Capítulo 35 [Parte final]

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Música/Vídeo: Tudo o Que Eu Te Dou de Pedro Abrunhosa

Oláá Amoraaas!!!! Aqui está a terceira e última parte do último capítulo do livrooo! 

Espero que gostem, eu não fiz revisãoo!! Decidi finalizar logo na 3ª parte. 

Também vou publicar o epílogo já a seguir!! 

Boas leituras!!! 

Assim que desliguei a chamada coloquei o telemóvel de volta na minha bolsa e caminhei para dentro do mercado. Avistei Victor a pegar nas sacas, em frente ao balcão, e caminhei até ele.

- Deixa que eu levo uma saca para não levares tudo sozinho. – Murmuro calmamente enquanto o avisto a caminhar na minha direção, sempre com aquela postura ereta e séria.

- Não se preocupe com isso, menina Lia. – Afirmou e eu quase lhe revirei os olhos.

- A sério, Victor! – Falo, colocando as mãos na minha cintura. – Dá-me uma saca, por favor. Não és meu empregado. – Murmuro, tentando manter-me calma.

Logo consegui com que Victor me deixasse levar uma das sacas, a mais leve de todas. Sempre irá ser fiel a Enzo e apesar de isso ser bom, eu não continuo a conformar-me com a ideia que terei sempre alguém a fazer as coisas por mim. Já me basta ficar em casa sem poder fazer nada, por isso, não me custa nada levar algumas compras com menos de um quilograma.

Quando vivia com a minha mãe, eu ajudava em tudo: fazer compras, arrumar o apartamento e, ainda tinha tempo para estudar e pintar. Por isso, apesar de tudo, eu até não tive uma vida má como pensava ter. Comparando com a minha vida de agora, demasiadas coisas mudaram. Eu nunca fui habituada a uma vida de luxo como Enzo vive agora, e eu tenho que viver também, por ser sua esposa. Agora, todos fazem tudo por mim dentro daquele casarão, que ficaria vazio se não houvesse empregados. Enzo vive ali por causa de mim, principalmente, e talvez ele também tenha saudades de Itália.

Lembro-me bem dos seus olhos brilhantes enquanto estávamos em Veneza, na nossa Lua-de-mel. Não era só por ser a nossa Lua-de-mel, o motivo da sua felicidade, mas sim, porque ele estava em casa novamente, a falar italiano e conviver com pessoas italianas. Ali sim, era a sua casa, a sua terra natal, e eu não quero tirar-lhe isso.

Caminhamos até ao carro escuro que Victor sempre utilizava. Apesar de quatro ou cinco meses junta de Enzo, havia coisas que eu ainda não entendia lá muito bem, até porque estes quatros meses foram os mais intensos da minha vida. Já fiz dez vezes mais do que nos meus dezoito anos de vida. Já vivi sensações que nunca pensei viver.

E, para não falar da felicidade, embora Robert e o seu pai tenham-se metido na nossa vida, nada poderia retirar o amor que eu sentia pelo meu marido arrogante e querido, simpático e chato, mafioso e não mafioso – o contra-senso da minha vida! Posso muito bem agradecer aos meus pais biológicos por terem feito o que fizeram para conhecer o homem da minha vida. Não adianta o que as pessoas possam dizer da nossa diferença de idades, eu amo-o e se não fosse ele, eu não seria tão feliz como sou agora, apesar da nossa distância, neste momento.

A Lia de há uns meses atrás diria que eu estou maluca, que o Enzo nunca me iria valorizar como mulher, mas estava completamente enganada. Ele respeita-me, confiou o seu passado a mim, confiou a sua vida a mim, e eu não poderia estar mais grata. Ele só precisava de alguém para cuidar dele, e eu estou disposta a cuidar da melhor maneira possível. Eu sei que faço muitos dramas, por vezes, sou bem bipolar à sua beira, mas foi nos momentos em que eu estava às escuras e pretendia saber o que se andava a passar, não só na sua vida, mas também na minha.

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