Capítulo 5

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* Thomas

Fazia duas horas que estávamos dentro do carro, e ninguém tinha falado nada.

Elizabeth, que estava no banco de trás, olhava para a janela, como se estivesse esperando algo acontecer, a mesma coisa com Josh, que estava ao meu lado.

- É minha impressão ou vocês estão esperando alguma coisa acontecer? - perguntei.

- Não é impressão - Josh respondeu.

- O que estão esperando acontecer? - questionei.

- Isso é uma longa história - Elizabeth falou baixinho. - Depois falamos sobre isso.

De repente eu senti estar sendo seguido, e olhei pelo retrovisor, talvez seja loucura...

- Estamos sendo seguidos. - Elizabeth disse. - Pare o carro Thomas.

- Por que? - falei parando o carro. - Se estamos sendo seguidos...

- Fiquem no carro - Elizabeth falou saindo do carro.

- O que? - me assustei e tentei sair do carro, mas Josh me segurou.

- Só observe - ele disse sério.

* Elizabeth

Saí do carro, já sem paciência, e encarei as duas pessoas na minha frente.

- Olá, criança - o homem falou - há quanto tempo.

- Nós matamos seus pais, se lembra? - a mulher sorriu diabolicamente - Vai ser a mesma coisa com você.

Eles se transformam em lobos e vieram em minha direção.

Eu realmente estou sem paciência hoje.

Ouvi a conversa que rolava dentro do carro, e Thomas não parecia muito feliz:

T - O que ela está fazendo, por que ela não se transforma?!

J - Ela acha que não é necessário para acabar com esses imbecis.

T - Ela é maluca.

J - Ela é sua companheira, e automaticamente problema seu.

T - Ela minha companheira, mas também é sua irmã! Como pode ficar tão calmo?!

J - Exatamente por ela ser sua companheira, e minha irmã.

Depois resolvi prestar atenção nos dois lobos na minha frente.

Um atacou primeiro, e eu o parei com uma mão.

- Não me subestime - murmurei enquanto quebrava o pescoço dele.

O que sobrou resolveu me atacar, e percebi que era macho, por isso era mais forte.

Dei socos e chutes consecutivos, que fez ele vomitar sangue.

E por fim o matei arrancando seu coração.

- Que nojo - resmunguei soltando o coração, e depois rolei os dois corpos para uns arbustos altos que tinha perto da estrada.

Voltei pro carro, e Thomas me encarava.

- Que foi? - perguntei.

- Como conseguiu lutar com eles sem se transformar? - ele questiona.

- Longa história - falei e ele revirou os olhos - Isso é sério Thomas, essa história realmente é longa... E... Dolorosa.

Ele me encarou com um pouco de culpa no olhar.

- Não faça esse olhar. - murmuro - Você não tem culpa.

+++

- Que casa linda - falei entrando nela. - Na verdade, isso nem é uma casa, é uma mansão...

- Uhum... - Thomas me ignora e se joga no sofá.

- Thomas, Elizabeth, eu vou embora - Josh avisou - vou ver como Rachel está.

Ah sim, Rachel é a companheira dele...

- Eu quero ser tia - resmunguei - Ande logo e me dê um sobrinho.

- Eu quero ser tio - ele diz e encarou Thomas - Ande logo e me dê um sobrinho!

- Josh! - corei.

- Pode deixar - Thomas fala.

- Thomas! - reclamei.

Josh riu e foi embora.

Sentei no sofá, e Thomas deitou sua cabeça no meu colo.

Fiquei passando minhas mãos pelos seus cabelos, até que ele resolveu falar:

- Você é linda, sabia?

- Sei... - debochei - Eu nunca fui linda, ok?

- Você pensa errado - ele diz - Você é linda...

- Não começa - murmurei corando e ele ri.

- Nunca te vi sorrir - ele comenta - Por que não sorri?

- Não tenho motivos para sorrir - uma lágrima desceu - Não mais.

- Vai ter motivos então, a partir de agora - ele fala enxugando as minhas lágrimas - o motivo começa com Eu e termina com Thomas.

- Convencido - revirei os olhos.

- Realista - ele me corrigi e me dá um beijo na testa. - Aliás, segunda-feira você começa a estudar.

- De um inferno... Para o outro? Você quer me matar?! - me irritei e ele riu.

- Relaxa, tem alguns alunos que são da minha alcatéia - ele diz.

- Vão te chamar de pedófilo - avisei e ele riu mais.

- Que tentem - ele disse - Vou avisando que tenho boa audição, melhor que o normal.

- Tá, enfim... Onde é o meu quarto? - perguntei.

- Seu quarto?! - ele repete e me pega estilo noiva - Na verdade é nosso quarto.

- Fala sério - resmungo.

- Estou falando sério - ele diz me levando pro quarto e me colocando na cama.

Peguei o travesseiro e joguei nele.

- Por que fez isso? - ele perguntou tirando o travesseiro da cara.

- Deu vontade - fiz uma cara inocente.

- Uhm... - ele deu um sorriso malicioso. - Então eu também vou fazer o que me der vontade...

Então ele pulou e caiu sentado em mim.

Depois dele dar um sorriso safado, ele me beijou.

Eu odeio esse cara.

E odeio mais ainda... O fato de eu estar gostando do beijo.

A Escolhida do Alfa SupremoOnde histórias criam vida. Descubra agora