e lutar pela sua família.

Emma se limitou a somente acenar com a cabeça e dar um sorriso fraco à sua mãe. Mary Margaret puxou Emma para um abraço meio desajeitado em meio às lágrimas. Aquilo não era um abraço de despedida, e sim de reencontro.

-Diga à Regina para mandar notícias do Henry, está bem? -Pediu Mary antes de descer as escadas em retirada da mansão.

-Sim, mas não precisa se preocupar, ele ficará bem logo.

-Eu sei que sim. -Mary Margaret tinha um sorriso divertido nos lábios e Emma pensou por um instante se ela realmente perdeu a memória assim como os outros ou se só estava fingindo, pois agia como se soubesse de alguma coisa. -Mas uma hora Henry vai precisar descansar e a senhorita e uma certa prefeita parecem ter... assuntos pendentes. -Ela ponderou por um instante as últimas palavras e sorriu vitoriosa por deixar uma Emma estática diante dela. Já Emma não sabia se ficava aterrorizada por ter que enfrentar Regina furiosa (o que era um perigo, pois Regina ficava extremamente sexy quando ficava furiosa e era bem provável Emma não resistir e agarrá-la) ou se suspeitava de sua mãe se lembrava de alguma coisa que Regina e ela tiveram na Floresta Encantada.