* Thomas
- E essa é sua colega de casa por uma semana - Josh murmurou - e para o resto da sua vida, você tem um longo caminho pela frente, Supremo.
Ela é definitivamente minha.
- Pode deixar - resmunguei - enfim... Como lidar com a sua irmã?
- Seja você mesmo - ele sorriu. - Estou falando sério, vocês não tem uma ligação atoa.
- Eu ainda estou aqui, droga - minha Elizabeth resmungou. - Não podem ficar decidindo minha vida sem mim.
- Não nos interrompa - falei, e ela revirou os olhos. - Suba para o seu quarto.
Por mais que ela seja minha companheira, sou o Alfa Supremo, e quero que ela me respeite como tal.
Por que não vou ficar aguentando infantilidade.
- Tá bom... - murmurou, nos deu as costas e subiu as escadas.
- Daqui a pouco ela se acostuma com a ideia de ter um companheiro - Josh falou - E de ter que ir morar com você. Aliás, o meu quarto, temporariamente seu, é bem na frente do quarto dela.
Então ele foi embora.
- Elizabeth! Quer almoçar?! - pergunto um pouco alto para ela escutar (mas, na verdade ela ouviria de qualquer jeito, já que lycans tem a audição aguçada). - Por que eu vou em um restaurante!
- Me leva!!!!!!!! - ela desceu as escadas correndo. - EU TÔ COM FOME!
- Quem não estaria, depois de um dia no inferno? - resmunguei, e ela me encarou curiosa - Que foi?
- Nada não - ela disfarçou.
- Fale, agora - mandei - O que estava pensando?
- Nada demais - ela deu de ombros - É por que você acabou de falar o que eu estava pensando. Coincidência.
Coincidências no meu mundo não existe.
- Tá, agora entre no carro - murmurei e ela revirou os olhos - e pare de revirar os olhos.
- Pare de ser chato e mandão - ela reclama entrando no carro.
- Não sou chato - falo.
- É sim - ela retrucou - Você está todo posudo Thomas, dizendo o que eu tenho que fazer e o que eu não tenho que fazer... Blá, blá, blá...
- Posudo? - repeti incrédulo - Não estou "posudo".
- Uhum... - ela murmurou - É sim.
- Não gosto de pessoas me contrariando - resmunguei - não me contrarie!
- Ok... Babaca Supremo - ela disse com um rostinho inocente.
- Uhm... - parei o carro em um acostamento, - Vou te mostrar o babaca...
* Elizabeth
Ele me puxou contra ele, e me beijou.
No início eu resisti, mas acabei cedendo...
Nota mental: Thomas beija muito bem. Continuar a chamá-lo de Babaca Supremo.
Depois que ele se afastou, eu fiquei puta da vida e gritei:
- NUNCA MAIS FAÇA ISSO! - então pensei um pouco - Pelo menos se não me avisar - saiu como um sussurro.
Mas eu sabia que ele tinha ouvido, por que ele começou a rir.
- E aí, eu beijo bem? - ele perguntou e eu fiquei que nem uma pimenta (para quem é daltônico, já vou avisando que eu fiquei vermelha) - Pela sua cara... Eu beijo muito bem.
- Que tal fechar a sua boquinha? - sugeri com uma voz doce e falsa, que deixava claramente a minha mensagem: Cale a boca, senão eu a arranco!
- Você fica estranha com essa voz doce - ele comenta.
- Eu sei - fiz uma cara emburrada - fazer uma voz doce dessas amarga a minha boca.
Ele me olhou com um ar divertido e perguntou:
- Ainda me acha um babaca? Ou é por que não gostou de mim mesmo?
Isso foi repentino.
- Você é chato, mandão, e é um babaca - respondi - mas, acima de tudo... Beija muito bem, e é meu companheiro. - ele me encarou - e só vou te chamar de Babaca Supremo para te irritar.
E para ganhar outro beijo seu, pensei, mas não falei nada.
- Já está bem decidida, Pequena - ele murmura, e seus lábios se curvaram em um sorriso.
- Não costumo ser assim - observei - geralmente, sempre me pego confusa, entre: Sim e Não; Lá ou cá; ali ou aqui... Coisas do tipo. E sempre duvido das coisas, e das pessoas... Mas isso não é assunto para agora, e eu estou com fome. Pise logo no acelerador, ou eu vou dirigir...
- Você sabe dirigir? - ele questiona.
- Não, mas eu sei onde fica o acelerador.
- Vou te deixar bem longe do meu carro - ele declara.
2 minutos depois, chegamos no restaurante.
- O que você quer comer? - o garçom pergunta me encarando, e eu pude sentir o tom malicioso dele. - Te recomendo ir lá trás comigo e...
- Um bife acebolado, para nós dois - Thomas pediu com uma cara sombria - E pare de dar em cima dela.
- Você não manda em mim - o garçom retrucou.
- Continue a dar em cima de mim - pedi - e eu te processo te acusando de pedofilia. - ele me encara assustado. - E depois que a sua vida estiver completamente fodida, ele - apontei para Thomas - vai te matar.
- Vou te denunciar - ele se afasta de perto de mim.
- Tente - levantei uma sobrancelha. - Mas antes traga nossos pedidos, por favor.
Ele saiu da nossa mesa praticamente correndo.
- Idiota - suspirei - Mas parece que ele caiu no papo de "pedofilia" já que não parece que eu tenho 18 anos.
- Da próxima vez, eu mato qualquer imbecil que vier dando em cima de você... - Thomas resmunga segurando a minha mão - Você é somente minha.
- Alguém é muito possessivo... - murmurei - Enfim... Fique calmo... Sou somente sua.