Capítulo VII

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Não muito tempo depois, uma garota que voltava do trabalho encontrou-me inconsciente e ensanguentado no portão de sua casa. Preocupada, liga para a ambulância desesperada. E enquanto aguardava a chegada dos paramédicos, a tal garota me revistava a procura de alguma identificação e encontra meu celular no bolso de minha jaqueta. Ela liga para minha mãe e a avisa do ocorrido. Então a ambulância chegou e me levou as pressas ao hospital direto para a UTI. Na euforia, ela acabou se esquecendo de devolver meu celular.
Não demorou muito para os meus pais chegarem ao hospital...

- Onde? Onde está o meu filho? Onde? - minha mãe estava desesperada.

- Senhora, acalme-se, por favor. - respondeu-lhe uma enfermeira.

- Me acalmar? Como quer que eu me acalme sabendo que o meu filho está em perigo?

- O seu filho não é o único, senhora. Agora, acalme-se e espere ser chamada!

- Escuta aqui, sua...

- Ellen, tenha calma. - interrompeu meu pai. Ele a segurava para tentar acalmá-la. - Assim você não conseguirá nada.

Meus pais se entreolharam. Ela respirou fundo e se acalmou. Os dois sentaram-se e aguardaram por respostas. Mas logo o nervosismo voltara, em questão de segundos...

- Ellen, acalme-se. - disse meu pai irritado.

- Eu estou calma, Breno. - respondeu-lhe. Ela roía as unhas e balançava a perna tamanha a preocupação.

- Não, EU estou calmo. Pare de roer as unhas e chacoalhar essa perna que eu tô ficando louco!

- Eu só quero ver o meu filho, Breno...

De repente, o médico aparece com notícias...

- Os pais de... - ele olha sua prancheta. - Raí Martins Riccelli?

- Somos nós. - disse minha mãe. - Como ele está, doutor? Ele vai ficar bem?

O médico, doutor Oliveira, fraquejou, mas tinha que responder...

- Nós tentamos de tudo. Eu sinto muito.

É como eu mesmo já havia determinado, naquele dia eu morri.

O Homem Da Minha MenteOnde histórias criam vida. Descubra agora