cinco

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|Melody|

Hoje é a noite de filmes. Foi criada para entreter as pessoas internadas, mas quem quer que seja que escolhe os filmes não tem bom gosto de todo. Eu tenho 19 anos, não me interesso em documentários sobre o Degelo na Antárctica.

As cadeiras estão organizadas em dois conjuntos que formam dois quadrados na sala de convívio. Sento-me na última fila do quadrado do lado esquerdo sabendo que não vou prestar atenção nenhuma ao que está a ser projectado na parede.

Todos os pelos do meu corpo de arrepiam de um momento para o outro e eu sei imediatamente que ele acabou de entrar na sala. Sinto a sua presença ao meu lado e a minha testa enruga-se quando olho para o lindo ser humano ao meu lado, que matou a sua família inteira.

-Cortas-te o cabelo... - murmuro para mim mesma, em choque. Não foi um corte muito radical, apenas já não há tantos caracóis a formarem-se na parte de trás do seu pescoço.

-Sim. - ele responde secamente, mantendo toda a sua atenção no documentário.

-Eu gostava dos caracóis. - sussurro envergonhadamente.

Oiço o Harry inspirar profundamente, e rapidamente sinto a minha pele ser queimada pelo seu olhar.

-Cuidado! - ele murmura junto ao meu ouvido, assustando-me com a sua proximidade.

-Não te assustes, coelhinha. - ele continua estendo a mão e afagando a minha cara delicadamente.

-Coelhinha? - guincho, virando a minha cara na direcção da sua, deixando uma distância perigosa entre nós.

-Sim, os teus olhos são tão grandes e desde a primeira vez que te vi que olhas para tudo tão atentamente com eles arregalados. Tal e qual uma coelhinha assustada. - ele diz, com os seus olhos presos nos meus.

-Já alguma vez visto uma "coelhinha assustada"? - pergunto

-Nunca ouvis-te que os serial killers, começam sempre pelos animais? - ele murmura e sinto o meu sangue gelar, tanto como pelas suas palavras como pelo o toque que sinto da sua mão a subir pela minha coxa.

-Não faças isso. - eu peço.

-Não faço quê? Isto? - ele diz subindo mais a mão - Ou estás a falar do facto que eu acabei de falar da minha vida de serial killer? - ele sussurra.

-Estou a falar do facto de estares sempre a ignorar-me e sempre que vens ter comigo ou és rude, ou confundes-me tentando assustar-me. - eu expludo.

-Oh não sejas assim coelhinha... - ele sussurra junto ou meu ouvido e sinto algo quente passar no lóbulo da mesma.

Ele está a lamber-me?

-Tu intrigas-me, eu não sei o que pensar de ti. Quem olha para ti não diria que não passas duma simples maluca que diz ver fantasmas.

-Eu não sou maluca... eles... são reais. - tento dizer, enquanto a minha respiração começa a tornar-se ofegante.

-Sim, amor, eu percebo. Quem sabe até não tenhas já falado com a minha querida irmã... Já agora se a vires diz que espero que a vida lhe esteja a correr bem sim? - ele goza.

Eu não sei como mas ganho coragem e no segundo seguinte a sala é preenchida pelo som da minha mão a colidir com a sua face. Eu olho para ele ofegante e a sua mão cobre a bochecha que já se está a tornar vermelha.

Do nada os seus lábios colidem com os meus violentamente e eu arregalo os olhos e ele aproveita o meu espanto para pôr a sua língua dentro da minha boca. Eu apenas fico parada até que ele separa os nossos lábios.

-Beija-me. - ele diz imperativamente e volta a juntar os nossos lábios.

Desta vez eu sei o que fazer e rapidamente mexo os meus lábios contra os seus. Os meus dedos interlaçam-se nos seus agora mais curtos cabelos e sinto-o gemer. As suas mãos descem pelo meu corpo agarrando o meu rabo e o meu corpo é levantado da cadeira. No segundo a seguir estou sentada nas suas coxas.

Eu sei que a qualquer momento vamos ser separados mas enquanto isso não acontece aproveito o momento até ao último segundo. Cedo demais os nossos lábios separam-se e ele murmura.

-Precisas de acordar Melody ou vais acabar mesmo maluca.


Acordo ofegante e sinto a camisa de dormir toda suada. A porta da sela é aberta e eu salto com o barulho brusco.

-Hora de acordar. - o guarda murmura rispidamente.

Eu levanto-me. Eles nunca nos deixam trocar de roupa antes do pequeno almoço. Saio da sela com o guarda a agarrar o meu braço, e rapidamente chegamos ao refeitório. A primeira pessoa que avisto é o Harry e prendo a respiração quando o vejo.

Ele cortou o cabelo.


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Olá,

desculpem  a demora mas nós meio que empancamos no último capitulo e não sabiamos o que fazer então hoje eu resolvi continuar pois tive esta ideia maluca.

Obrigada por todos os votos e comentários é incrivel que mesmo estando tanto tempo ausentes vocês ainda se lembrem da nossa história.

Love You All

Maraxx

Stuck In The Asylum| H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora