Capítulo 3

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— Bebei, amigos, yo-ho!

Capitão Jaeger levantou sua caneca cheia de rum, derrubando em quem estava abaixo. Bêbado, pendurava-se em uma das velas, comemorando mais uma missão bem sucedida da maneira mais piratesca possível. Os tripulantes riram, cantarolandoa canção que todos conheciam, bêbados demais pra se preocuparem com o tom certo de voz.

— Você é um gênio, seu maldito! — Erwin gritou, escalando a vela para se pendurar do lado de Eren — Você é um maravilhoso e imundo gênio...

— Vou levar isso como um elogio, Erwin... — Eren riu alto e exageradamente, derrubando mais rum enquanto voltava a cantar. — Eu amo essa parte! Nós somos amigos em terra, nós somos amigos no mar!

Juntos fomos a guerra, junto estamos no bar!— Erwin completou animado.

— Capitão, desculpe interromper sua comemoração, mas... O prisioneiro acordou.

Eren se apressou a escorregar do mastro e correu para a cela do prisioneiro. Não sabia o porquê daquilo, mas queria muito falar com o anão da marinha... Avistou Levi jogado no canto da cela, molhado e sujo, bem diferente de como chegara ali.

— Mate-me, por favor... — Levi tentou ao máximo manter a postura rígida, mas retorceu-se, enojado com toda aquela podridão — Não quero ficar neste ambiente imundo com pessoas asquerosas nem mais um segundo.

— Como se você tivesse alguma vontade por aqui, comodoro. — Eren sorriu, divertindo-se com o estado deplorável de seu inimigo.

— Então, pelo menos me coloque em um lugar limpo, pelo amor da Rainha... — Levi deixou o orgulho de lado e pediu baixinho.

Eren encarou Levi por alguns segundos e, não sabia se era o álcool ou uma loucura passageira, mas sentiu uma estranha atração pelo baixinho. Até que ele não era tão mal...

— Você ficaria muito melhor sem essa farda. — Pensou em voz alta, arrancando uma expressão surpresa de Levi — Arg! Não nesse sentido, tire esse olhar de garota molestada de sua cara!

— Eu gosto da minha farda onde está, Capitão Jaeger... — Sorriu sacana, percebendo o olhar de Eren sobre si. — Apesar de que digo o mesmo sobre o senhor.

Os olhos de Eren brilharam ao escutar essa afirmação. Levi estava provocando-o? Só os deuses sabiam como era uma má ideia provocar o titã dos mares... Mas Levi encarava-o com um olhar desafiador, fazendo com que o capitão se perguntasse o que diabos aquilo significava. Tentava achar um sentido que não fosse obsceno, mas, quanto mais tentava, mais sua imaginação agia.

E, como Eren previa, as intenções do comodoro não eram nada puras. Uma garota baixinha havia passado ali mais cedo naquela noite e, vendo sua expressão de horror por estar naquele lugar, lhe ofereceu uma garrafa contendo rum. "Espero que um bom grogue lhe ajude a passar por esta situação..."Ela disse, levantando seu próprio copo e saindo cambaleando porta afora. Bom, acho que ela não esperava que o elegante e leal comodoro da marinha real ficasse um tanto quanto animado quando bêbado.

Levi tinha se surpreendido com a boa aparência de Jaeger logo de início. Não entendia como um pirata que passou a vida inteira em um navio sujo e nojento conseguisse ser tão bonito e sexy... Jaeger sentiu que aquele olhar de ódio também se misturava com luxúria, e estaria mentindo se dissesse que não adoraria ver aquela putinha de quatro.

— Talvez nós possamos dividir essa cela hoje à noite, comodoro. — O sorriso que recebeu do capitão fez as pernas de Levi amolecerem, no entanto ansiava o momento que ele pararia com a conversa mole e partiria para a ação. — Espero que não seja nenhum plano sujo, senão, temo eu,terei que cortar sua garganta...

— Juro pelos sete mares que não... Me fode, Capitão. — Levi mordeu os lábios pelas palavras sujas que insistiam em sair de sua boca, porém a excitação com o momento só o fazia pensar em como queria ser jogado contra uma daquelas paredes.

Jaeger não esperou que ele dissesse duas vezes. Fechou a porta que levava ao convés,gritando antes que, se alguém os perturbasse, iria levar bala no crânio. Entrou na cela do militar, agarrando os pulsos de Levi e prensando-o contra a grade fria do local. O comodoro se arrepiou por inteiro, gemendo alto ao sentir uma mão perversa adentrando em sua calça e o massageando com força. E, como se isso não bastasse, para deixar Levi totalmente entregue, Eren começou a marcar seu pescoço, cada vez mais feroz.

— Você não imagina o quanto eu queria fazer isso... — Eren disse contra o pescoço de Levi, fazendo-o estremecer.

Com a mão livre, Eren puxou o cabelo de Levi com força, para que pudesse degustar mais daquela pele pálida e fria. Levi tentava conter os sons que julgava humilhantes enquanto arranhava as costas do capitão por baixo da camisa e, percebendo a resistência do menor em mostrar o quanto estava gostando dos toques dele, o capitão deixou seu pescoço e tirou suas mãos de dentro da calça de Levi.

— M-mas o quê? — Levi disse desconcertado com a situação. — O que houve? — Eren só lhe sorriu mais sádico ainda, vendo como Levi estava excitado com só aqueles toques.

— Tire as roupas.

Levi, tímido, se encolheu no canto, pensando se deveria atender aquele pedido; no entanto, seu estado não mentia em como queria ser possuído pelo maior. Hesitante, o comodoro começou tirando suas botas e camisa lentamente, e Eren não soube se aquilo era para provocá-lo ou se o baixinho era somente tímido, porém sentia sua ereção crescer mais a cada segundo.

Agora, exposto para o capitão, Levi sentia seu rosto esquentar, tendo a certeza que estava vermelho como um camarão. Eren, no entanto, estava totalmente vestido, apenas com os cabelos bagunçados pelos puxões inconscientes do marinheiro, o que lhe trazia uma impressão de superioridade.

Não aguentando mais esperar, o rapaz jogou Levi novamente contra as grades, beijando primeiramente seu pescoço e descendo lentamente pelo seu peito e abdômen, fazendo-o gemer baixinho enquanto se contorcia.

O capitão, escutando os gemidos, ficou ainda mais estimulado a ir logo com aquilo, abaixando suas calças e tirando sua camisa. Voltou novamente a dar atenção ao rapaz submisso a si, beijando Levi pela primeira vez naquela noite. Quando o menor sentiu as mãos do capitão em suas coxas, apertando a carne com vontade, passou as pernas em torno da cintura de Eren, encaixando perfeitamente em seu colo.

O beijo continuou até perceber Jaeger fazendo movimentos libidinosos, simulando uma penetração, enquanto roçava seu membro na bunda de Levi, o que lhe fez soltar um gemido alto e provocante na opinião de Eren. Levi escondeu seu rosto no pescoço do maior e sussurrou, tentando manter a voz firme:

— Me fode com força, capitão...

Quando sentiu Eren lubrificar sua entrada com seu membro melado, sentiu-se um pouco receoso com a situação, porém esqueceu qualquer vergonha ou receio quando Jaeger lhe invadiu sem dó alguma.

Levi gemeu alto enquanto os espasmos invadiam seu corpo. O rapaz atingia seu ponto erógeno de tal forma e velocidade que qualquer dor ou grade fria fora totalmente esquecida, junto com seu próprio nome. O único pensamento que se passava pela mente de Levi naquele momento é que queria mais, e com mais força, e mais rápido.

Levi estava quase em seu limite, mesmo sem estímulo nenhum vindo de Eren, que apertava suas coxas com força. Sua visão começou a perder o foco; os sons que saiam de sua boca estavam cada vez mais altos e os espasmos, cada vez mais frequentes. Quando finalmente teve o orgasmo, Levi não poupou as costas de Eren, arranhando-a de cima a baixo enquanto sentia seu corpo inteiro estremecer.

Eren, sentindo a pressão contra seu membro, não durou mais do que aquilo, gozando dentro de Levi com gosto.

Levi escorregou do colo do capitão assim que suas mãos soltaram as suas coxas, se sentindo zonzo e muito cansado. Não que fosse fraco ou algo do tipo, mas aquele fora um dos melhores e mais cansativos orgasmos de sua vida. Contra seu pescoço, Eren tentava retomar seu fôlego ao normal.

— Acho que não poderei te deixar nessa cela hoje à noite, comodoro. —Jaeger proferiu com sua voz rouca. — Tenho medo que o senhor fuja. Talvez eu precise te vigiar de perto... Talvez nos meus aposentos, enquanto lhe faço gritar meu nome.

— Deixe-me me limpar primeiramente, capitão. Tenho horror à sujeira.

Titã dos MaresOnde histórias criam vida. Descubra agora